segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sol dispara mais uma explosão monstruosa

As coisas estão realmente começando ficar quentes no sol. Nossa estrela desencadeou outra explosão forte na manhã dessa sexta-feira (25 de outubro), continuando um padrão de intensa atividade solar que dura uma semana.


O surto mais recente foi registrado como um evento de classe X – a mais poderosa. A explosão atingiu X2.1 na escala, superando a explosão de X1.7 que o sol disparou apenas sete horas antes. (Os astrônomos classificam erupções solares em três categorias – C, M e X -, sendo que a C é a mais fraca e a X é a mais forte).
Ontem, uma sonda da NASA registrou em vídeo uma explosão classe M9. Veja abaixo:


Três outras explosões solares irromperam entre domingo e terça-feira (20 – 22 outubro), e se fundiram em uma única nuvem de material enquanto se dirigiam para a Terra. Nenhum destas atividades está prevista para causar grandes problemas em nosso planeta, embora possam causar blecautes temporários  em sistemas de comunicação e em transmissões de rádio.
Não é surpreendente ver tanta atividade no sol. Nossa estrela está no ano de pico de seu ciclo atual de 11 anos, que é conhecido como ciclo solar 24. Aumentos no número de explosões são comuns durante o máximo solar. 

Fonte: MisteriosdoMundo.com ; Space


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Supernovas são energizadas por magnetars?

A descoberta recente de supernovas de tipo II anormalmente luminosas e muito distantes induziram pesquisadores a pensar que poderiam estar presenciando a explosão de estrelas por um processo, proposto por teóricos em finais dos anos 60, designado de par instável.



© ESO/L.Calçada (magnetar)

A luminosidade de uma supernova, mais concretamente, o tempo que demora a atingir o brilho máximo e o intervalo de tempo durante o qual consegue manter um brilho elevado, depende quase exclusivamente da quantidade de um isótopo radioativo de Níquel, o 56Ni, que é formado durante a fase inicial da explosão. Nas semanas e meses seguintes a supernova brilha em resultado dos raios gama produzidos pelos decaimentos do 56Ni num isótopo de Cobalto, o 56Co, e deste último num isótopo estável do Ferro, o 56Fe. Uma supernova de tipo II normal produz aproximadamente uma massa solar de 56Ni. Supernovas muito luminosas têm de produzir uma grande quantidade de 56Ni durante a explosão; cada uma das supernovas estudadas foi tão luminosa que deveria ter produzido algumas dezenas de massas solares deste isótopo.
Só estrelas muito maciças, estrelas com massas superiores a aproximadamente 150 vezes a massa do Sol, e com baixo teor em “metais”, elementos mais pesados do que o hidrogênio e hélio, conseguiriam produzir tal quantidade de 56Ni. Estrelas como estas são muito raras no Universo atual pois a maior parte do material interestelar, a partir do qual se formam as estrelas, está contaminado com “metais” produzidos por gerações sucessivas de estrelas; por outro lado, seriam mais abundantes quando o Universo era mais jovem. Estrelas tão maciças não explodem pelo mecanismo de colapso gravitacional, como é o caso das supernovas de tipo II (com linhas de hidrogênio no espectro), mas antes pelo referido processo de par instável. O interior destas estrelas é extremamente quente devido à enorme massa e à compressão resultante. Num determinado momento a energia dos fótons de raios gama no interior da estrela, que sustentam o peso das camadas exteriores, pode tornar-se tão elevada que os fótons se transformam espontaneamente em pares de elétron-pósitron, daí a palavra par. Esta reação absorve uma fração importante da energia disponível para manter a estrela em equilíbrio, daí a palavra instável, e a zona nuclear começa a contrair-se rapidamente. Ao contrário do que acontece num colapso gravitacional clássico, no entanto, esta contração aumenta as temperaturas no interior até um nível que deflagra uma cadeia de reações de fusão nuclear de forma descontrolada, as quais libertam energia suficiente para vencer a gravidade e destruir por completo a estrela. Trata-se de um mecanismo semelhante ao de uma bomba termonuclear, a bomba de hidrogênio.
Ao observar estas supernovas tão luminosas a bilhões de anos no passado, os astrônomos sugeriram, naturalmente, que poderiam tratar-se dos primeiros exemplos de supernovas de par instável. Entretanto, um artigo agora propõe um cenário alternativo para explicar a luminosidade destas supernovas. Matt Nicholl, do Astrophysics Research Centre, Queen’s School of Mathematics and Physics, e os seus colaboradores, realizaram cálculos que sugerem que estas supernovas podem ser mais normais, resultantes do colapso gravitacional de estrelas progenitoras com características menos extremas do que as avançadas pelo cenário anterior; no novo cenário, a energia suplementar que permitiria uma tal supernova atingir um pico de brilho acima do normal e manter-se brilhante durante mais tempo teria origem numa magnetar, uma estrela de nêutrons com um campo magnético extraordinariamente intenso. As magnetars, formam-se em supernovas de colapso gravitacional em circunstâncias ainda mal compreendidas. São conhecidas apenas 20 destas estrelas de nêutrons em toda a Via Láctea. Estima-se que, no instante em que são criadas, girem em torno do seu eixo de rotação 300 vezes por segundo e tenham um campo magnético mil vezes mas intenso do que o de uma estrela de nêutrons normal e quadrilhões de vezes mais intenso do que o campo magnético terrestre. No cenário apresentado por Nicholl e co-autores, uma magnetar formada numa supernova, perde energia rotacional através do seu campo magnético que, por sua vez, transfere essa energia para o plasma de partículas e núcleos atômicos que forma o remanescente da supernova. Os cálculos realizados pela equipe mostram que a quantidade de energia transferida por este processo de frenagem da magnetar permite explicar de forma quase perfeita as observações existentes das supernovas de luminosidade anormalmente elevada. Este cenário pode também explicar uma outra característica das magnetars: o fato de terem períodos de rotação anormalmente longos (entre 1 e 10 segundos) quando comparadas com outras estrelas de nêutrons, como se, no seu caso, algum mecanismo tivesse sugado essa energia rotacional precocemente.

