Um estranho asteroide que parece ter múltiplas caudas
giratórias foi detectado entre Marte e Júpiter pelo telescópio espacial
Hubble.
© Hubble (asteroide com seis caudas)
Ao
invés de se parecer com um pequeno ponto de luz, como a maioria dos
asteroides, este possui seis caudas de poeira parecidas com as dos
cometas, similares aos raios de uma roda.
Surpreendentemente, as estruturas de sua cauda mudaram dramaticamente em apenas 13 dias à medida que libera poeira.
O
objeto foi denominado P/2013 P5, e acredita-se que ele esteja ejetando
poeira por pelo menos cinco meses. O asteroide pode ter girado tão
rápido que começou a se desintegrar. As caudas são resultantes de um
impacto porque um evento assim faria a poeira se espalhar de uma vez.
Cientistas
usando o telescópio de rastreio Pan-STARRS no Havaí anunciaram a
descoberta do asteróide P/2013 P5 em 27 de agosto, onde parecia como um
objeto extraordinariamente difuso. As múltiplas caudas foram descobertas
quando o telescópio Hubble foi usado para dar uma imagem mais detalhada
em 10 de setembro passado. Quando Hubble olhou para o asteroide
novamente 23 de setembro, a sua aparência tinha mudado totalmente.
Uma
modelagem cuidadosa foi executada por Jessica Agarwal, membro da equipe
do Max Planck Institute for Solar System Research, em Lindau, na
Alemanha, mostrando que as caudas poderiam ter sido formadas por uma
série de eventos de ejeção de poeira impulsivas. Ela calculou que os
eventos de ejeção de poeira ocorreram em 15 de abril, 18 de julho, 24 de
julho, 08 de agosto, 26 de agosto e 04 de setembro.
A
pressão de radiação do Sol possivelmente pode ter girado o asteroide. A
taxa de rotação pode ter aumentado o suficiente para que a fraca
gravidade do asteroide já não possa prendê-lo juntos. Se isso
aconteceusse, a poeira poderia deslizar em direção ao equador do
asteróide, despejando-se para o espaço para formar uma cauda. Até agora,
apenas cerca de 100 a 1.000 toneladas de poeira, uma pequena fração da
massa principal do P/2013 P5, foi perdida. O núcleo do asteroide, que
mede 427 metros de largura, é milhares de vezes mais massivo do que o
valor observado de poeira ejetada.
Os astrônomos continuarão observando o P/2013 P5 para ver se a poeira deixa o asteroide no plano equatorial. Se isso acontecer, esta seria uma forte evidência para um rompimento da rotação, que talvez deva ser um fenômeno comum no cinturão de asteroides, podendo até ser a principal maneira de pequenos asteroides se desintegrarem.
Os astrônomos continuarão observando o P/2013 P5 para ver se a poeira deixa o asteroide no plano equatorial. Se isso acontecer, esta seria uma forte evidência para um rompimento da rotação, que talvez deva ser um fenômeno comum no cinturão de asteroides, podendo até ser a principal maneira de pequenos asteroides se desintegrarem.
Um artigo foi reportado no periódico Astrophysical Journal Letters,
pelo principal pesquisador, David Jewitt, professor do Departamento de
Ciências da Terra e do Espaço na Universidade da Califórnia em Los
Angeles.
Fonte: NASA, AstroNews Blog
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