Um estudo publicado nesta quinta-feira (30) pela prestigiada revista
“Science” reforça as evidências de que rochas encontradas em Marte em
2012 são parte de um antigo leito de rio. Os novos dados reforçam uma
análise inicial que já indicava a existência de água corrente no passado
marciano.
Os vestígios foram encontrados e analisados pelo jipe-robô Curiosity,
cujos aparelhos já tinham apontado resultados semelhantes, mas com menos
precisão.
“Completamos uma quantificação mais rigorosa dos afloramentos para
caracterizar a distribuição de tamanho e a redondeza dos pedregulhos e
da areia que formam esses conglomerados”, afirmou a autora do estudo
Rebecca Williams, pesquisadora do Instituto de Ciência Planetária em
Tucson, no estado americano do Arizona.
“Esses conglomerados são incrivelmente parecidos com os depósitos de leitos de rios da Terra”, completou a especialista.
O cascalho e a areia nos pontos analisados estão distribuídos de uma
maneira muito irregular. As camadas com mais areia ou com mais pedras se
alternam, e algumas pedras inclusive estão encostadas umas nas outras.
Segundo os cientistas, tudo isso indica que o fluxo foi contínuo
durante um tempo indeterminado, mas “certamente mais que semanas ou
meses”. A pesquisa concluiu ainda que esse cascalho foi arrastado pela
água por alguns quilômetros.
Marte possui uma quantidade considerável de gelo, mas sua atmosfera
atual é muito fina para permitir a existência de cursos d’água. O
objetivo da missão Curiosity é trazer mais informações sobre as
condições do ambiente marciano no passado, e revelar se o planeta já
reuniu as condições necessárias para a vida.
Fonte: G1.com, Nasa
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