terça-feira, 25 de outubro de 2016

Nasa capta imagens da colisão da sonda europeia em Marte

Ainda há chances de a missão ExoMars se recompor: após perder contato com a sondaSchiaparelli durante o pouso dela em Marte, a Nasa conseguiu imagens que podem explicar o que aconteceu com a nave europeia.


Conduzida pela Agência Espacial Europeia,a ExoMars tem como objetivo descobrir se já existiu - e ainda existe -  vida em Marte. Com a ajuda financeira da Agência Espacial Federal Russa, a instituição conseguiu enviar na semana passada, dois instrumentos ao planeta vermelho: Trace Gas Orbiter (TGO) e o módulo de pouso EDM, conhecido como Schiaparelli.

Faltando um minuto para o horário previsto para o pouso em Marte, as agências perderam o contato com Schiaparelli. Desde então a maior preocupação da equipe da ExoMars é a possibilidade de a sonda ter sida destruída durante uma possível colisão. Para a sorte da Agência Espacial Europeia, ela não é a única tentando explorar o planeta: a Nasa já faz isso há algum tempo, e uma de suas sondas, a Mars Reconnaissance Orbiter, conseguiu coletar informações que podem explicar o que aconteceu com o módulo europeu. As imagens da Reconnaissance Orbiter mostram novas marcas na superfície do planeta vermelho, além de um ponto brilhante que parece ser o paraquedas do Schiaparelli e uma manha maior e mais escura que pode ser o resultado da colisão da sonda com o solo marciano.

Estima-se que a sonda tenha chegado a 300 km/h no momento do impacto. Como ela estava com os tanques cheios, é bem possível que tenha explodido com a colisão. A agência espacial americana colaborará com pesquisadores europeus para analisar as imagens e tentar estabelecer uma linha de acontecimentos pela qual passou o módulo.

Fonte: Revista Galileu. 


terça-feira, 18 de outubro de 2016

TEM ÁGUA PRA TUDO QUANTO É LADO!

O time de corpos celestes que contém água aumentou nessa semana que passou e a descoberta não foi em uma nuvem protoestelar nos confins do universo. Pelo contrário, o caso agora é aqui pertinho em Dione.

Fonte: Nasa

Dione é umas das inúmeras luas de Saturno, foi descoberta em 1684 e tem por volta de 550 km de raio. A missão Voyager e a mais recente Cassini mostraram uma superfície desolada, com muitas rachaduras e crateras. Curiosamente, um dos lados da pequena lua é dominado pelas crateras e o seu lado oposto, é dominado pelas rachaduras, que formam penhascos e extensos cânions.

Até agora, os astrônomos descreviam Dione como sendo constituído por uma grossa camada de gelo envolvendo um pequeno núcleo rochoso. Outra coisa interessante é que a sonda Cassini encontrou uma “atmosfera” de oxigênio molecular próximo à superfície da pequena lua. Atmosfera entre aspas, pois a quantidade encontrada é ridícula, pois não daria para contar 100 moléculas em um litro desse gás. Que aliás deve conter vapor d’água também, mas que não foi possível detectar. Mesmo sem conseguir a detecção, a destruição da molécula de água é apontada como a causa da existência desse oxigênio todo. De acordo com o modelo para a composição de Dione, estaria tudo bem, pois gelo é que não faltaria.

Mas, parece que falta sim.

A sonda Cassini orbita o sistema de Saturno e volta e meia realiza rasantes em uma de suas luas para obter dados mais precisos. Durante esses rasantes, os dados são acumulados e depois enviados à Terra e eles trazem muitas informações “escondidas”.

Por exemplo, as ondas de rádio que transmitem as imagens obtidas pelas câmeras da Cassini sofrem com a influência da gravidade da pequena lua. Ela pode ser pequena, mas tem massa. As pequenas alterações detectadas entre o tempo de chegada das ondas e do tempo previsto para elas chegarem, dá a informação precisa da massa do objeto mais próximo, no caso Dione. Esse método é baseado na Teoria da Relatividade de Einstein e é usado para justamente estimar a massa de um objeto visitado por uma sonda.

Com uma boa estimativa da massa, é possível chegarmos à densidade do material que constitui o corpo através da medida de seu volume. Com o valor da densidade dá para identificar o material por comparação com valores tabelados. Tudo isso é fácil quando lidamos com objetos que tenham apenas um material, mas é possível fazer modelos que envolvam misturas de vários componentes que reproduzam os resultados dos dados.

Analisando-se os dados de Dione, um trio de pesquisadores da Bélgica percebeu que uma mistura de pouca rocha e muito gelo não conseguia reproduzir os efeitos verificados nos dados da Cassini. Nem em observações precisas dos movimentos de Dione. Com isso, passaram a testar diferentes quantidades desses mesmo ingredientes.

O modelo que melhor reproduzia os dados que eles tinham de Dione inclui, além do gelo e da rocha, um oceano de água! Com água no lugar do gelo, a maneira como a pequena lua executa seus movimentos é diferente e o problema se tornou ajustar a razão entre água e gelo.

