sexta-feira, 20 de março de 2015

Com atraso de 4 anos, Câmara aprova adesão do Brasil a megatelescópio

A aprovação pela Câmara dos Deputados nesta quinta-feira(19) da adesão do Brasil ao maior consórcio de pesquisas astronômicas do mundo, o Observatório Europeu do Sul (ESO), veio com mais de quatro anos de atraso. O acordo de adesão do país ao grupo foi assinado em dezembro de 2010 pelo então ministro brasileiro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. O projeto segue agora para votação no Senado.


Ao aderir ao ESO, o Brasil abre para os cientistas brasileiros a oportunidade de usarem telescópios e instrumentos de observação de ponta instalados no norte do Chile.O consórcio é responsável pelo projeto do megatelescópio E-ELT (Sigla para “European Extremely Large Telescope”, ou “Telescópio Europeu Extremamente Grande”), que deve ser o maior telescópio do mundo, com um espelho de 39 metros de diâmetro.
Em contrapartida, o país deve investir 270 milhões de euros (cerca de R$ 945 milhões).
Para o astrônomo Cassio Barbosa, colunista doG1, trata-se de um bom movimento para a ciência brasileira fazer parte do ESO. “O ESO sempre foi conhecido pelos instrumentos que estão na vanguarda da astronomia”, diz. Ele observa que a participação do Brasil partiu de um convite do grupo. “O convite veio de cima. É como se fosse um atestado de qualidade das pesquisas feitas pelos brasileiros.”
Atraso gera mal-estar
Desde 2010, quando o acordo foi assinado pelo Brasil, cientistas brasileiros já podem pleitear o uso de instrumentos do ESO, segundo Barbosa.
A questão é que até o momento, o país não pagou a conta por esse uso, o que tem gerado um mal-estar na comunidade científica internacional. “Causa um mal-estar porque o Brasil está devendo. Desde 2011, quando deveriam começar as contribuições, o taxímetro está rodando, são quase 5 anos de atraso”, diz Barbosa.
O astrônomo observa que parte da comunidade científica brasileira tem críticas em relação à adesão ao ESO, pois trata-se de um investimento grande que não garante um tempo fixo de uso dos instrumentos de observação, como acontece em outros consórcios dos quais o Brasil faz parte. Em vez disso, o uso dos instrumentos depende da aprovação do mérito do projeto de pesquisa pelo ESO.
Que pesquisas poderão ser feitas?
Para Barbosa, ter à disposição os instrumentos do ESO pode estimular o desenvolvimento de pesquisas de ponta pelas novas gerações de astrônomos brasileiros. “Podem ser feitas desde pesquisas com objetos de nosso Sistema Solar até pesquisas com o limiar do Universo. O mais produtivo equipamento em terra para detecção de exoplanetas fica em La Silla, que é uma das sedes desse consórcio.”

Ele acrescenta que, quando o E-ELT estiver pronto, ele poderá ser usado para investigar se existe algum planeta que tenha indicativos vida, já que ele será capaz de estudar a atmosfera desses exoplanetas.

Fonte: G1.com

terça-feira, 3 de março de 2015

Essa célula Alien pode sobreviver em Titã?

Titã, uma das luas de Saturno, é uma das grandes apostas de cientistas em relação a mundos que possam abrigar vida. Mas, claro, ela tem uma ambiente muito hostil para que a vida como nós a conhecemos aqui na Terra sobreviva. Mas e se houvesse uma forma de vida como nós NÃO conhecemos?


É com essa teoria que pesquisadores da Universidade de Cornell trabalharam. Eles criaram o modelo de uma célula alien baseada em metano (sem necessidade de oxigênio) que poderia sobreviver nas condições de Titã.

Na pesquisa, publicada no periódico Science Advances, eles descrevem uma membrana celular deita de pequenos compostos de hidrogênio e capaz de funcionar com metano líquido a uma temperatura de -144°C. Esse modelos é inspirado em moléculas terrestres com base de água, que forma uma membrana similar capaz de proteger seu material orgânico. Como em Titã a água não estaria disponível, eles trabalharam com o metano liquido.

Essa célula, construída também de nitrogênio, carbono e hidrogênio (disponíveis no satélites) seria tão estável e flexível quanto uma terráquea.

Agora o próximo passo é criar um modelo que mostre que tipo de indicadores uma forma de vida baseada nessas células produziria. Assim, astrobiólogos poderiam buscar por sinais na atmosfera de Títã e , quem sabe, encontrar a vida alienígena que tanto buscamos



Fonte: Revista Galileu