Concepção artísitca de um quasar com um buraco negro supermaciço no universo distante (Foto: Zhaoyu Li/Shanghai Astronomical Observatory)
A equipe detectou um quasar que contém um buraco negro supermaciço em seu interior e que pertence a uma época na qual o universo tinha cerca de 900 milhões de anos, apenas 6% da idade atual do universo, de 13,6 bilhões de anos.
Esta descoberta poderia questionar determinadas teorias sobre a formação e o crescimento dos buracos negros e das galáxias.
O buraco negro de grande massa está localizado no coração de um quasar ultraluminoso, um corpo celeste de pequeno diâmetro e grande luminosidade que emite grandes quantidades de radiação.
Após analisar a descoberta, o grupo de astrônomos considera que o buraco negro se originou a cerca de 900 milhões de anos depois do Big Bang, algo que consideraram "particularmente surpreendente".
A descoberta e o estudo posterior foram realizados por uma equipe de astrônomos da universidade de Pequim e coordenado por Xue-Bing Wu, professor do departamento de astronomia dessa universidade.
Gráfico mostra representação de quasares distantes conhecidos; quanto mais à direita, maior a massa de seu buraco negro e quanto mais ao alto, maior a luminosidade. Círculo vermelho representa o quasar recém-descoberto J0100+2802 (Foto: Zhaoyu Li/Shanghai Astronomical Observatory)
Xue-Bing Wu e sua equipe realizaram um acompanhamento do quasar utilizando dados de projetos de inspeção e estudos como o SDSS (exploração Digital do Espaço Sloan) e o 2MASS (Reconhecimento em dois micrometros do céu completo).
Além disso, os astrônomos também utilizaram dados do estudo da Nasa Wide-Field Infrared Survey Explorer (WISE), um projeto que lançou um telescópio espacial em 2009 para estudar a radiação infravermelha.
O astrônomo do Max Planck Institute for Astronomy Bram Venemans reagiu em artigo da "Nature" à descoberta e afirmou que "descobrir buracos negros pertencentes ao início dos tempos cósmicos é algo estranho".
Apesar da raridade desta descoberta, Venemans especificou que "a tecnologia atual e futura dará a possibilidade da ciência conhecer as características do universo durante as primeiras centenas de milhões de anos depois do Big Bang".
Fonte: G1.com