“2015 ou 2016, essa é
minha expectativa. Provavelmente, numa missão com os russos, como da
outra vez (a Rússia é um dos parceiros majoritários da ISS). Existe a
possibilidade sim, e é o que estou esperando”, afirmou, após participar
de um evento no Rio de Janeiro.
Ainda bastante
reconhecido, Pontes era solicitado a tirar diversas fotos. Segundo ele,
mesmo quase sete anos depois de ter ido ao espaço, muitas pessoas o
param na rua e pedem fotos e autógrafos. O astronauta é lotado na Nasa,
na qual é da área de manutenção da estação espacial. Ele atua como uma
espécie de mecânico de voo, estando a postos para resolver qualquer
problema de última hora na missão.
“Cada missão tem um custo
muito alto para a Nasa. Cada tripulante num voo desses custa US$ 56
milhões”, comentou. Por isso, destaca, há um espaço grande entre uma
missão e outra que um astronauta participa. Pontes lembra que se formou
na Nasa em 1998, e só foi ao espaço oito anos depois. Da turma em que se
formou, Pontes foi o segundo a ir ao espaço.
Para participar de uma
missão da Nasa, Pontes fez o curso de astronauta, com duração de dois
anos. Depois, se especializou e fez treinamentos específicos em outras
áreas. Quando uma missão é definida, existe uma preparação especial com
duração que varia de um ano a um ano e meio.
Muitos anos depois da ida
ao espaço, Pontes relata que ainda tem muitas lembranças de lá.
Questionado sobre qual a principal delas, ele diz que é a sensação de se
sentir pequeno perto da grandeza da Terra, ao avistar o globo
terrestre.
“Lembro de muita coisa de
lá. A principal delas é quando você olha pra Terra, e se imagina, você
se sente muito pequenininho. Essa sensação de me sentir insignificante
por um lado, que fez nascer dentro de mim a necessidade de usar meu
tempo de vida para fazer alguma coisa útil, de forma geral”, observa.
Além do trabalho na Nasa,
Pontes é um dos três embaixadores da Organização das Nações Unidas
(ONU) em todo o mundo, focados nas atividades de desenvolvimento
industrial. O brasileiro criou uma fundação, voltada para trabalhos nos
campos da educação, ciência e tecnologia para ensino fundamental e
médio, além da sustentabilidade.
O astronauta também dá
aulas no curso de engenharia aeronáutica da Universidade de São Paulo
(USP), em São Carlos, e se prepara para iniciar uma nova especialidade
na instituição de ensino. “Criamos lá o curso de engenharia
aeroespacial, para que entre no vestibular. Vai começar este ano. Espero
que entre no vestibular 2013”, explicou.
O desejo de Pontes é que
outros brasileiros também possam viajar para o espaço. Com o curso, ele
espera facilitar esse caminho. “Quem sabe a gente não consiga colocar
mais um lá. É meu sonho. Eu deixaria minha oportunidade para alguém”,
argumenta.
Fonte: Terra
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