quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Um Gigante Encolhendo

A estrela VY Canis Majoris (VY CMa) é uma hipergigante vermelha localizada na constelação de canis majoris. Mais do que uma estrela gigante ou uma supergigante, uma hipergigante! Para se ter uma ideia de seu tamanho ela tem aproximadamente entre 30 e 40 vezes a massa do Sol e é 300 mil vezes mais luminosa do que ele. Em temos de tamanho, se fosse retirada da constelação do Cão Maior, constelação essa que se encontra a uma distância de 4 mil anos luz, e fosse colocada no lugar do nosso Sol, ela preencheria o espaço até a órbita de Júpiter.


Credito: ESO

Essa estrela vem sendo estudada há décadas, certamente é uma das maiores da Via Láctea, e tem uma grande variação de brilho, no decorrer de 5,5 anos seu brilho cai 3 magnitudes, uma variação fácil de ser acompanhada em pequenos telescópios e por observadores pacientes.

O termo hipergigante se refere a uma das fases da vida de uma estrela com muito mais massa que o Sol. Quando uma estrela como essa está em seus momentos finais, ela infla assustadoramente, baixando sua temperatura( origem da cor da estrela) e lança ao espaço suas camadas mais externas. O gás é expelido em altas velocidades, chegando a várias centenas de quilômetros por segundo, e vai esfriando pelo caminho. Durante esse processo, o gás rico em carbono e outros elementos mais pesados que o hélio se condensam em partículas de poeira. O gás expelido e a poeira criada a partir dele são fundamentais na formação de novas estrelas e futuros planetas, alguns milhões de anos depois. No caso da VY CMa, todo ano são lançados ao espaço, o equivalente à massa de 30 planetas Terra.

Recentemente uma equipe de pesquisadores publicou um dos melhores retratos do que ocorre em VY CMa. Com um dispositivo que esconde a estrela, de modo a atenuar o seu brilho intenso, todo o envoltório de gases e poeira se destaca. As nuvens de material ejetadas vistas nessa imagem devem ter sido expelidas há pelo menos mil anos e se espalham por vasto volume do espaço enquanto esfriam.

Mais do que mapear a estrela, essa imagem mostra o quão está avançado o seu estágio final. A expulsão das camadas externas de estrelas como essa, nos avisam que as mesmas estão morrendo. Como a VY CMa tem uma elevada massa, ela acabará em uma explosão de supernova, porém não da para afirmar quando isso vai acontecer ou se já aconteceu, devido aos 4 mil anos luz de distância que nos separam, esse fenômeno pode já ter ocorrido mas só saberemos quando a luz chegar aqui. Quando chegar teremos uma estrela "nova" na constelação do Cão Maior facilmente visível a olho nu, provavelmente mais uma estrela de neutrôns.

Fonte: G1.com



quarta-feira, 17 de junho de 2015

O maior anel de Saturno é muito maior do que você imagina

Esqueça a imagem que você tem de Saturno, porque ela está errada. Aquele último anelzinho em volta do planeta não chega nem aos pés do verdadeiro.
Cientistas acabaram de chegar à conclusão de que o anel mais externo do planeta é o maior anel planetário conhecido, 30% maior do que pensávamos que ele era. Para completar, é invisível. Sua cor preta combina com a escuridão do espaço, o que faz com que ele não apareça em imagens típicas de Saturno.
O anel de Phoebe e Iapetus
Em 2009, o astrofísico Douglas Hamilton e sua equipe descobriram o chamado “anel de Phoebe” usando imagens de infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer. Para se ter uma ideia do seu tamanho, se os famosos anéis de Saturno fossem anéis de dedo, o anel de Phoebe seria do tamanho de um pneu de caminhão.
Embora ninguém realmente soubesse da existência do anel de Phoebe antes de 2009, ele já fazia presença sobre a superfície da lua Iapetus, uma das 62 conhecidas de Saturno.
Ela não se parece com nenhuma outra lua do sistema solar. Sua superfície gelada é branca de um lado, e preta do outro.
Os cientistas já suspeitavam que o motivo de Iapetus ser uma lua de duas caras era porque colidia com frequência com um anel de partículas escuras que não podíamos ver. Como a nossa lua, ela mostra a mesma face para o seu planeta natal em todos os momentos, por isso, o outro lado de Iapetus está constantemente recebendo partículas que a deixam preta.

