Um espaço para discutir e avançar nas pesquisas físicas, além de possibilitar o contato com cientistas de renome, como os laureados do prêmio Nobel de física. Pensando em desenvolver a pesquisa de alta qualidade na América do Sul, o Centro Internacional de Física Teórica (ICTP, na sigla em inglês) com sede em Trieste (Itália), em colaboração com a Universidade Estadual Paulista (Unesp), inaugurou na última semana uma unidade no Brasil, a primeira fora da Europa.
De acordo com o diretor do centro, Nathan Berkovits, no mundo inteiro existem espaços como este para o aprofundamento do conhecimento na área da física teórica (que engloba, entre outros, os estudos de cosmologia, gravitação, física nuclear, física atômica e física de partículas), mas existia uma lacuna da área nos países sul-americanos. Agora, a unidade brasileira ajudará a fomentar a qualificação de alto nível em todos os países da América.
Mas por que o Brasil?
O diretor da nova unidade conta que há cerca de 20 anos o ICTP busca expandir sua atuação para além das fronteiras europeias, mas apenas recentemente o interesse científico conseguiu acompanhar os investimentos necessários. "Foi no início de 2010 que a proposta do instituto foi feita à Unesp, que com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), conseguiu ser concretizada neste ano", conta.
Além disso, a existência do Instituto de Física Teórica (IFT), uma unidade complementar da Unesp que existe desde 1952, serviu de estímulo para a escolha do nosso País. O IFT tem aproximadamente 70 alunos de pós-graduação e 23 professores fazendo pesquisa na nesta área.
Em relação à qualificação dos profissionais brasileiros, Berkovits avalia que há áreas em que existe atuação de físicos de alto nível e outras não. Segundo ele, o problema no Brasil é que todas as universidades têm o mesmo padrão de salário e atividades. "Não há centros de referência; todas as instituições acabam tendo professore bons e ruins", explica.
Com o instituto, seu diretor acredita que o Brasil poderá desempenhar papel semelhante ao do ICTP na Europa, quando fundado. "Quando o ICTP foi fundado, em 1964, pelo falecido físico paquistanês Abdus Salam - que recebeu o Nobel de física em 1979 -, a ideia era reunir pesquisadores para desenvolver teorias científicas da física. O instituto deve ter esta mesma função para a América Latina".
Vinculado à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o ICTP recebe mais de 5 mil visitantes por ano e conta com mais de 40 pesquisadores. Após 45 anos de existência, foi além da física teórica e hoje acumula atividades que envolvem desenvolvimento de tecnologia de ponta.
Atividades
Ao contrário do que se possa imaginar, o novo instituto não vai precisar de laboratórios. O espaço é dedicado a cursos rápidos temáticos - conhecidos como escolas avançadas - e workshops voltados especialmente para a formação de nível avançado de alunos de pós-graduação. O instituto também tem um importante papel de promoção de intercâmbio entre cientistas brasileiros e estrangeiros.
Com a inauguração da unidade do ICTP no Brasil, fórmulas e teorias da física serão compartilhadas e debatidas com pesquisadores de todas as partes do planeta, atraindo o interesse de futuros cientistas sul-americanos e possibilitando contato próximo com experts da área. Estima-se que, no primeiro ano, 180 alunos façam os cursos do instituto e mais 30 pesquisadores participem das atividades como visitantes de pós-doutorado.
Berkovits conta que os cursos terão vagas para cerca de 50 pesquisadores por turma e que o processo para participar inclui análise do currículo e carta de intenção do professor orientador. Os alunos interessados precisam apenas enviar as candidaturas pelo site da instituição (www.ictp-saifr.org).
De acordo com o diretor do centro, Nathan Berkovits, no mundo inteiro existem espaços como este para o aprofundamento do conhecimento na área da física teórica (que engloba, entre outros, os estudos de cosmologia, gravitação, física nuclear, física atômica e física de partículas), mas existia uma lacuna da área nos países sul-americanos. Agora, a unidade brasileira ajudará a fomentar a qualificação de alto nível em todos os países da América.
Mas por que o Brasil?
O diretor da nova unidade conta que há cerca de 20 anos o ICTP busca expandir sua atuação para além das fronteiras europeias, mas apenas recentemente o interesse científico conseguiu acompanhar os investimentos necessários. "Foi no início de 2010 que a proposta do instituto foi feita à Unesp, que com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), conseguiu ser concretizada neste ano", conta.
Além disso, a existência do Instituto de Física Teórica (IFT), uma unidade complementar da Unesp que existe desde 1952, serviu de estímulo para a escolha do nosso País. O IFT tem aproximadamente 70 alunos de pós-graduação e 23 professores fazendo pesquisa na nesta área.
Em relação à qualificação dos profissionais brasileiros, Berkovits avalia que há áreas em que existe atuação de físicos de alto nível e outras não. Segundo ele, o problema no Brasil é que todas as universidades têm o mesmo padrão de salário e atividades. "Não há centros de referência; todas as instituições acabam tendo professore bons e ruins", explica.
Com o instituto, seu diretor acredita que o Brasil poderá desempenhar papel semelhante ao do ICTP na Europa, quando fundado. "Quando o ICTP foi fundado, em 1964, pelo falecido físico paquistanês Abdus Salam - que recebeu o Nobel de física em 1979 -, a ideia era reunir pesquisadores para desenvolver teorias científicas da física. O instituto deve ter esta mesma função para a América Latina".
Vinculado à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o ICTP recebe mais de 5 mil visitantes por ano e conta com mais de 40 pesquisadores. Após 45 anos de existência, foi além da física teórica e hoje acumula atividades que envolvem desenvolvimento de tecnologia de ponta.
Atividades
Ao contrário do que se possa imaginar, o novo instituto não vai precisar de laboratórios. O espaço é dedicado a cursos rápidos temáticos - conhecidos como escolas avançadas - e workshops voltados especialmente para a formação de nível avançado de alunos de pós-graduação. O instituto também tem um importante papel de promoção de intercâmbio entre cientistas brasileiros e estrangeiros.
Com a inauguração da unidade do ICTP no Brasil, fórmulas e teorias da física serão compartilhadas e debatidas com pesquisadores de todas as partes do planeta, atraindo o interesse de futuros cientistas sul-americanos e possibilitando contato próximo com experts da área. Estima-se que, no primeiro ano, 180 alunos façam os cursos do instituto e mais 30 pesquisadores participem das atividades como visitantes de pós-doutorado.
Berkovits conta que os cursos terão vagas para cerca de 50 pesquisadores por turma e que o processo para participar inclui análise do currículo e carta de intenção do professor orientador. Os alunos interessados precisam apenas enviar as candidaturas pelo site da instituição (www.ictp-saifr.org).
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