Fonte: Nature

domingo, 20 de outubro de 2013

Maior estrutura do universo desafia teorias cosmológicas

Astrônomos descobriram a maior estrutura conhecida no universo, um aglomerado de quasares ativos que se estende por cerca de 4 bilhões de anos-luz de ponta a ponta.

A estrutura é um largo grupo de quasares, uma coleção de núcleos galácticos extremamente luminosos alimentados por buracos negros supermassivos centrais. Esse grupo, em particular, é tão grande que desafia as teorias cosmológicas atuais, segundo os pesquisadores.
“Embora seja difícil de entender a dimensão desse grupo de quasares, podemos dizer com certeza que ele é a maior estrutura já vista em todo o universo “,  disse o autor do estudo Roger Clowes, da Universidade de Lancashire, Inglaterra”. Isso é muito interessante, até porque vai contra a nossa compreensão atual da escala do universo.”
Quasares são os objetos mais brilhantes do universo. Há décadas os astrônomos sabem que eles tendem a reunir-se em grandes grupos, alguns dos quais têm mais de 600 milhões de anos-luz de largura.
Composto por 73 quasares e localizado há bilhões de an0s-luz de distância, esse grupo bateu todos os recordes em tamanho.
Para efeito de comparação, nossa galáxia – que não é pequena – possui cerca de 100 mil anos-luz de largura. E a Via Láctea é separada de sua vizinha mais próxima – Andrômeda – por cerca de 2,5 milhões de anos-luz.

Com seus 4 bilhões de anos-luz, o grupo de quasares teoricamente não poderia existir. Ele aparentemente viola um pressuposto amplamente aceito conhecido como princípio cosmológico, que afirma que o universo é essencialmente homogêneo quando visto em uma escala suficientemente grande.
De acordo com cálculos, estruturas com mais de 1,2 bilhões de anos-luz não deveriam existir no nosso universo, mas pelo visto, algumas teorias terão que ser repensadas. 

Fonte: Misterios do Mundo ,Space 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Exoplaneta solitário sem estrela

Astrônomos anunciaram a descoberta de um planeta solitário fora do Sistema Solar, flutuando sozinho no espaço e sem girar na órbita de uma estrela.



