quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Falta de gravidade debilita o sistema imunológico dos astronautas

As perturbações do sistema imunológico dos astronautas nos voos espaciais, um problema identificado desde as primeiras missões, podem ser atribuídas à falta de gravidade, segundo um estudo de cientistas franceses e luxemburgueses.



"Queríamos saber o motivo do sistema imunológico se debilitar depois das missões espaciais", explica à AFP o professor Jean-Pol Frippiat, da Universidade de Lorraine de Nancy (leste da França), que coordenou o estudo, iniciado em 2005.

"Em um voo espacial há muitas modificações do entorno, muitos fatores de estresse: a microgravidade, a hipergravidade durante a decolagem, choques térmicos, perturbações vinculadas à alternância de dia e noite", afirma.

O problema é observado desde as primeiras missões lunares americanas Apollo, nos anos 1960 e 1970. Para descobrir qual era o fator determinante, os cientistas enviaram à Estação Espacial Internacional (ISS) ovos de pleurodeles, uma espécie de salamandra.

"Depois reproduzimos em terra cada um destes fatores de estresse, em condições espaciais, com os animais. Em cada oportunidade, estudamos a produção de anticorpos", explicou o cientista.

Ao fim do estudo, os cientistas constataram que apenas a falta de gravidade influencia nos anticorpos, de forma quantitativa e qualitativa. "Alguns aumentam e outros diminuem", explicou o professor Frippiat.

A fragilidade do sistema imunológico é a razão pela qual os cientistas colocam os astronautas em quarentena antes da decolagem. Jean-Pol Frippiat advertiu ainda para os riscos à saúde representados pelas viagens longas ao espaço.

"Atualmente, as missões à ISS são de curta ou média duração. Por exemplo, para uma viagem de 10 dias precisamos de 15 depois do retorno para que o sistema imunológico se normalize. Mas não conhecemos os efeitos de uma viagem muito longa ao espaço", observa.

O estudo foi publicado na revista americana The Faseb Journal, em cooperação com cientistas da Universidade de Luxemburgo.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Foto: o misterioso hexágono de Saturno

Durante um voo até os arredores de Saturno na década de 1980, a sonda espacial Voyager registrou uma estranha nuvem hexagonal no pólo norte do planeta. Quase trinta anos se passaram e ninguém ainda pode afirmar com certeza o que há por trás do fenômeno.


A imagem acima foi obtida pela sonda espacial Cassini e, comparada com os registros feitos pela Voyager, mostra como a nuvem se manteve relativamente estável mesmo após mais de duas décadas.

O buraco negro mais jovem da galáxia

Novas análises do remanescente de uma supernova, denominada W49B, mostram que o mais jovem buraco negro formado na Via Láctea pode estar escondido por lá.



© NASA (remanescente de supernova W49B)
Pesquisadores acreditam que o remanescente surgiu de uma explosão rara. As explosões de supernova que destroem estrelas massivas geralmente são simétricas, com o material estelar sendo expelido de maneira mais ou menos igual em todas as direções. Contudo, no caso de W49B, a matéria da estrela foi ejetada a velocidades mais elevadas ao longo dos pólos do que do equador, o que originou sua forma alongada e elíptica.
Na maioria das vezes, estrelas massivas que explodem em supernovas originam um denso núcleo em rotação chamado de estrela de nêutrons. Essas estrelas podem ser detectadas a partir de raio-X ou pulsos de rádio. Uma nova análise dos dados do observatório de raios X Chandra da NASA não revelou evidências de uma estrela de nêutrons. Isso implica a existência de outro material que pode ter se formado na explosão, como um buraco negro.
A imagem acima do W49B combina dados de raios X obtidos pelo Chandra (em azul e verde), dados de ondas de rádio do Very Large Array do NSF (em rosa) e dados infravermelhos do observatório Palomar do Caltech (em amarelo).
O resquício de supernova tem aproximadamente mil anos de idade visto da Terra (ou seja, não incluindo o tempo de viagem da luz). É praticamente muito jovem, num Universo que se pensa ter 13,7 bilhões de anos. O W48B se encontra relativamente próximo de nosso planeta, a uma distância de cerca de 26 mil anos-luz.
Outro remanescente de supernova conhecido em nossa galáxia é o SS433. Acredita-se que o objeto contém um buraco negro, mas muito mais velho que o W49B, com idade entre 17 mil e 21 mil anos. Tanto a ausência de um núcleo estelar em rotação, como o material em torno do corpo celeste, podem indicar a presença de buracos negros.