Composição

No estudo mais recente, a mesma equipe usou um telescópio infravermelho diferente para obter uma visão mais completa do anel de Phoebe.
Conclusão: ele é 30% maior do que o esperado. Na verdade, é mais de 200 vezes maior que Saturno. Não consegue imaginar quão grande é isso? Pense que, se ele fosse visível no céu noturno a partir da Terra, pareceria tão grande quanto duas das nossas luas (agora pense quão mais longe Saturno está de nós do que a lua, e abra a boca em espanto).
Além de medir o seu tamanho, a equipe de Hamilton também teve uma ideia melhor do que o anel é feito. Apesar de ser gigante, ele não é nada denso. Composto de partículas pequenas e grãos de poeira incrivelmente distantes um do outro, os cientistas estimam que há algo em torno de apenas 20 partículas em uma área do tamanho de uma montanha.

Origem

Como o anel de Phoebe se formou? Como o próprio nome sugere, ele pode dever a sua existência à liberação de poeira da lua de Saturno chamada Phoebe. Também é possível que pequenas luas ainda não detectadas também sirvam como alimentadoras para o anel.
 Fonte: HypeScience and DiscoverMagazine

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Quarteto fantástico é finalmente descoberto. Astrônomos estão perplexos

Usando o Observatório WM Keck, localizado no Havaí (Estados Unidos), um grupo de astrônomos liderado por Joseph Hennawi, do Instituto Max Planck de Astronomia, acaba de descobrir o primeiro quasar quádruplo: quatro buracos negros ativos raros, localizados com uma proximidade absurda uns dos outros.
O quarteto reside em uma das estruturas mais massivas já descobertas no universo distante, e está rodeado por uma nebulosa gigante de gás denso. Como a descoberta representa um caso em cada dez milhões, talvez os astrônomos precisem repensar seus modelos de evolução e formação de estruturas cósmicas mais massivas.


O que é um quasar?

Quasares constituem uma breve fase de evolução da galáxia, e são alimentados pela queda de matéria em um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia. Durante esta fase, eles são os objetos mais luminosos do universo, brilhando centenas de vezes mais do que suas galáxias hospedeiras, que contêm centenas de bilhões de estrelas.
Mas esses episódios hiperluminosos duram apenas uma pequena fração do tempo da vida de uma galáxia, e é por isso que os astrônomos precisam ter muita sorte para pegar qualquer galáxia nesse período brilhante.
Como resultado, os quasares são extremamente raros no céu, e normalmente são separados por centenas de milhões de anos-luz um do outro. Os pesquisadores estimam que as chances de descoberta de um quasar quádruplo por acaso é uma em dez milhões.

Como eles conseguiram ter tanta sorte?

Pistas vêm de propriedades peculiares do ambiente do quarteto. Os quatro quasares são, por exemplo, cercados por uma nebulosa gigante de gás hidrogênio muito densa, que emite luz porque é irradiada pelo brilho intenso dos quasares. Além disso, tanto o quarteto quanto a nebulosa circundante residem em um canto raro do universo com uma quantidade surpreendentemente grande de matéria.

Tudo estranho

De acordo com J. Xavier Prochaska, professor da Universidade da Califórnia em Santa Cruz e pesquisador principal das observações do Observatório Keck, há várias centenas de vezes mais galáxias nesta região do que seria de se esperar a estas distâncias.
Dado o número excepcionalmente grande de galáxias, este sistema se assemelha as aglomerações enormes de galáxias, conhecidas como aglomerados de galáxias, que os astrônomos observam no universo atual.
Mas como a luz desta metrópole cósmica tem viajado mais de 10 bilhões de anos antes de atingir a Terra, as imagens que mostram a região são de 10 bilhões de anos atrás, menos de 4 bilhões de anos após o Big Bang.
Elas são, portanto, um exemplo de um progenitor ou antepassado de um aglomerado de galáxias atual, ou que se formará muito em breve.