© MPIA (ilustração mostra o exoplaneta PSO J318.5-22)

Chamado PSO J318.5-22, o planeta está apenas a 80 anos-luz da Terra e tem seis vezes a massa de Júpiter. Formado há 12 milhões de anos, ele é considerado novo entre os seus pares.
"Nunca tínhamos visto um objeto flutuando livremente no espaço com esse aspecto. Tem todas as características dos jovens planetas descobertos ao redor de outras estrelas, mas vagueia completamente só", disse o chefe da equipe de pesquisadores, Michael Liu, do Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí, em Manoa. "Questionei-me muitas vezes se esses objetos solitários existiriam e agora sabemos que sim", acrescentou.
Os pesquisadores acreditam que o novo planeta tenha uma massa mais leve que a dos demais corpos que flutuam livremente.
Durante a última década, os cientistas descobriram cerca de mil planetas extrassolares, mas apenas meia dúzia foi observada diretamente, já que muitos giram em torno de jovens estrelas, a menos de 200 milhões de anos e emitem muita luz.
O trabalho foi publicado no Astrophysical Journal Letters.

Fonte: Universidade do Havaí , Blog Cosmonovas


domingo, 13 de outubro de 2013

Encontro mortal: assista o 'mergulho da morte' de 2 cometas

        Um cometa fez um mergulho em direção ao Sol no dia 10 de Outubro, somente 2 dias depois de um outro cometa fazer um percurso quase que idêntico.



         O cometa sem nome que fez um mergulho da morte e foi direto para o Sol, tem cerca de 10 metros de diâmetro, segundo os especialistas. Os estágios iniciais desse encontro mortal foram documentados em um vídeo, capturado pelo Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), uma operação conjunta da NASA e da Agência Espacial Europeia. Veja:

ste outro video logo abaixo mostra os 2 cometas que foram em direção ao Sol. O cometa #1 foi registrado no dia 08 de Outubro de 2013, já o cometa #2 foi no dia 10 do mesmo mês. Acompanhe:

pequeno cometa parece pertencer a uma família de cometas conhecidos como "cometas rasantes Kreutz". Esses cometas, cujas órbitas os levam muito perto do Sol, acredita-se que sejam os restos mortais de um único cometa gigante que teria se quebrado em várias partes, a centenas de anos atrás. Eles foram nomeados após o século IX, quando o astrônomo alemão Heinrich Kreutz demonstrou pela primeira vez que esses cometas estariam relacionados.

         Nem todos os cometas rasantes são membros do grupo Kreutz. O cometa ISON , por exemplo, não está relacionado a esta família.

         Cientistas, astrônomos profissionais e amadores esperam que o cometa ISON, descoberto por dois astrônomos amadores em Setembro de 2012, resista ao seu próximo encontro com o Sol.

         Os pesquisadores organizaram uma campanha de observação global, contando com muitos instrumentos diferentes, tanto em terra quanto no espaço, para acompanhar o comportamento do cometa. Eles esperam aprender mais sobre a composição e estrutura de ISON, o que poderia revelar grandes descobertas sobre os primórdios do Sistema Solar.

Créditos: NASA / SOHO  / GALERIA DO METEORITO

sábado, 12 de outubro de 2013

Água encontrada em asteroide indica existência de exoplanetas habitáveis

Astrônomos anunciaram a descoberta da primeira evidência de água em um corpo celeste rochoso vindo de fora do Sistema Solar. Através dos destroços de um asteroide que orbitava uma estrela exaurida – ou anã branca –, os cientistas determinaram que a estrela GD 61 e seu sistema planetário, localizado a aproximadamente 150 anos-luz do nosso planeta e em seus últimos momentos de vida, têm o potencial de abrigar exoplanetas semelhantes à Terra. Essa é a primeira vez que tanto água quanto uma superfície rochosa – dois aspectos considerados fundamentais para a existência de planetas habitáveis e, portanto, vida – foram encontrados juntos além do nosso sistema solar.


A Terra é essencialmente um planeta "seco", com apenas 0.02% de sua massa contendo água de superfície, o que significa que oceanos surgiram depois que o planeta tinha se formado: provavelmente quando asteroides cheios de água vindos do Sistema Solar colidiram contra o nosso planeta. Pesquisadores das universidades de Cambridge e Warwick que publicaram o estudo na revista Science acreditam que o mesmo "sistema de entrega" de água possa ter ocorrido no distante sistema solar dessa estrela.

