© NASA (Vênus)
Os cientistas estudaram os dados proporcionados pela sonda Vênus Express, que entrou em sua órbita em abril de 2006 para estudar em detalhe o planeta e sua atmosfera mediante seu Espectrômetro de Imagem Infravermelha e Visível, e comprovaram que havia detalhes de sua superfície que não apareciam onde eram esperados.
Se for mantido o ritmo de rotação calculado pelo satélite Magellan da NASA no começo dos anos 90, os traços analisados teriam que estar situados a cerca de 20 km mais ao norte, segundo informou a ESA.
"Quando os dois mapas não coincidiram, a princípio pensei que havia um erro em meus cálculos, porque as medições do Magellan foram muito precisas, mas comprovamos qualquer possível falha que nos ocorreu", diz na nota o cientista planetário Nils Müller, do Centro Aeroespacial alemão DLR.
Os cientistas estabeleceram com os dados proporcionados pela missão do Magellan que uma rotação completa de Vênus equivalia a 243 dias da Terra, mas as observações da superfície facilitadas pela Vênus Express só poderiam coincidir com a primeira se seus dias fossem 6,5 minutos superiores ao calculado.
Recentes modelos atmosféricos mostraram que o planeta poderia ter diminuído seus ciclos climáticos durante as últimas décadas, o que também poderia ter feito variar os períodos de rotação, mas nenhuma das razões com que a comunidade científica trabalha é definitiva.
Na Terra o tamanho dos dias pode chegar a variar cerca de um milissegundo ao ano, sendo afetada pelos ventos e as marés nesse período. Com missões como a Venus Express, se espera poder determinar como esse tipo de forças influenciam Vênus, o que ajudaria a descobrir, entre outros fatores, a composição de seu núcleo.
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