Dia de sorte

Ao remendar todas essas anomalias em conjunto, os pesquisadores tentaram compreender o que parece ser um golpe de sorte incrível. De acordo com Joseph Hennawi, se você descobrir algo que, segundo a sabedoria científica atual deve ser extremamente improvável, você chega a apenas duas conclusões: ou você tem muita sorte e descobriu uma coisa inédita, ou precisa modificar sua teoria.
Os pesquisadores especulam que algum processo físico pode tornar a atividade quasar muito mais provável em ambientes específicos. Uma possibilidade é que os episódios de quasares são acionados quando as galáxias colidem ou se fundem, porque essas interações violentas canalizam de forma eficiente muito gás para o buraco negro central. Tais encontros são muito mais prováveis de ocorrer em um aglomerado denso preenchido com galáxias, assim como é mais provável encontrar trânsito na hora do rush em uma grande cidade.
“A nebulosa de emissão gigante é uma peça importante do quebra-cabeça, uma vez que significa uma enorme quantidade de gás frio denso”, disse Fabrizio Arrigoni-Battaia, um estudante de doutorado no Instituto Max Planck de Astronomia que esteve envolvido na descoberta.

Buracos negros brilham?

Buracos negros supermassivos só podem brilhar como quasares se houver gás para eles engolirem, e um ambiente rico em gás poderia proporcionar condições favoráveis para abastecer quasares.
Por outro lado, dada a atual compreensão de como as estruturas maciças se formam no universo, a presença da nebulosa gigante é totalmente inesperada.

Nossos modelos atuais de formação da estrutura cósmica, feitos com base em simulações de supercomputadores, preveem que os objetos maciços no início do universo devem ser preenchidos com gás rarefeito, ao passo que esta nebulosa gigante de gás requer gases milhares de vezes mais denso e mais frio, esclarece Sebastiano Cantalupo, que liderou as observações no Observatório Keck. [phys], HypeScience

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Universo pode acabar em um "vazio" escuro?

Modelo padrão da Cosmologia

A cosmologia passou por uma mudança de paradigma em 1998, quando pesquisadores anunciaram que a taxa de expansão do Universo estaria se acelerando.

Hoje já há dúvidas sobre a velocidade de aceleração dessa expansão do Universo, mas o fato é que a ideia de um tipo de energia desconhecida - chamada de energia escura - constante ao longo do espaço-tempo, funcionando então como uma constante cosmológica, tornou-se o modelo padrão da cosmologia.

Agora, astrofísicos acreditam ter encontrado uma descrição melhor para o que está acontecendo, o que pode incluir a transferência de energia entre a energia escura e a matéria escura.

Valentina Salvatelli e Najla Said, da Universidade de Roma, na Itália, usaram dados de uma série de pesquisas astronômicas, incluindo o SDSS (Sloan Digital Sky Survey), que recentemente divulgou o primeiro mapa da matéria escura, para testar diferentes modelos de energia escura.
E os dados não se encaixaram muito bem dentro da teoria. "Há muito mais dados disponíveis agora do que em 1998, e parece que o modelo padrão já não é suficiente para descrever todos os dados. Nós acreditamos ter encontrado um modelo melhor da energia escura," afirmam elas.
Destino do Universo
De fato, os dados mais recentes estão mostrando que o modelo cosmológico padrão não consegue explicar uma variedade de eventos, em especial o crescimento da estrutura cósmica, das galáxias e dos aglomerados de galáxias, que parecem ser mais lentos do que aceito anteriormente.
Um dos exemplos mais contundentes desse descasamento entre teoria e dados observacionais foi anunciado há poucos dias, quando a equipe de Peter Milne, da Universidade do Arizona, mostrou que as supernovas Ia, usadas justamente para medir a expansão do Universo, não são sempre iguais como se supunha.
Pela interpretação da equipe italiana, os dados mostram que estaria havendo uma transferência de energia da matéria escura para a energia escura - é como se a energia escura estivesse lentamente "sugando" a matéria escura, fazendo-a desaparecer.
Com a diminuição da quantidade de matéria escura, o crescimento da estrutura do cosmos estaria então diminuindo de ritmo. E, com uma quantidade de matéria escura cada vez menor, ao longo de bilhões de anos as galáxias deverão lentamente se esfacelar - a hipótese de uma matéria escura foi levantada justamente para explicar a gravidade que mantém as galáxias coesas, que se esfacelariam se dependessem unicamente da gravidade das estrelas e planetas e outros corpos celestes.
"Este estudo é sobre as propriedades fundamentais do espaço-tempo. Em uma escala cósmica, estamos falando sobre o nosso Universo e seu destino. Se a energia escura está crescendo e a matéria escura está evaporando, vamos acabar com um grande e chato Universo vazio, com quase nada nele," disse o professor David Wands, que coordenou o estudo.
Bibliografia:
Site Inovação Tencológica - Espaço
Indications of a Late-Time Interaction in the Dark Sector
Valentina Salvatelli, Najla Said, Marco Bruni, Alessandro Melchiorri, David Wands
Physical Review Letters
Vol.: 113, 181301
DOI: 10.1103/PhysRevLett.113.181301