Evidências obtidas com base em análises do telescópio espacial Hubble e do observatório astronômico Keck, no Havaí, sugerem que esse sistema continha um tipo similar de asteroide rico em água – o mesmo que teria trazido o elemento pela primeira vez à Terra. O corpo celeste analisado é composto por 26% de água em sua massa, quantidade bastante parecida à de Ceres, outrora considerado o maior asteroide do Sistema Solar e hoje um planeta anão. Ambos têm muita mais água em sua composição do que a Terra.

"A descoberta de água em um grande asteroide significa que a 'pedra fundamental' de planetas habitáveis existiu – e talvez ainda exista – no sistema da GD 61, e provavelmente também ao redor de um número significativo de estrelas similares", afirmou Jay Farihi, do Instituto de Astronomia de Cambridge, um dos autores da pesquisa.

Os astrônomos descrevem a descoberta como "um olhar para o nosso futuro" já que, daqui a seis bilhões de anos, talvez, astrônomos de outros planetas estudando os destroços ao redor do Sol – então extinto, sem hidrogênio – poderão chegar à mesma conclusão: que os planetas terrestres uma vez orbitaram a nossa estrela-mãe.

Fonte: Terra.com

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Astrônomos estão convencidos de que encontraremos vida fora da Terra em breve

Desde a Grécia antiga, uma pergunta atormenta filósofos, teólogos e cientistas: “Estamos sós no universo?”. Agora, eles têm razões e tecnologia para crer que essa questão será respondida em um futuro próximo.
Descobrimos o primeiro exoplaneta (planeta a orbitar outra estrela, que não o sol) em outubro de 1995, sendo sua estrela-mãe a 51 Pegasi B, informalmente conhecida como Belerofonte. Desde o avistamento de Belerofonte até as descobertas seguintes, os únicos dados sobre esses mundos distantes eram seus efeitos gravitacionais, órbita e massa. Logo, não havia nada que pudesse indicar aos astrônomos sinais de vida.


Desconsiderando a ideia de que “ETs” façam contato conosco, a única forma de descobrir vida extraterrestre fora do sistema solar seria através de bioassinaturas nas atmosferas de mundos distantes. Por exemplo, através da detecção de moléculas altamente reativas, como o oxigênio, que desaparecem rapidamente, a menos que o metabolismo de algum organismo reabasteça o estoque desse elemento.
No entanto, para obter esse tipo de dado, necessitamos de uma imagem precisa da atmosfera desses exoplanetas – o que levou a Nasa a investir alguns bilhões de dólares para orçar o telescópio orbital Terrestrial Planet Finder (Descobridor de Planetas Terrestres), previsto para 2020.
O grande número de descobertas de exoplanetas inspirou uma nova geração de cientistas, e com eles um campo da ciência relativamente novo ganhou foco: a exoplanetologia.
Em 2001, pesquisadores identificaram sódio na atmosfera de um exoplaneta chamado HD209458 b. Desde então, já foram encontrados metano, dióxido de carbono, monóxido de carbono e água em outros planetas. O próximo passo será estender essas técnicas para investigar moléculas que forneçam evidências de vida extraterrestre.
Os alvos dos próximos estudos serão mundos menores, presumidamente rochosos, chamados de “super-terras”, geralmente com massa entre duas e dez vezes a da Terra.
Com as descobertas do telescópio Kepler, ficou claro que temos mais de 100 planetas e milhares de candidatos para analisar, como o Kepler 22b, o Kepler 62-E e o 62-F, e os Gliese 667C c, f e e, além de outras super-terras em órbitas dentro da zona habitável de suas estrelas (onde a temperatura é compatível com a da Terra). Com esse grande número de mundos receptivos à vida, e conforme as técnicas para pesquisas atmosféricas avançam, os astrônomos estão convencidos de que encontraremos bioassinaturas em algum exoplaneta em breve.

Fonte: HypeScience;Scientific American Brasil, agosto de 2013, edição n. 135, Space.com

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O primeiro mapa de nuvens de um exoplaneta

Astrônomos usando dados dos telescópios espaciais Kepler e Spitzer da NASA criaram o primeiro mapa de nuvens de um planeta além do Sistema Solar, um mundo do tamanho aproximado de Júpiter conhecido como Kepler-7b.