Fonte: NASA

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Pode haver evidência de vida marciana nesta amostra de terra

Esta é a primeira amostra de terra marciana que foi extraída utilizando a broca da Curiosity.


A foto foi tirada ontem e é parte de rocha pulverizada que foi transferida da broca para a pequena pá de 4,5cm de largura da sonda. O próximo passo é conduzir a amostra aos instrumentos de análise da Curiosity que é, em síntese, um laboratorio ambulante do tamanho de um carro.
Ninguém sabe se a amostra apresentará nada de especial, mas como é a primeira vez que a Curiosity analisa pó de rocha marciana há chance de encontrar compostos ligados ao desencolvimento de vida, permitindo focar os esforços da equipe que comanda o veículo. Vamos cruzar os dedos.

Fonte. Nasa, HypeScience

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cientistas anunciam descoberta do menor planeta conhecido

Cientistas de diversos países divulgaram nesta quarta-feira em artigo na revista especializada Nature a descoberta do menor exoplaneta já registrado. Kepler-37b, como é chamado, é ainda menor que Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar.



O nome vem da estrela Kepler-37, a qual o planeta orbita. O corpo descoberto, devido ao seu tamanho extremo, parecido com o da Lua, e por ter a superfície muito irradiada por seu sol, é provavelmente rochoso e sem atmosfera, assim como Mercúrio.

Os pesquisadores encontraram três planetas no sistema e, para isso, analisaram dados de 978 dias de observação do telescópio Kepler. A estrela que eles orbitam é mais fria que o Sol.
Segundo a revista, a capacidade de detecção desse tipo de objeto melhorou muito e, até agora, não havia sido registrado nenhum planeta menor que Mercúrio. Além disso, esse tipo de estudo, afirma a Nature, nos ajuda a entender melhor os sistemas planetários e mostra que alguns são muito parecidos com o nosso.

"Apesar de planetas menores que Mercúrio serem esperados em teoria e sua detecção já ter sido prevista, nossa detecção de Kepler-37b é notável, já que o sinal de trânsito ter sido encontrado em dados de menos de 0,5% das estrelas observadas pelo Kepler. Apesar de a detecção de um planeta não poder ser usada para determinar a taxa de ocorrência, ela dá peso à opinião de que a aumenta exponencialmente quanto menor for o tamanho do planeta", dizem os autores.


segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Astrônomos amadores testemunham Júpiter sendo atingido por um meteoro

Júpiter, o nosso agitado e gasoso vizinho, foi atingido novamente por um meteoro – na sexta-feira passada. A colisão, vista como um flash breve, foi filmada pelo astrônomo amador Masayuki Tashikawa. Com base nessa observação, astrônomos acreditam que essas colisões são eventos mais freqüentes do que se pensava.


Observações do Hubble mostraram que esse impacto não foi tão grave quanto o de Julho de 2009, que deixou uma marca no planeta.
Mais observações, no entanto, serão necessárias para provar que se trata, realmente, de um meteoro e não do reflexo de algum satélite da Terra que acabou interferindo no filme.


Fonte: Gizmodo , HypeScience

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Acelerador de partículas LHC fecha para manutenção por dois anos

O Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês) anunciou nesta quinta-feira que seu principal equipamento passará por uma grande manutenção técnica e ficará dois anos sem funcionar.
O Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) é um acelerador de partículas que funciona num túnel subterrâneo de 27 km na fronteira da França com a Suíça. As experiências feitas no local servem para testar teorias da física de partículas.


Em julho do ano passado, foi confirmada a existência de uma partícula que nunca havia sido detectado, e cujas características indicam que ela possa ser o bóson de Higgs, apelidado de "partícula de Deus". A descoberta teve grande impacto na física, pois sua existência era a melhor explicação disponível para explicar o surgimento da massa.