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Famosos "Pilares da criação" desaparecerão em 3 milhões de anos

Os Pilares da Criação", as nuvens gigantescas de gás e pó localizadas na Nebulosa da Águia, a cerca de 7.000 anos luz da Terra, desaparecerão completamente em três milhões de anos, segundo a pesquisa de uma equipe internacional de astrônomos.


O trabalho, publicado na revista "Monthly Notices of the Royal Astronomical Society", é apoiado na primeira imagem tridimensional destas famosas colunas de pó cósmicas, que revela sua "iminente" destruição, segundo informou em comunicado o Observatório Europeu Austral (ESO, na sigla em inglês).  Com a ajuda do instrumento "MUSE" instalado no telescópio de grande tamanho (VLT, em inglês) do ESO no Chile, os astrônomos viram que os "Pilares da Criação" perdem a cada milhão de anos o equivalente a 70 vezes a massa solar. Partindo de uma massa atual de 200 vezes a do sol, "espera-se que tenham uma vida útil de talvez três milhões de anos mais, - uma piscada de olhos em tempo cósmico", destacou o Observatório. A partir desta nova descoberta, os astrônomos sugerem voltar a batizar as famosas colunas cósmicas como os "Pilares da Destruição". A nova ilustração tridimensional destes três famosos pilares revela novos detalhes sobre sua distribuição espacial, assim como provas da existência de duas estrelas em gestação nas colunas da esquerda e do centro e um inédito jato procedente de uma estrela jovem que até agora não tinha sido visto. As colunas foram esculpidas com o tempo como consequência da potente radiação erosiva e dos ventos estelares que as brilhantes estrelas do cúmulo provocam após sua gestação, expulsando o material menos denso para longe de sua vizinhança. Neste caso, os grupos mais densos de gás e poeira podem resistir a esta erosão funcionando como uma blindagem que cria "fileiras" escuras ou "trombas de elefante", e é aquilo que pode ser visto como o corpo escuro de um pilar que aponta para as brilhantes estrelas.       Os astrônomos esperam compreender melhor como as estrelas jovens de tipo O e B influem na formação de estrelas de gerações posteriores. Vários estudos identificaram protoestrelas se formando nestas nuvens, por isso que podem continuar se chamando "Pilares da Criação", informou o ESO.     A imagem original dos famosos pilares, obtida pelo Telescópio Hubble, foi feita há duas décadas e se tornou imediatamente uma de suas imagens cósmicas mais reconhecidas.
Fonte: Terra.com e EFE

terça-feira, 5 de maio de 2015

Pesquisadores observam buracos negros supermassivos prestes a se fundir

Conforme duas galáxias entram nos estágios finais de fusão, cientistas têm teorizado que seus buracos negros supermassivos formariam um “binário” – dois buracos negros em uma órbita tão próxima que são gravitacionalmente ligados um ao outro. Em um novo estudo, astrônomos da Universidade de Maryland (EUA) apresentaram evidências diretas de um quasar pulsante, o que pode comprovar a existência desses buracos negros binários.


“Acreditamos que observamos dois buracos negros supermassivos em maior proximidade do que nunca. Estes buracos negros podem estar tão próximos que estão emitindo ondas gravitacionais, que foram previstas pela teoria da relatividade geral de Einstein”, explica Suvi Gezari, também da Universidade de Maryland, coautora do trabalho publicado na revista “Astrophysical Journal Letters”. A descoberta pode lançar luz sobre a frequência com que os buracos negros se aproximam o suficiente para formar um binário gravitacionalmente ligado e, eventualmente, se fundir.
Os buracos negros tipicamente devoram matéria, que acelera e se aquece, emitindo energia eletromagnética e criando alguns dos pontos mais luminosos no céu, chamados quasares. Quando dois buracos negros orbitam como um binário, absorvem matéria ciclicamente, o que leva os teóricos a preverem que o quasar binário responderia clareando e escurecendo periodicamente.