© NASA (ilustração do exoplaneta Kepler-7b)
O planeta é marcado por altas nuvens no seu lado oeste e por céus claros no lado leste. Estudos prévios feitos com o Spitzer tinham resultado em mapas de temperatura de planetas orbitando outras estrelas, mas essa é a primeira vez que se consegue observar estruturas de nuvens num mundo distante.
“Observando esse planeta com o Spitzer e com o Kepler, por mais de três anos, nós fomos capazes de produzir um mapa de resolução bem baixa, desse gigantesco planeta gasoso”, disse Brice-Olivier Demory do Massachussetts Institute of Technology em Cambridge. Demory é o principal autor de um artigo aceito para publicação no Astrophysical Journal Letters. “Nós não esperamos ver oceanos e continentes nesse tipo de planeta, mas nós detectamos uma clara assinatura refletiva que nós interpretamos como sendo nuvens”.
O Kepler já descobriu mais de 150 exoplanetas, ou seja, planetas que orbitam outras estrelas fora do Sistema Solar, e o Kepler-7b foi um dos primeiros a terem sido descobertos. Problemas no Kepler o impedirão de continuar buscando por exoplanetas, mas os astrônomos possuem uma quantidade enorme de dados para serem analisados, que foram obtidos durante os mais de quatro anos da missão.
As observações feitas na luz visível pelo Kepler, das fases do  Kepler-7b levaram a criação de um mapa do planeta que mostrou uma mancha brilhante no hemisfério oeste. Mas esses dados não eram suficientes para decifrarem se a brilhante mancha era causada por nuvens ou pelo calor. O telescópio espacial Spitzer, teve então um papel crucial para ajudar a responder a esse pergunta.
Como o Kepler, o Spitzer, pode fixar seu foco num sistema de estrelas à medida que um planeta orbita uma estrela, obtendo pistas sobre a atmosfera do planeta. A habilidade do Spitzer de detectar a luz infravermelha, significa que  ele foi capaz de medir a temperatura do Kepler-7b, estimada entre 1.100 e 1.300 Kelvin. Essa temperatura é relativamente baixa para um planeta que possui uma órbita tão próxima de sua estrela, em torno de 0,06 UA (unidades astronômicas), muito frio para ser uma fonte de luz medida pelo Kepler. Assim, os astrônomos determinaram a luz vinda da luz da estrela refletida nos topos da nuvens no lado oeste do planeta.
“O Kepler-7b reflete muito mais luz do que a maior parte dos planetas gigantes gasosos que nós conhecemos, que nós atribuímos a nuvens localizadas na atmosfera superior”, disse Thomas Barclay, cientista do Kepler no Ames Research Center da NASA em Moffett Filed, na Califórnia. “Diferente das nuvens na Terra, os padrões de nuvens nesse planeta não parecem mudar muito com o decorrer do tempo, ele tem um clima impressionantemente estável”.
As descobertas são um passo a frente na direção de se usar as técnicas similares para estudar as atmosferas dos planetas mais parecidos com a Terra em composição e tamanho.
“Com o Spitzer e o Kepler juntos, nós temos uma ferramenta para detectar múltiplos comprimentos de ondas para dar uma melhor olhada nos planetas que estão a trilhões de quilômetros de distância”, disse Paul Hertz, diretor do Astrophysics Division da NASA, em Washington.
O Kepler identificava planetas olhando as quedas na curva de luz de estrelas que ocorreria enquanto o planeta transitava, ou passava na frente de suas estrelas bloqueando a luz. Essa técnica e outras observações  do Kepler-7b revelaram anteriormente que ele é um dos planetas mais leves já encontrados, ou seja, se ele fosse colocado num tubo de água poderia até flutuar. O planeta gira ao redor da sua estrela em menos de cinco dias.
Explore todos os 900 explonetas já descobertos através de um aplicativo com visualização em 3D disponível para download no site Eyes on Exoplanets. O programa é atualizado diariamente com as últimas descobertas realizadas pela missão Kepler da NASA e por observatórios no solo ao redor do mundo que pesquisam sobre exoplanetas.

Fonte: Jet Propulsion Laboratory, Cosmonova.blogspot