O maior projeto de astronomia terrestre via rádio do mundo, em
construção pelo Observatório Europeu do Sul (ESO) e parceiros
internacionais – como o Brasil – no deserto do Atacama, no norte do
Chile, teve novas imagens divulgadas nesta sexta-feira (26). A obra deve
ser concluída em março de 2013.
Várias antenas de rádio foram instaladas nessa região árida do Planalto
de Chajnator para compor o telescópio de última geração Alma (sigla de
Atacama Large Millimeter/Submillimeter Array), que deve estudar a
radiação produzida por alguns dos objetos mais frios do Universo.
Essas antenas serão articuladas como um telescópio gigante único, capaz
de captar comprimentos de ondas de luz mil vezes mais longos do que
qualquer objeto visível a olho nu, além de corpos mais frios do que
registram os telescópios infravermelhos, que são bons em observar
planetas distantes e sóis, mas acabam perdendo alguns planetas e nuvens
de gases onde as estrelas se formam.
Abaixo, à esquerda, aparece o solo árido do deserto do Atacama, que é
considerado o mais seco do mundo e cujo clima com baixíssima umidade
ajuda a não ter interferência de outros sinais de rádio. Além disso, o
telescópio, extremamente sensível, está instalado em uma região a quase 5
mil metros de altitude, o que facilita as observações.
À direita, aparece a primeira imagem antecipada pelo Alma, há um ano,
que revela um par de galáxias espirais que se colidem a 70 milhões de
anos-luz de distância da Terra, na constelação do Corvo. A imagem
combinou dois comprimentos de onda diferentes, durante os testes
iniciais feitos em luz visível.
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