A Metodologia:
Os pesquisadores realizaram uma busca sistemática pelos chamados quasares variáveis usando o Telescópio de Pesquisa Panorâmica e Sistema de Resposta Rápida (Pan-STARRS1) de Vistoria de Profundidade Média. Este telescópio fica baseado no Havaí, em Haleakala, e fotografa o mesmo pedaço de céu uma vez a cada três dias, recolhendo centenas de dados para cada objeto ao longo de quatro anos.
Nestes dados, a equipe de astrônomos encontrou o quasar PSO J334.2028+01.4075, que tem um grande buraco negro de quase 10 bilhões de massas solares e emite um sinal óptico periódico que se repete a cada 542 dias. O sinal do quasar era incomum porque as curvas de luz da maioria dos quasares são arrítmicos. Para verificar a sua descoberta, a equipe de pesquisa executou rigorosos cálculos e simulações e examinou dados adicionais, incluindo dados fotométricos de outros telescópios e sistemas de monitoramento.
“A descoberta de um candidato a sistema compacto binário de buracos negros supermassivos como o PSO J334.2028+01.4075, que parece a uma separação orbital tão pequena, acrescenta ao nosso conhecimento limitado das etapas finais da fusão entre os buracos negros supermassivos”, aponta a estudante de mestrado em astronomia da Universidade de Maryland, Tingting Liu, principal autora do artigo.
Os pesquisadores planejam continuar a procurar novos quasares variáveis. A partir de 2023, sua pesquisa poderia ser auxiliada pelo telescópio Synoptic Large Telescope Survey. Espera-se que este aparelho possa fazer o levantamento de uma área muito maior, possibilitando identificar a localização de milhares destes buracos negros supermassivos que estão se fundindo no céu noturno.
Fonte; [University of Maryland] and HypeScience

segunda-feira, 4 de maio de 2015

O que está acontecendo com o cometa 67P

Conforme o cometa 67P de 3 km de largura se aproxima do sol, o calor faz seu núcleo expelir gás e poeira. A sonda Rosetta chegou ao núcleo duplo do cometa em julho do ano passado, e agora está co-orbitando o sol junto com o iceberg gigante escuro.


Uma análise recente de dados da sonda mostrou que a água expelida pelo objeto tem uma diferença significativa com a água na Terra, indicando que ela não poderia ter se originado a partir de colisões com cometas antigos como 67P.
A sonda Rosetta não detectou um campo magnético ao redor do núcleo do cometa, o que indica que o magnetismo poderia ter sido pouco importante na evolução do sistema solar em seus primeiros momentos de vida.
O cometa 67P deverá aumentar a sua taxa de evaporação a medida que se aproxima ainda mais do sol – o que deve acontecer em agosto de 2015, quando ele atinge uma distância da estrela que é apenas um pouco mais longe do que a Terra.

Fonte: HYPESCIENCE

sexta-feira, 20 de março de 2015

Com atraso de 4 anos, Câmara aprova adesão do Brasil a megatelescópio

A aprovação pela Câmara dos Deputados nesta quinta-feira(19) da adesão do Brasil ao maior consórcio de pesquisas astronômicas do mundo, o Observatório Europeu do Sul (ESO), veio com mais de quatro anos de atraso. O acordo de adesão do país ao grupo foi assinado em dezembro de 2010 pelo então ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. O projeto segue agora para votação no Senado.