Os trabalhos de manutenção no LHC consistirão, entre outros complexos procedimentos, em voltar a efetuar as interconexões entre os ímãs do acelerador para que, quando for ligado novamente em 2015, ele possa funcionar a uma energia de colisão de 14 TeV (teraelétrons-volt ou trilhões de elétrons-volt).
Neste nível de energia -- muito acima dos 8 TeV que alcançava ultimamente -- o experimento será capaz de confirmar com total certeza científica que essa nova partícula corresponde à de Higgs.
Além disso, essa complexa manutenção abriria porta para novas descobertas em relação às partículas elementares e à chamada "matéria escura", que supostamente constitui cerca de 84% do universo, de acordo com a teoria vigente.
A passagem prévia à desativação do LHC foi realizada nesta quinta, quando uma equipe do Centro de Controle do Cern extraiu os últimos feixes de prótons do anel do acelerador.
O acelerador foi criado em 2008 para colidir feixes de prótons ou íons pesados lançados em direções opostas, com choques que foram capazes de gerar intensidades de energia sem precedentes e que -- após uma avaria inicial, que obrigou os cientistas a interromper seu funcionamento em dez meses entre 2008 e 2009 --, superou as expectativas dos cientistas.
"Temos todas as razões para estar muito satisfeitos com os primeiros três anos de exploração do LHC", comentou o diretor-geral do Cern, Rolf Heuer, ao comunicar sua paralisação.
"A máquina, os experimentos, as instalações informáticas e todas as infraestruturas funcionaram extremamente bem e agora temos um descobrimento cientifico maior em nosso ativo", acrescentou.
O acelerador deverá ser posto novamente em funcionamento em 2015, indicou o organismo cientifico, sem especificar o mês exato.

Fonte.G1.com , EFE

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Queda de meteorito causa explosões e deixa 950 feridos na Rússia

Um grande meteorito caiu nesta sexta-feira em uma zona povoada da região russa dos Urais, onde deixou pelo menos 950 feridos e causou pânico entre a população, horas antes da passagem de um asteroide a somente 27 mil quilômetros da Terra. "Havia vários fragmentos bastante grandes que chegaram até a Terra", afirmou Vladimir Puchkov, ministro para Situações de Emergência da Rússia.

Cientistas russos montaram um laboratório na zona para estudar os restos do meteorito. A princípio, as pessoas pensavam que se tratava de uma chuva de meteoritos, o que foi negado pela agência espacial russa, Roscomos, que confirmou que se tratava de "um corpo celeste, um meteorito, que se movimentava a uma velocidade de 30 quilômetros por segundo a uma trajetória baixa".



Um grande meteorito caiu nesta sexta-feira em uma zona povoada da região russa dos Urais, onde deixou pelo menos 950 feridos e causou pânico entre a população, horas antes da passagem de um asteroide a somente 27 mil quilômetros da Terra. "Havia vários fragmentos bastante grandes que chegaram até a Terra", afirmou Vladimir Puchkov, ministro para Situações de Emergência da Rússia.

Cientistas russos montaram um laboratório na zona para estudar os restos do meteorito. A princípio, as pessoas pensavam que se tratava de uma chuva de meteoritos, o que foi negado pela agência espacial russa, Roscomos, que confirmou que se tratava de "um corpo celeste, um meteorito, que se movimentava a uma velocidade de 30 quilômetros por segundo a uma trajetória baixa".


O meteorito de aproximadamente 10 toneladas caiu a cerca de 80 quilômetros da cidade de Satka, por volta das 9h20 local (1h20, horário de Brasília), mas a onda expansiva afetou várias regiões adjacentes e até a vizinha república centro-asiática do Cazaquistão.

"Quando soaram as ensurdecedoras explosões, pensávamos que era um terremoto. As crianças que patinavam no gelo caíram devido à onda expansiva", afirmou Aleksandr Martents, residente na cidade Cheliabinsk.


