quinta-feira, 22 de maio de 2014

O que vai acontecer quando todas as estrelas morrerem?

Você com certeza já ouviu falar que nós somos poeira das estrelas. Quando o famoso astrônomo Carl Sagan disse isso pela primeira vez, apesar de usar um tom mais poético, estava falando sobre algo que é literalmente verdadeiro: Somos formados de pó de estrelas.


Nebulosa Trífida M 20 


A astrônoma da NASA, Dra. Michelle Thaller, resolveu explicar habilmente como cada átomo em nosso corpo(e na tabela periódica) foi processado dentro de uma estrela no momento anterior à sua morte violenta.
O universo começou somente com o átomo mais simples que existe,o hidrogênio. A única coisa que pode aumentar um átomo é uma estrela.
Uma estrela é uma nuvem de poeira que está sob a força da gravidade. Quando o gás é comprimido junta, aquece. A certa temperatura quente o suficiente, ocorre uma reação de fusão nuclear. Essa fusão é o que "suporta" a estrela e não a deixa colidir.
No caso de uma estrela muito massiva, a reação usa mais e mais hidrogênio, e a força da gravidade continua atuando sobre ela, de maneira que ela esquenta e cria coisas como carbono, oxigênio, nitrogênio até chegar ao elemento ferro.
Nesse ponto, ao invés de liberar energia, a estrela a absorve. Chega uma hora que o objeto não aguenta mais e colapsa, criando um evento incrível que representa a "morte" da estrela, conhecido como supernova.
Essa explosão cria todos os elementos ( além do ferro), como ouro, prata, chumbo e urânio. Uma única estrela no momento de sua morte, brilha tanto quanto uma galáxia inteira, com centenas de bilhões de estrelas.
O nosso corpo é isso - esse instante da morte das estrelas. Tudo o que o forma, incluindo o ferro que corre em nosso sangue, veio das estrelas, uma vez que se tornaram supernovas.
Ou seja, cada átomo de seu corpo foi produzido no espaço há milhões de anos. O hidrogênio data do big Bang, nos primórdios do universo, há 13,7 bilhões de anos atrás, e todo o resto - como os já citados carbono, oxigênio, nitrogênio etc- nasceu da fundição de estrelas há mais de 4,5 bilhões de anos atrás.
Essa história de "Somos poeira das estrelas" é muito inspiradora, mas também um pouco preocupante. Por quê?
Porque estrelas não são eternas.Um dia, elas vão se queimar naturalmente. Lembra do hidrogênio e de como ele é essencial para criar aquela nuvem que forma as estrelas? Bem, esse "combustível" não é perpétuo, já está acabando e, eventualmente, todas as estrelas que conhecemos vão morrer.
Tudo bem, isso vai demorar alguns trilhões de anos, mas essa hora vai chegar. E o que vai acontecer? Bom, o universo vai ficar escuro pelo resto da eternidade.
Doideira, não?  Quando paramos para pensar sobre isso, temos que reconhecer que estamos realmente vivendo no Éden agora. Esse paraíso regado ao calor do Sol, água líquida e estrelas formando coisas é só um minúsculo capítulo do enorme livro que é o mundo, e somos muito, mas muito mesmo,sortudos de estar aqui agora.

Fonte: HypeScience.com

domingo, 18 de maio de 2014

Mancha vermelha de Júpiter está encolhendo

A marca registrada de Júpiter, uma mancha vermelha maior que a terra, está encolhendo, mostraram imagens do telescópio espacial Hubble divulgadas recentemente.



A chamada "Grande Mancha Vermelha" é uma violenta tempestade que, no final dos anos 1880, tece seu tamanho estimado em cerca de 40 mil quilômetros de diâmetro, grande o suficiente para acomodar três terras lado a lado.
A tempestade, a maior do Sistema Solar, tem a a aparência de uma profunda esfera vermelha cercada por camadas de amarelo pálido, laranja e branco. Os ventos em seu interior foram calculados em centenas de quilômetros por hora.
Quando a sonda espacial Voyager da NASA sobrevoou a região em 1979 e 1980, as manchas tinham diminuído para cerca de 22.500 quilômetros de diâmetro.
Agora, novas imagens tiradas pelo Hubble em órbita da Terra mostram que a mancha vermelha de Júpiter está menor do que nunca, medindo pouco menos de 16.100 quilômetros de diâmetro, além de parecer mais circular na forma.
Os cientistas não sabem ao certo por que a Grande Mancha Vermelha está encolhendo cerca de mil quilômetros por ano.
"É visível que redemoinhos minúsculos estão se juntando à tempestade, e estes podem ser responsáveis pela mudança acelerada ao alterar a dinâmica interna da tempestade", disse  Amy Simon, astrônoma do Centro de Voo Espacial Goddard da NASA, em Greenbelt, Maryland.
Simon e seus colegas planejam levar adiante estudos para desvendar o que está acontecendo na atmosfera de Júpiter que sega sua energia e causa o encolhimento.

Fonte: NASA, Cosmonovas.blogspot