Ao aderir ao ESO, o Brasil abre para os cientistas brasileiros a oportunidade de usarem telescópios e instrumentos de observação de ponta instalados no norte do Chile.O consórcio é responsável pelo projeto do megatelescópio E-ELT (Sigla para “European Extremely Large Telescope”, ou “Telescópio Europeu Extremamente Grande”), que deve ser o maior telescópio do mundo, com um espelho de 39 metros de diâmetro.
Em contrapartida, o país deve investir 270 milhões de euros (cerca de R$ 945 milhões).
Para o astrônomo Cassio Barbosa, colunista doG1, trata-se de um bom movimento para a ciência brasileira fazer parte do ESO. “O ESO sempre foi conhecido pelos instrumentos que estão na vanguarda da astronomia”, diz. Ele observa que a participação do Brasil partiu de um convite do grupo. “O convite veio de cima. É como se fosse um atestado de qualidade das pesquisas feitas pelos brasileiros.”
Atraso gera mal-estar
Desde 2010, quando o acordo foi assinado pelo Brasil, cientistas brasileiros já podem pleitear o uso de instrumentos do ESO, segundo Barbosa.
A questão é que até o momento, o país não pagou a conta por esse uso, o que tem gerado um mal-estar na comunidade científica internacional. “Causa um mal-estar porque o Brasil está devendo. Desde 2011, quando deveriam começar as contribuições, o taxímetro está rodando, são quase 5 anos de atraso”, diz Barbosa.
O astrônomo observa que parte da comunidade científica brasileira tem críticas em relação à adesão ao ESO, pois trata-se de um investimento grande que não garante um tempo fixo de uso dos instrumentos de observação, como acontece em outros consórcios dos quais o Brasil faz parte. Em vez disso, o uso dos instrumentos depende da aprovação do mérito do projeto de pesquisa pelo ESO.
Que pesquisas poderão ser feitas?
Para Barbosa, ter à disposição os instrumentos do ESO pode estimular o desenvolvimento de pesquisas de ponta pelas novas gerações de astrônomos brasileiros. “Podem ser feitas desde pesquisas com objetos de nosso Sistema Solar até pesquisas com o limiar do Universo. O mais produtivo equipamento em terra para detecção de exoplanetas fica em La Silla, que é uma das sedes desse consórcio.”

Ele acrescenta que, quando o E-ELT estiver pronto, ele poderá ser usado para investigar se existe algum planeta que tenha indicativos vida, já que ele será capaz de estudar a atmosfera desses exoplanetas.

Fonte: G1.com

terça-feira, 3 de março de 2015

Essa célula Alien pode sobreviver em Titã?

Titã, uma das luas de Saturno, é uma das grandes apostas de cientistas em relação a mundos que possam abrigar vida. Mas, claro, ela tem uma ambiente muito hostil para que a vida como nós a conhecemos aqui na Terra sobreviva. Mas e se houvesse uma forma de vida como nós NÃO conhecemos?


É com essa teoria que pesquisadores da Universidade de Cornell trabalharam. Eles criaram o modelo de uma célula alien baseada em metano (sem necessidade de oxigênio) que poderia sobreviver nas condições de Titã.

Na pesquisa, publicada no periódico Science Advances, eles descrevem uma membrana celular deita de pequenos compostos de hidrogênio e capaz de funcionar com metano líquido a uma temperatura de -144°C. Esse modelos é inspirado em moléculas terrestres com base de água, que forma uma membrana similar capaz de proteger seu material orgânico. Como em Titã a água não estaria disponível, eles trabalharam com o metano liquido.

Essa célula, construída também de nitrogênio, carbono e hidrogênio (disponíveis no satélites) seria tão estável e flexível quanto uma terráquea.

Agora o próximo passo é criar um modelo que mostre que tipo de indicadores uma forma de vida baseada nessas células produziria. Assim, astrobiólogos poderiam buscar por sinais na atmosfera de Títã e , quem sabe, encontrar a vida alienígena que tanto buscamos



Fonte: Revista Galileu

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Cientistas descobrem buraco negro 12 bilhões de vezes maior que Sol

Um grupo de cientistas descobriu um buraco negro com uma massa aproximadamente 12 bilhões de vezes maior que a do Sol, segundo publicou nesta quarta-feira (25) a revista britânica "Nature".


Concepção artísitca de um quasar com um buraco negro supermaciço no universo distante (Foto: Zhaoyu Li/Shanghai Astronomical Observatory)