Fonte: Terra


Asteroide se afasta da Terra sem causar danos

O asteroide 2012 DA14 passou à mais curta distância já registrada da Terra às 17h24 (horário de Brasília) desta sexta-feira. Apesar de ter passando "raspando" - em termos astronômicos - pelo planeta, distante apenas cerca de 28 mil km, o corpo celeste não provocou danos. Havia o temor de que o asteroide colidisse com algum satélite comercial, já que a trajetória foi tão próxima que ultrapassou a órbita geoestacionária, onde está localizada a maioria dos satélites artificiais de comunicações e de televisão.



Se um asteroide com essa dimensão colidisse com o planeta, liberaria 2,5 megatons de energia e provocaria uma devastação regional, de acordo com a Nasa. Conforme a agência espacial americana, asteroides desse tamanho passam assim tão perto da Terra a cada 40 anos e, em média, um deve atingir o planeta a cada 1,2 mil anos.

A passagem do asteroide foi acompanhada de perto depois que um meteorito caiu na Rússia e deixou 950 feridos, causando pânico entre a população. No entanto, as agências espaciais europeia e norte-americana descartaram qualquer relação entre o asteroide denominado 2012 DA14 e o meteorito chamado de "Bólido de Chelyabinsk".

A queda de meteoritos é um fenômeno que ocorre uma vez ao ano, mas normalmente passa despercebido porque costuma ocorrer no deserto ou em outras áreas não povoadas. O fato registrado hoje na região russa de Cheliabinsk, nos montes Urais, é o acidente de maiores consequências causado por um corpo celeste na Terra nos últimos anos.

O asteroide 2012 DA14, como revela seu nome, foi descoberto no ano passado. Uma equipe do La Sagra Sky Survey, no Observatório Astronômico de Mallorca, na Espanha, identificou o bólido no dia 23 de fevereiro de 2012. A observação foi repassada ao Minor Planet Center, onde registros de todos os observatórios são guardados. Além do DA14, outros corpos passarão perto do planeta este ano.

Fonte: Terra


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Nuvens de estrelas N11

Estrelas massivas, ventos abrasivos, montanhas de poeira e uma luz energética, esculpem uma das maiores e mais pitorescas regiões de formação de estrelas no Grupo Local de Galáxias.



© Hubble/J. Lake (nebulosa NGC 1763)
Conhecida como N11, a região é visível na parte superior direita de muitas imagens feitas de sua galáxia mãe, a vizinha da Via Láctea conhecida como Grande Nuvem de Magalhães (LMC). A imagem acima foi feita para propostas científicas específicas pelo telescópio espacial Hubble e reprocessada de forma artística por um astrônomo amador, que com essa imagem ganhou a competição conhecida como Hubble’s Hidden Treasure, uma competição onde qualquer pessoa pode vasculhar os arquivos do Hubble, reprocessar alguma dessas imagens e apresentar algo novo e que não havia sido descoberto ou discutido na imagem original quando ela foi lançada. Embora a seção mostrada na imagem acima seja conhecida como NGC 1763, a inteira nebulosa de emissão N11 é a segunda maior, só perdendo para a 30 Doradus. O estudo das estrelas na N11 tem mostrado que ela na verdade abriga três sucessivas gerações da fase de formação de estrelas. Glóbulos compactos de poeira escura abrigam estrelas jovens emergindo e também podem ser vistos através de toda a imagem.

Fonte: NASA

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Base de Alcântara ainda não foi reconstruída após tragédia

Quase uma década depois da explosão do foguete VLS-1 V03, no Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, que matou 21 técnicos civis e destruiu a torre de lançamento, a infraestrutura da base maranhense ainda não está 100% recuperada. A expectativa da Agência Espacial Brasileira (AEB) é que, só em dois anos, todo o trabalho esteja concluído.



"Ainda carece de um bom investimento para terminar essa infraestrutura, que vai servir para dois sítios simultaneamente: um especificamente para lançar o Cyclone-4, parceria que nós temos com a Ucrânia, e o outro que é para lançar os nossos lançadores", disse o presidente da AEB, José Raimundo Coelho.

