Algumas são velozes, algumas são simplesmente gigantes e outras
desafiam quase todas as leis da física: conheça a seguir 10 tipos
impressionantes de estrelas.
10 - HIPERGIGANTES
Estrelas desse tipo fazem o sol parecer uma bolinha de gude. A maior que
conhecemos (NML Cygni) tem um raio 1.650 vezes maior que o dele – ou de
7,67 Unidades Astronômicas (1 UA = 149 597 871 km). Para se ter uma
ideia, Júpiter orbita a 5,23 UA do sol. Por causa de seu tamanho
absurdo, as estrelas hipergigantes vivem “apenas” cerca de 24 milhões de
anos ou menos.
A hipergigante Betelgeuse, que fica na constelação de Órion, deve se
tornar uma supernova dentro dos próximos 200 mil anos e, quando isso
acontecer, ficará mais brilhante que a lua durante um ano.
9 - HIPERVELOZES
Ao se deslocar para perto do centro de uma galáxia, algumas estrelas são
ejetadas a altíssimas velocidades (2 ou 3 milhões de quilômetros por
hora), percorrendo distâncias inimagináveis até o final de suas vidas.
8 - CEFEIDAS
Essas estrelas normalmente têm massa 5 a 20 vezes maior que a do sol e,
curiosamente, crescem e diminuem em intervalos regulares (como se
estivessem pulsando). Por causa da forte pressão exercida por seus
núcleos, elas aumentam de tamanho; quando a pressão começa a diminuir,
elas se “contraem”. O ciclo continua até a estrela morrer.
7- ANÃS NEGRAS
Se uma estrela for pequena demais para explodir como uma supernova ou
se tornar uma estrela de nêutrons, ela se transforma em uma “anã
branca” – uma estrela extremamente densa e quase sem brilho, que já
gastou seu combustível e que não tem mais fissão nuclear ocorrendo em
seu núcleo.
Com o passar do tempo, as anãs brancas começam a se resfriar e, em
algum momento, devem param de emitir luz ou calor – e se tornam “anãs
negras”. Contudo, como esse processo é muito demorado, acredita-se que
não existam (ainda) anãs negras no universo – o sol levaria 14,5 bilhões
de anos para se tornar uma.
6 - ESTRELA EM CONCHA
Devido à força centrífuga gerada por sua rotação, as estrelas são
levemente “achatadas”. Dependendo da sua proporção, uma estrela pode
gerar uma força centrífuga tão intensa que acaba assumindo uma forma
oval, parecida com a de uma bola de futebol americano. Ao redor do seu
“equador”, elas emitem grandes volumes de matéria, formando uma espécie
de “concha de gás”. Na foto acima, a nuvem branca em torno da estrela
Alfa Eridan é a “concha”.
5 - ESTRELA DE NEUTRÔNS
Mais densas que o núcleo de um átomo e com poucas dezenas de
quilômetros de diâmetro, as estrelas de nêutrons são resultado de uma
supernova (estrela 10 ou mais vezes maior que o sol e que entrou em
colapso e explodiu). Qualquer átomo que se aproxime delas é
imediatamente “despedaçado” e suas partículas são reorganizadas sob a
forma de nêutrons – processo que libera uma quantidade considerável de
energia.
Se um asteroide de tamanho médio colidir com uma estrela de nêutrons,
o choque vai emitir uma onda de raios gama com muito mais energia do
que a que o sol produzirá durante toda a sua vida. Assim, mesmo a
centenas de anos-luz, uma estrela de nêutrons representaria uma ameaça
considerável à vida na Terra.
4 - ESTRELA DE ENERGIA NEGRA
Hipoteticamente, quando uma estrela grande entra em colapso, ela não
se transforma em um buraco negro, mas o tempo-espaço se transforma em
energia negra – essa estranha teoria, veja só, é uma alternativa à dos
buracos negros, que é mais “popular” – mas nem por isso isenta de
falhas.
Graças a princípios da mecânica quântica, a estrela de energia negra
teria uma propriedade especial: fora de seu horizonte de evento (ligação
entre tempo-espaço além da qual um evento não pode afetar um observador
externo), ela atrairia matéria; dentro, ela repeliria toda a matéria,
pois a energia negra tem uma espécie de “gravidade negativa”.