A equipe detectou um quasar que contém um buraco negro supermaciço em seu interior e que pertence a uma época na qual o universo tinha cerca de 900 milhões de anos, apenas 6% da idade atual do universo, de 13,6 bilhões de anos.
Esta descoberta poderia questionar determinadas teorias sobre a formação e o crescimento dos buracos negros e das galáxias.
O buraco negro de grande massa está localizado no coração de um quasar ultraluminoso, um corpo celeste de pequeno diâmetro e grande luminosidade que emite grandes quantidades de radiação.
Após analisar a descoberta, o grupo de astrônomos considera que o buraco negro se originou a cerca de 900 milhões de anos depois do Big Bang, algo que consideraram "particularmente surpreendente".
A descoberta e o estudo posterior foram realizados por uma equipe de astrônomos da universidade de Pequim e coordenado por Xue-Bing Wu, professor do departamento de astronomia dessa universidade.
Gráfico mostra representação de quasares distantes conhecidos; quanto mais à direita, maior a massa de seu buraco negro e quanto mais ao alto, maior a luminosidade. Círculo vermelho representa o quasar recém-descoberto J0100+2802 (Foto: Zhaoyu Li/Shanghai Astronomical Observatory)
Xue-Bing Wu e sua equipe realizaram um acompanhamento do quasar utilizando dados de projetos de inspeção e estudos como o SDSS (exploração Digital do Espaço Sloan) e o 2MASS (Reconhecimento em dois micrometros do céu completo).
Além disso, os astrônomos também utilizaram dados do estudo da Nasa Wide-Field Infrared Survey Explorer (WISE), um projeto que lançou um telescópio espacial em 2009 para estudar a radiação infravermelha.
O astrônomo do Max Planck Institute for Astronomy Bram Venemans reagiu em artigo da "Nature" à descoberta e afirmou que "descobrir buracos negros pertencentes ao início dos tempos cósmicos é algo estranho".
Apesar da raridade desta descoberta, Venemans especificou que "a tecnologia atual e futura dará a possibilidade da ciência conhecer as características do universo durante as primeiras centenas de milhões de anos depois do Big Bang".
Fonte: G1.com

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Foi por pouco: Estrela alienígena não nos acertou por menos de um ano-luz

Astrônomos dizem que uma estrela anã vermelha e sua companheira anã marrom passaram a menos de um ano-luz de nosso próprio sol 70 mil anos atrás. Ela teria se movido em meio aos cometas nos limites exteriores da Nuvem de Oort, que rodeia o nosso sistema solar. E se você está respirando aliviado pensando que 70 mil anos é tempo demais, pense duas vezes: estima-se que nesse período os humanos modernos já estivessem se espalhando pela Ásia.
A estrela é conhecida como WISE J072003.20-084651.2, ou, para os íntimos, estrela de Scholz. Hoje, está localizada a 20 anos-luz de distância de nós nos, na constelação de Monoceros. Mas, em um estudo publicado na revista “Astrophysical Journal Letters”, pesquisadores dizem que ela passou por nós a uma distância de 8 trilhões de quilômetros – ou 52 mil unidades astronômicas, ou 0,8 anos-luz – do nosso sol. Até então, não se sabia que alguma estrela tinha chegado tão perto.



Astrônomos dizem que uma estrela anã vermelha e sua companheira anã marrom passaram a menos de um ano-luz de nosso próprio sol 70 mil anos atrás. Ela teria se movido em meio aos cometas nos limites exteriores da Nuvem de Oort, que rodeia o nosso sistema solar. E se você está respirando aliviado pensando que 70 mil anos é tempo demais, pense duas vezes: estima-se que nesse período os humanos modernos já estivessem se espalhando pela Ásia.
A estrela é conhecida como WISE J072003.20-084651.2, ou, para os íntimos, estrela de Scholz. Hoje, está localizada a 20 anos-luz de distância de nós nos, na constelação de Monoceros. Mas, em um estudo publicado na revista “Astrophysical Journal Letters”, pesquisadores dizem que ela passou por nós a uma distância de 8 trilhões de quilômetros – ou 52 mil unidades astronômicas, ou 0,8 anos-luz – do nosso sol. Até então, não se sabia que alguma estrela tinha chegado tão perto.
“Com certeza, as medições de velocidade radial foram consistentes com ela estar fugindo das proximidades do Sol”, disse o cientista em um comunicado à imprensa. “Também percebemos que ela deve ter feito um voo rasante no passado”.
E a equipe trouxe notícias ainda melhores. No ano passado, um grupo diferente de astrônomos informou que uma estrela diferente, chamada HIP 85605, poderia fazer uma passagem perigosa pela Nuvem de Oort de 240 mil a 470 mil anos a partir de agora. Mamajek e seus colegas, no entanto, dizem que a HIP 85605 não vai de forma alguma chegar tão perto de nós.
Calcular a trajetória de uma estrela envolve alguma incerteza, uma vez que a gravidade de outros objetos próximos podem ter introduzido distorções. No entanto, o estudo concluiu que há uma chance de 98% que a estrela de Scholz tenha passado pela nuvem de Oort, mas não através de sua região interna. [NBC NewsI Fucking Love Science]

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Névoa misteriosa em Marte intriga cientistas

A neblina brilhante durou cerca de 10 dias. Um mês mais tarde, ela reapareceu e perdurou o mesmo período de tempo


Uma descoberta feita por astrônomos amadores que passam horas estudando Marte deixou cientistas com a pulga atrás da orelha. Descoberta pela primeira vez em 2012, uma espécie de névoa apareceu orbitando ao redor do planeta apenas uma outra vez e depois desapareceu.