O objetivo da Operação São Luís, que terminou em tragédia no dia 22 de agosto de 2003, era colocar em órbita o satélite meteorológico Satec, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e o nanossatélite Unosat, da Universidade do Norte do Paraná. Foi a primeira e única tentativa brasileira de colocar um satélite em órbita a partir de uma base nacional.

O Brasil, no entanto, já voltou a fazer lançamentos a partir da Base de Alcântara. Em 2010, foi lançado o foguete brasileiro de médio porte VSB-30 V07. De 2004 a 2012, foram investidos pouco mais de R$ 582 milhões em infraestrutura e sistemas para o Centro de Lançamento de Alcântara. Nos próximos dois anos, a previsão do Programa Nacional de Atividades Espaciais é que R$176 milhões sejam empregados para o mesmo fim.

Segundo o presidente da AEB, o Brasil aprendeu muito com a tragédia, principalmente no que diz respeito à prevenção de acidentes. "Toda operação que envolve combustível pesado, como é o caso espacial, tem que ter senhoras precauções. Digamos que a nossa primeira iniciativa não foi focada nisso, porque a gente jamais poderia imaginar que poderia acontecer aquele acidente. Foi fatal e foi uma surpresa total para nós", reconheceu.

A construção de uma nova torre de lançamento foi totalmente concluída e entregue em outubro de 2012, depois da realização de testes que mostraram que a estrutura está preparada para um feito inédito: lançar um foguete com satélite de uma base própria. Pelas previsões da AEB, o foguete ucraniano Cyclone-4 será o primeiro a ser lançado na base, fora da fase de testes, desde a explosão da torre. Pela cooperação, firmada no mesmo ano do acidente, a Ucrânia é responsável por desenvolver e fabricar os equipamentos do foguete.

Já ao Brasil cabe a construção da infraestrutura física e de comunicações do Centro de Alcântara. Ainda não há data marcada para o lançamento do foguete, mas a intenção é que isso ocorra em 2014. Para que o Centro de Lançamento de Alcântara volte a operar, o novo projeto de construção da torre envolveu ajustes, sobretudo na área de segurança. Entre as novidades estão a instalação de sistema de proteção contra descargas atmosféricas, a construção de uma área de fuga e a automatização de sistemas.

"O posto de comando é belíssimo, competitivo com qualquer outro do mundo. Tem modernidades que outros lugares não tem, como, por exemplo, uma torre que se ajusta a vários tipos de lançadores", explicou José Raimundo. Ainda segundo José Raimundo, os planos para a base de Alcântara são audaciosos. Quando tudo estiver pronto, a intenção é que ela seja usada para vender serviços a preços mais competitivos.

"Nossa posição é bem embaixo da órbita geoestacionária. Se você for lançar lá do Hemisfério Norte, longe do Equador, significa muito mais combustível, muito mais dinheiro gasto. De lá, você pode economizar 30% no lançamento", estimou. A ideia é que, se o Brasil tiver lançadores eficientes, a partir de um local estrategicamente bem posicionado, a demanda por serviços aumente muito. "Podemos lançar satélite do mundo todo e cada lançamento custa cerca de US$ 50 milhões", aposta o presidente da AEB.

Este ano, a AEB deve contar com um orçamento de R$ 400 milhões para investimentos em lançadores, satélites e infraestrutura. O presidente da agência reconhece que os recursos estão muito aquém do necessário, mas segundo ele, já são o dobro do empenhado no ano passado. "Para a infraestrutura de Alcântara, nós estamos solicitando ao governo brasileiro um suplemento emergencial, devido a esse compromisso que nós temos com a Ucrânia de lançar o Cyclone-4, isso vai acrescentar R$ 200 milhões ao orçamento", disse.


Fonte: Terra, Agência Brasil

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Robô Curiosity recolhe primeira amostra de rocha de Marte

O robô Curiosity completou sua primeira perfuração em Marte, e irá iniciar os primeiros fragmentos do subsolo do planeta na missão que realiza, informou neste sábado a Nasa (agência espacial americana). "Esta é a primeira vez que um robô perfura rocha de Marte para recolher uma amostra", anunciou a agência em comunicado.


