quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Cientistas descobrem buraco negro 12 bilhões de vezes maior que Sol

Um grupo de cientistas descobriu um buraco negro com uma massa aproximadamente 12 bilhões de vezes maior que a do Sol, segundo publicou nesta quarta-feira (25) a revista britânica "Nature".


Concepção artísitca de um quasar com um buraco negro supermaciço no universo distante (Foto: Zhaoyu Li/Shanghai Astronomical Observatory)

A equipe detectou um quasar que contém um buraco negro supermaciço em seu interior e que pertence a uma época na qual o universo tinha cerca de 900 milhões de anos, apenas 6% da idade atual do universo, de 13,6 bilhões de anos.
Esta descoberta poderia questionar determinadas teorias sobre a formação e o crescimento dos buracos negros e das galáxias.
O buraco negro de grande massa está localizado no coração de um quasar ultraluminoso, um corpo celeste de pequeno diâmetro e grande luminosidade que emite grandes quantidades de radiação.
Após analisar a descoberta, o grupo de astrônomos considera que o buraco negro se originou a cerca de 900 milhões de anos depois do Big Bang, algo que consideraram "particularmente surpreendente".
A descoberta e o estudo posterior foram realizados por uma equipe de astrônomos da universidade de Pequim e coordenado por Xue-Bing Wu, professor do departamento de astronomia dessa universidade.
Gráfico mostra representação de quasares distantes conhecidos; quanto mais à direita, maior a massa de seu buraco negro e quanto mais ao alto, maior a luminosidade. Círculo vermelho representa o quasar recém-descoberto J0100+2802 (Foto: Zhaoyu Li/Shanghai Astronomical Observatory)
Xue-Bing Wu e sua equipe realizaram um acompanhamento do quasar utilizando dados de projetos de inspeção e estudos como o SDSS (exploração Digital do Espaço Sloan) e o 2MASS (Reconhecimento em dois micrometros do céu completo).
Além disso, os astrônomos também utilizaram dados do estudo da Nasa Wide-Field Infrared Survey Explorer (WISE), um projeto que lançou um telescópio espacial em 2009 para estudar a radiação infravermelha.
O astrônomo do Max Planck Institute for Astronomy Bram Venemans reagiu em artigo da "Nature" à descoberta e afirmou que "descobrir buracos negros pertencentes ao início dos tempos cósmicos é algo estranho".
Apesar da raridade desta descoberta, Venemans especificou que "a tecnologia atual e futura dará a possibilidade da ciência conhecer as características do universo durante as primeiras centenas de milhões de anos depois do Big Bang".
Fonte: G1.com

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