Em 2010, a sonda japonesa Hayabusa completou uma missão inédita na
pesquisa espacial: ela chegava à Terra com as primeiras amostras
coletadas em um asteroide e trazidas para o planeta. Agora, 11 equipes
de pesquisadores ao redor do planeta vão ter acesso a 70 pequenos grãos
que o robô conseguiu pegar na pedra de 500 m.
Uma delas, da Universidade de Manchester, por exemplo, recebeu sete
grãos por ter o sistema mais sensível para detectar os raros gases
xenônio e criptônio.
O time da Inglaterra - liderado por Henner Busemann e com pesquisadores
da Alemanha, Suécia e Suíça - espera descobrir o quão rapidamente e
através de quais processos a superfície foi modificada e se material do
asteroide Itokawa acabou na Terra - acredita-se que substâncias
importantes do nosso planeta vieram desses corpos, como a água.
"Meteoritos são amostras que caíram na Terra de asteroides, e aprendemos
muito com eles", diz Busemann em nota da universidade. "Contudo, esses
grãos são únicos porque nós sabemos de qual dos milhões de asteroides
eles vieram e eles não foram expostos ao ambiente da Terra. Estamos
aprendendo muito sobre como os asteroides se formam e evoluem."
Segundo a universidade, Itokawa foi apenas o terceiro corpo do qual o
ser humano conseguiu coletar amostras e trazer à Terra. Além das missões
Apollo e Luna, que visitaram nosso satélite natural, a Stardust
conseguiu amostras do cometa Wild 2. O estudo atual pretende entender
melhor os primórdios do Sistema Solar, na época da formação dos
planetas, há cerca de 4,5 bilhões de anos.
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