Este é um novo marco para Curiosity, já que os antecessores do robô chegaram a limar rochas para obter amostras, mas é a primeira vez que um robô realiza uma perfuração no interior do Planeta Vermelho.


O buraco, de 1,6 cm de largura e 6,4 cm de profundidade pode ser visto nas imagens que o robô transmitiu à Terra e foram divulgadas pela Nasa. A região escolhida para a perfuração seria local com registro de existência de ambientes úmidos no planeta. O veículo fará uso agora dos instrumentos de última tecnologia, que leva instalados em seu interior, para analisar as mostras recolhidas.


"O robô mais avançado jamais projetado é agora um laboratório de análise em pleno funcionamento em Marte", disse John Grunsfeld, administrador associado da Nasa para o Diretório de Missões Científicas. Segundo Grunsfeld, trata-se do "feito mais importante" desde a chegada do Curiosity a Marte.

Durante os próximos dias, os cientistas em terra darão instruções ao braço robótico do Curiosity, para que realize uma série de passos para processar a amostra. A equipe da Nasa denominou a rocha que Curiosity perfurou de "John Klein", em memória do subdiretor do projeto que morreu em 2011.


Durante os dois anos que durará sua missão, o Curiosity utilizará os dez instrumentos que leva a bordo para comprovar se na área de estudo existiram condições ambientais favoráveis para a vida microbiana.

Fonte: Terra

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Veja um estrela bebê devorando suas primeiras refeições

Pode parecer meio abstrata a ideia de uma estrela em desenvolvimento, mas o fato é que o universo está cheio delas. Astrônomos americanos têm observado, a 950 anos-luz da Terra, um jovem astro de 100 mil anos de idade, que não para de se alimentar do gás e da poeira que o circundam. O “apetite” é impressionante. A cada meros 25 dias, a estrela fica dez vezes mais brilhante.


Tecnicamente, parece que não se trata apenas de uma estrela, mas duas. Não é comum o uso do termo “estrelas gêmeas” entre os astrônomos, já que existe uma palavra especialmente cunhada para este fenômeno: estrela binária. Trata-se de um conjunto de duas estrelas que orbitam ao redor de um centro de massa.
O sistema como um todo (as duas estrelas e o material cósmico que a envolve) se localiza na constelação Perseu, e recebe o nome de LRLL 54361. As imagens capturadas pelo telescópio Spitzer (lançado ao espaço pela Nasa em 2003) mostram as duas estrelas juntas, mais ao centro, e uma outra estrela distante (LRLL 1843) na porção superior direita da imagem.
Observando as fotos, é possível perceber que em alguns momentos o brilho das duas está mais intenso do que em outros. Isso acontece devido ao campo gravitacional que o conjunto forma. Em áreas próximas às estrelas, os gases e poeira espacial custam a ser absorvidos. Uma vez que passam de determinada linha, em proximidade, são puxadas para o centro com intensidade redobrada.
O termo “estrela bebê” pode dar a ideia de pouco tamanho, mas as duas juntas são muito maiores que todo o sistema solar, por exemplo. Na fase de brilho mais intenso, a LRLL 54361 se estende por uma área de cerca de 15000 UA (uma unidade astronômica equivale a quase 150 milhões de km). Mas o processo de formação da estrela, segundo os pesquisadores, ainda vai decorrer por mais alguns milhões de anos.

[Science Daily / Science 20]

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Jibe-robô Curiosity usa perfurador em Marte pela 1ª vez

O jipe-robô Curiosity, que está explorando Marte, usou pela primeira vez o seu sistema de perfuração.
O equipamento do veículo robótico perfurou brevemente, sem realizar rotações, em uma camada rochosa chata no solo da cratera Gale - o local onde o Curiosity pousou em 6 de agosto do ano passado.
Imagens mostradas antes e depois da operação revelam as marcas deixadas pela ferramenta de perfuração.


