Fotografias tiradas pela sonda Mars express em região vulcânica mostram a existência de uma série de depressões na superfície do planeta.
A Agência Espacial Europeia (ESA) informou nesta quinta-feira a descoberta de crateras nas encostas de um dos maiores vulcões de Marte. Para os pesquisadores, essas peças podem ajudar na busca de vida microscópica fora da Terra.
As imagens, reveladas pela sonda Mars express, foram tiradas na região vulcânica de Tharsis em junho de 2011. Entre as hipóteses que explicam o surgimento dessa série de depressões circulares, os cientistas consideram a hipótese a de que tenham sido formadas por água subterrânea. A estrutura foi comparada aos 'cenotes', formação encontrada na península mexicana de Yucatán, que surgiu quando o teto de cavernas e outras rochas se romperam.
Outra possível origem desses buracos é vulcânica. Quando o magma escorre de um vulcão, ele resfria e se solidifica em superfície formando eventualmente um tubo pelo qual continua correndo lava. Os pesquisadores acreditam que o desmoronamento do teto desses túneis, que com o tempo se tornam ocos, pode ser uma explicação para as depressões.
A ESA considera que, para a busca de vida microscópica, a primeira hipótese é a mais promissora pois indicaria a existência de estruturas semelhantes a cavernas. Essas poderiam ter servido de local de proteção para microorganismos contra as duras condições da superfície.
A agência não descartou que as crateras possam ser simples sulcos na crosta de Marte. De qualquer forma, a ESA acredita que a descoberta das marcas é importante por mostrar muitas semelhanças entre os processos geológicos da Terra e Marte.
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