Ao analisar imagens da misteriosa neblina, os cientistas da Agência Espacial Europeia descobriram que ela é a maior já vista e se estende por mais de 1.000 quilômetros.
Em artigo publicado na revista Nature, eles dizem que a pluma poderia ser uma grande nuvem ou uma aurora excepcionalmente brilhante. Mas deixam claro que ambas as hipóteses são difíceis de serem comprovadas. "Essa descoberta traz mais perguntas do que respostas", disse Antonio Garcia Munoz, cientista da Agência Espacial Europeia.
Telescópios
Em todo o mundo, uma rede de astrônomos amadores mantém seus telescópios calibrados para analisar o “planeta vermelho”. Eles viram essa misteriosa formação pela primeira vez em março de 2012, logo acima do hemisfério sul de Marte.
Damian Peach foi um dos primeiros astrônomos amadores a capturar imagens do fenômeno. "Eu notei essa formação saindo ao lado do planeta, mas eu primeiro achei que havia um problema com o telescópio ou câmera”, disse. "Mas, à medida que eu ia verificando as imagens de perto, percebi que era algo real - e foi uma grande surpresa."
A neblina brilhante durou cerca de 10 dias. Um mês mais tarde, ela reapareceu e perdurou o mesmo período de tempo. Mas nenhuma formação do tipo não foi vista desde então.
Nuvens
Os cientistas que comprovaram o fenômeno buscam agora uma explicação para ele, mas, por enquanto, só têm hipóteses. Uma teoria é a de que a névoa é uma nuvem de dióxido de carbono ou partículas de água.
"Sabemos que há nuvens em Marte, mas até hoje elas foram observadas apenas até uma altitude de 100 km", disse Garcia Munoz. Segundo ele, a misteriosa névoa está bem acima dessa altitude, o que coloca em xeque essa possibilidade.
Outra explicação é a de que esta ela é uma versão local das auroras polares.
"Nós sabemos que nesta região em Marte nunca foram relatados auroras antes”, disse Muñoz. “Além disso, a intensidade registrada nessa névoa é muito, mas muito maior do que qualquer aurora já vista em Marte ou na Terra.”
Para o cientista, se qualquer uma dessas teorias estiver certa, isso significaria que a nossa compreensão da atmosfera superior de Marte está errada.
Ele espera que, ao publicar o estudo, outros cientistas também colaborem com explicações para o fenômeno. Mas, se isso não ocorrer, os astrônomos terão de esperar para as névoas retornarem à Marte.

Física quântica pode provar que Big Bang não aconteceu

De  acordo com teorias de Einstein, nosso universo tem aproximadamente 13,8 bilhões de anos e foi formado a partir de uma pequena partícula durante o Big Bang. Apesar de a maioria das pessoas já terem aceitado a ideia, algumas perguntas ainda continuam no ar: cientistas ainda não conseguem explicar o que aconteceu dentro do pequeno ponto ou o que teria antes disso, por exemplo. Agora, dois físicos apresentaram um novo modelo radical, que sugere que a tal “explosão” não teria acontecido – e que nosso universo não possui nem começo, nem fim. As informações são do Daily Mail.



“A matemática e a teoria do Big Bang ‘se autodestroem’ por causa dos infinitos. Em outras palavras, a teoria prevê a sua própria morte. Ele também não explica de onde esse ‘estado inicial’ veio”, explica o professor Saurya Das, da Universidade de Lethbridge, Canadá.Para resolver essa equação, os cientistas uniram conhecimentos diversos em física, fluidos de partículas, além de teorias quânticas sobre a gravidade. Assim, chegaram à conclusão de que – diferente do que as teorias clássicas defendem, partículas nunca se encontraram e, por isso, o universo não tem um ‘começo’.“O universo existe desde sempre. Também não terá um fim... Em outras palavras, não há nenhuma singularidade. Ele pode ter tido ciclos entre ser pequeno e grande, ou poderia ser criado muito antes [do que diz o Big Bang]”, afirmou Das.A teoria podem também poderá explicar a origem da matéria escura e energia escura.
Fonte: Terra.com