Apesar de veículos espaciais anteriores terem raspado a superfície de rochas em Marte, o Curiosity é o primeiro capaz de perfurar estruturas rochosas.
Engenheiros da agência espacial americana, Nasa, estão adotando uma postura cautelosa em relação ao procedimento.
Eles precisam aferir se o que ocorre com a rocha e com o perfurador está seguindo o esperado.
Se a placa rochosa for considerada adequada, uma série de perfurações serão feitas, utilizando a rotação, bem como a ação de percussão do perfurador, antes de uma amostra em pó ser retirada e depositada nos laboratórios que o Curiosity carrega.
Vida bacteriana
A missão do Curiosity é determinar se a cratera Gale já teve no passado ambientes capazes de abrigar vida bacteriana.
Detalhar a composição das rochas é algo crítico para a investigação sobre a possibilidade de as crateras manterem um registro geoquímico das condições em que elas se formaram.
Perfurar alguns centímetros dentro de uma rocha pode fornecer uma amostra que não possui as alterações que podem ocorrer na superfície devido a condições meteorológicas ou a radiações.
Desde que pousou em Marte, o jipe-robô se deslocou do poonto em que aterrisou, ao leste, rumo ao local identificado em imagens satelitais como sendo a interseção entre três diferentes terrenos geológicos.
O veículo se encontra atualmente em uma pequena depressão chamada Baía Yellowknife. A rocha escolhida para a primeira perfuração é uma fina rocha sedimentária, cortada por sulcos do que aparenta ser sulfato de cálcio.
A rocha também possui um nome - John Klein, uma homenagem a um engenheiro da Nasa recém-falecido que trabalhou no projeto do jibe-robô.
Cientistas estão empolgados com os progressos da missão feitos até agora. Muitas das rochas, assim como as encontradas na Baía Yellowknife, mostram evidências claras de depósitos ou de alterações feitos pela água.
Pouco antes de se dirigir para a baía, o Curiosity identificou aglomerações contendo contendo seixos, indicando a presença no passado de água corrente, muito provavelmente uma rede de córregos.


Fonte: Terra.com

Estrela é capaz de gerar muitos planetas

Astrônomos do observatório Herschel da ESA descobriram uma estrela com massa suficiente para gerar 50 planetas do tamanho de Júpiter, apesar de ser vários milhões de anos mais velhas do que as demais estrelas que geralmente geram planetas.


© ESA/C. Carreau (ilustração de um disco estelar)
Os cientistas chegaram a essa conclusão após conseguirem medir de maneira precisa a massa do seu disco protoplanetário, um disco de material em volta de uma estrela, geralmente, recém-formada, que contém todos os ingredientes para a construção de planetas. Eles são compostos principalmente de hidrogênio gasoso molecular frio, que é altamente transparente e essencialmente invisível.
Utilizando esta técnica, uma massa substancial de gás foi detectada em um disco cercando TW Hydrae, uma estrela jovem de apenas 176 anos-luz de distância, na constelação de Hidra.
“Nós não esperávamos encontrar tanto gás em torno desta estrela de 10 milhões de anos de idade”, disse Edwin Bergin, professor da Universidade de Michigan e principal autor da pesquisa.
Segundo os astrônomos, esse tipo de disco maciço em torno da TW Hydrae é incomum para estrelas desta idade. Isso porque, dentro de alguns milhões de anos, mais material normalmente é incorporado à estrela central.
“Esta estrela tem uma massa muito maior do que a necessária para fazer nosso próprio Sistema Solar e poderia fazer um sistema muito mais exótico, com planetas mais massivos do que Júpiter”, acrescenta Bergin.
Em um estudo anterior do observatório Herschel, os cientistas já haviam identificado a TW Hydrae como uma estrela possuidora de um disco com água suficiente para encher o equivalente a milhares de oceanos da Terra.
Agora, o novo método revela que o volume de materiais disponíveis, incluindo água, pode ter sido subestimado neste e em outros sistemas.
“Com uma massa mais precisa, podemos aprender mais sobre esse sistema com relação a seu potencial de gerar planetas e a disponibilidade de ingredientes capazes de suportar um planeta com vida", acrescenta o professor Bergin.

Fonte: G1, Nature e Astro News