Ainda de acordo com essa mesma teoria, se um elétron ultrapassar o
horizonte de evento de uma estrela de energia negra, ele será convertido
em um pósitron (“anti-elétron”) e ejetado. Se essa partícula colidir
com um elétron, as duas serão aniquiladas e irão liberar energia.
Acredita-se que esse fenômeno ocorre em larga escala no centro de
galáxias, o que explicaria por que tanta radiação é emitida dessas
regiões.
3 - ESTRELA DE FERRO
No interior de estrelas, ocorre um processo de fusão nuclear, em que
elementos leves se fundem e formam elementos mais pesados, e assim
sucessivamente, liberando energia a cada etapa. O caminho normalmente é o
seguinte: hélio para carbono, carbono para oxigênio, oxigênio para
neon, neon para silício e, finalmente, silício para ferro – gerar ferro
demanda mais energia do que é liberada, por isso é a etapa final.
Contudo, a maioria das estrelas morre antes de começar a fundir carbono
ou, quando chegam a esse ponto, acabam virando supernovas pouco depois.
Uma estrela de ferro, como o próprio nome sugere, seria composta
puramente por ferro, mas paradoxalmente ainda continuaria liberando
energia, graças ao “efeito túnel” da mecânica quântica, em que uma
partícula atravessa barreiras que normalmente seria incapaz de
atravessar – é como se você atirasse uma bolinha contra uma parede e, ao
invés de quicar, ela passasse através dela. O ferro tem uma espécie de
barreira, e é por isso que fundi-lo demanda tanta energia. Com o efeito
túnel, porém, seria possível realizar essa fusão praticamente sem gastar
energia.
Como tanto o efeito túnel quanto o ferro são relativamente raros,
estima-se que levará 10¹⁵⁰³ anos até que uma estrela de ferro apareça.
2 - QUASE ESTRELA
Quando uma estrela hipergigante entra em colapso, ela normalmente se
transforma em um buraco negro com uma massa dez vezes maior do que a do
sol. Até aí, sem problemas. Contudo, como explicar os buracos negros
encontrados nos centros das galáxias, bilhões de vezes mais massivos? A
ideia de que um buraco negro “pequeno” pode absorver matéria e crescer
procede, mas não se aplica, pois o processo levaria muito tempo – e,
acredita-se, os buracos negros gigantes se formaram durante os primeiros
bilhões de anos do universo.
Uma teoria sugere que, durante essa fase, havia estrelas ainda
maiores do que as hipergigantes, compostas basicamente por hélio e
hidrogênio, que entraram em colapso e formaram buracos negros
gigantescos (que teriam se fundido e dado origem aos dos centros de
galáxias).
Outra teoria aposta nas “quase-estrelas”, resultado do colapso de
nuvens de hélio e hidrogênio que existiam no começo do universo. Se a
nuvem de matéria que deu origem a esses corpos (que teriam um brilho de
bilhões de sóis) fosse densa o bastante, seria capaz de suportar a
explosão das quase-estrelas, que absorveriam essa imensa quantidade de
matéria e dariam origem aos buracos negros extremamente massivos.
1- ESTRELA DE BÓSON
Existem, basicamente, dois tipos de partículas no universo: os bósons
(que carregam forças, como fótons e glúons) e férmions (elementais e
compostas, como elétrons, nêutrons e quarks). Em uma analogia bastante
simples, férmions são como construções, incapazes de ocupar um mesmo
ponto no espaço, e bósons são como fantasmas, capazes de ocupar um mesmo
ponto no espaço (embora tenham massa, ao contrário de supostos
espíritos).
Todas as estrelas que conhecemos são compostas de férmions, mas
teoricamente seria possível que existissem estrelas de bósons. Como
essas partículas podem ocupar um único ponto, bilhões delas poderiam se
unir e, mesmo que cada uma tenha uma massa desprezível, o conjunto teria
uma massa considerável e, principalmente, concentrada – gerando um
fortíssimo campo gravitacional. Acredita-se que, se esse tipo de estrela
existe, será encontrado no centro de galáxias.
Fonte: [Listverse]
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