© ESA/C. Carreau (ilustração de um disco estelar)
Os
cientistas chegaram a essa conclusão após conseguirem medir de maneira
precisa a massa do seu disco protoplanetário, um disco de material em
volta de uma estrela, geralmente, recém-formada, que contém todos os
ingredientes para a construção de planetas. Eles são compostos
principalmente de hidrogênio gasoso molecular frio, que é altamente
transparente e essencialmente invisível.
Utilizando
esta técnica, uma massa substancial de gás foi detectada em um disco
cercando TW Hydrae, uma estrela jovem de apenas 176 anos-luz de
distância, na constelação de Hidra.
“Nós não
esperávamos encontrar tanto gás em torno desta estrela de 10 milhões de
anos de idade”, disse Edwin Bergin, professor da Universidade de
Michigan e principal autor da pesquisa.
Segundo
os astrônomos, esse tipo de disco maciço em torno da TW Hydrae é incomum
para estrelas desta idade. Isso porque, dentro de alguns milhões de
anos, mais material normalmente é incorporado à estrela central.
“Esta
estrela tem uma massa muito maior do que a necessária para fazer nosso
próprio Sistema Solar e poderia fazer um sistema muito mais exótico, com
planetas mais massivos do que Júpiter”, acrescenta Bergin.
Em
um estudo anterior do observatório Herschel, os cientistas já haviam
identificado a TW Hydrae como uma estrela possuidora de um disco com
água suficiente para encher o equivalente a milhares de oceanos da
Terra.
Agora, o novo método revela que o volume
de materiais disponíveis, incluindo água, pode ter sido subestimado
neste e em outros sistemas.
“Com uma massa mais
precisa, podemos aprender mais sobre esse sistema com relação a seu
potencial de gerar planetas e a disponibilidade de ingredientes capazes
de suportar um planeta com vida", acrescenta o professor Bergin.
Nenhum comentário:
Postar um comentário