De acordo com Mikael Beuthe, do Observatório Real da Bélgica, Dione teria uma camada de 100 km de espessura que protegeria um oceano global com 65 km de espessura. Isso tudo envolvendo um núcleo rochoso com 330 km de raio, mais ou menos. Dione teria a mesma estrutura de sua irmã famosa Encélado, que teria uma camada de gelo envolvendo um oceano também, mas numa escala muito mais reduzida, já que seu tamanho é bem menor. Tanto em Dione, quanto em Encélado, os modelos mostram que no polo sul a camada de gelo se estreita bastante e no caso da última lua, gêiseres foram avistados pelas sondas que por lá passaram. Em Dione isso parece difícil, já que ela é bem maior, mas ainda assim, nessa região, fraturas na camada de gelo poderiam permitir que água fluísse para fora,

Vivo repetindo que onde há água pode haver vida, então por que não em Dione?
Sim, Beuthe e seus colegas chamaram a atenção para o fato da crosta de gelo ser tão espessa. Isso faria uma blindagem excelente contra a radiação espacial, fazendo esse oceano um local seguro para a vida de microorganismos. Além de garantir uma estabilidade muito grande ao longo de muito tempo, ou seja, a blindagem estaria menos sujeita a rompimentos.

Com isso Dione se torna o mais novo membro do ‘clube do oceano’ como Beuther e seus amigos falaram em uma entrevista. Esse clube restrito tem como membros Europa, Ganimede e Calisto (luas de Júpiter), Encélado, Dione e Titã (luas de Saturno, sendo que em Titã os oceanos são de hidrocarbonetos) e quem sabe Plutão. Tirando o planeta anão, todos outros corpos celestes já estão na mira de possíveis missões para investigar a possibilidade de haver vida. Que não demore muito!


Fonte: G1.com

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Ouça o magnífico som de Júpiter registrado pela sonda Juno.

A sonda Juno, operada pela NASA, já está na órbita do maior planeta do nosso sistema solar, Júpiter. Porém, o que chamou bastante atenção foi o som captado pelos sensores embarcados na pequenina sonda no dia 24 de junho.

Segundo especialistas, o som é causado quando a sonda ultrapassa o limite do enorme campo magnético do planeta. Assim como na Terra, o campo magnético protege o planeta dos violentos ventos solares, Escute abaixo:






Fonte;. Revista Galileu.com

terça-feira, 29 de março de 2016

NASA está prestes a anunciar vida em Marte

Os fãs de ficção científica  podem ter mais um motivo para acreditar em vida extraterrestre. A NASA, Agência Espacial Norte Americana, pode estar prestes a anunciar que a neblina de metano que cobre o planeta vermelho é proveniente de vida microscópica sob o solo do planeta.



O anúncio pode ser feito em uma entrevista coletiva na capital Washington, na sede do órgão.
Pesquisadores do mundo todo ficaram empolgados com a ideia de se descobrir vida em Marte após os indícios de água e gelo no planeta. Mesmo sabendo que o metano produzido na Terra é oriundo dos vulcões, os cientistas continuam esperançosos, pois, ao contrário daqui, nenhum vulcão ativo jó foi encontrado em Marte.

Para aumentar as expectativas, as maiores quantidades de metano foram encontradas nas mesmas regiões em que há grande quantidade de vapor de água. A presença de água é absolutamente necessária para a existência de vida. 

O especialista britânico Nick Pope falou com alguns jornais e demonstrou entusiasmo. "Nós apenas procuramos na superfície até agora. É certo de que há vida lá fora e de que não estamos a sós", afirmou.

Fonte: DailyTech e HypeScience

segunda-feira, 28 de março de 2016

Porque o eixo de rotação da Lua mudou.

Houve um tempo em que a face da Lua vista da Terra era um pouco diferente. E que a Lua costumava girar em um eixo de rotação com um grau de inclinação diferente do atual, segundo novo estudo publicado na revista Nature.

A mudança não se deu da noite para o dia, mas de forma gradual durante bilhões de anos.


Pesquisadores analisaram dados coletados pela sonda Lunas Prospector da Nasa, lançada no final dos anos 1990, e detectaram duas regiões ricas em hidrogênio perto dos pólos da Lua, o que provavelmente indica a presença de água congelada.

Placas nos polos

As placas de gelo estão em polos opostos, e traçam uma linha entre a
mbas que passa pelo centro da Lua - o que os cientistas acreditam que fosse seu eixo de rotação.
Essa linha imaginária descreve uma oscilação gradual de seis graus em relação ao eixo atual. Uma possível explicação para o fenômeno seria uma anormalidade térmica causada por atividade vulcânica na região conhecida como Procellarum.
Essa área concentra a maioria das manchas escuras da Lua que são visíveis desde a Terra. Vulcões e atividade geológica associada a essas estruturas a converterem em uma região mais quente e leve do que o resto da Lua.


Um dos autores do estudo, Matt Siegler, do instituto de Ciência Planetária de Tucson, nos EUA, dis acreditar que a queda de densidade tenha produzido trepidação suficiente para explicar a existência dos dois antigos polos magnéticos.
"A região de Procellarum era mais ativa geologicamente na história lunar primitiva, o que implica que esse deslocamento polar começou há bilhões de anos atrás", afirma.

Mistério

Siegler e equipe descobriram depósitos de hidrogênio nesses polos ancestrais por meio do espectrômetro de nêutrons da superfície lunar: medindo os nêutrons refletidos desde a superfície lunar por raios cósmicos que atingem o satélite natural da Terra. Esses depósitos são sinal de presença de água congelada, que pode - e existe - em crateras da região de sombra permanente no polo sul da Lua.  Porém ainda não se sabe por que esses depósitos se mantiveram nessas regiões, que se afastaram dos polos e passaram à região iluminada da Lua.

Os pesquisadores sugerem qe eles podem ter sido soterrados por impactos de asteroides, mas a teoria demanda mais estudos para ser comprovada. Pesquisas anteriores já sugeriram que a Lua pode ter se inclinado muito mais, até 35 graus. Alguns cientistas apontam que um "objetivo chave" nessa área de estudos será "reconciliar teorias sobre as mudanças na orientação da Lua e terminar quais alterações em sua densidade causaram o desvio" 


Fonte: bbc/brasil