© WISE (buracos negros descobertos)
O
WISE conseguiu captar comprimentos de ondas ligados ao calor dos
astros, o que fez com que eles conseguissem enxergar e mapear pela
primeira vez alguns dos objetos mais iluminados do Universo.
A expectativa dos cientistas é de que a descoberta os ajude a entender como as galáxias e buracos negros se formam.
Os
astrônomos já sabiam que a maioria das galáxias possuem buracos negros
no seu centro, que são "alimentados" com gases, poeira e estrelas ao seu
redor. Às vezes, os buracos negros soltam energia suficiente para
impedir a formação de estrelas.
A forma como
estrelas e buracos negros evoluem juntos, no entanto, continua sendo um
mistério para os cientistas. A esperança é que os dados do telescópio
WISE possibilitem novas descobertas neste ramo. O WISE tem capacidade de
detectar comprimentos de onda que ficam muito além do campo de visão
dos telescópios atuais. Isso permite ao equipamento fazer diversas
descobertas inéditas na ciência.
O telescópio
ganhou a fama de "caçador de buracos negros". "Nós encurralamos os
buracos negros", diz Daniel Stern, do Laboratório de Propulsão a Jato
(JPL), um dos autores dos três estudos.
O
pesquisador Stern e seus colegas usaram outro telescópio (Nustar) para
analisar os dados dos buracos negros captados pelo WISE e apresentaram
os dados em um artigo que será publicado na revista científica Astrophysical Journal.
Outros
dois estudos detalham galáxias com temperaturas extremamente altas e
com brilho intenso, que até recentemente não conseguiam ser detectadas. O
termo em inglês para essas galáxias é "hot dust-obscured galaxies".
Mais
de mil galáxias já descobertas são mais de cem vezes mais brilhantes
que o Sol da Via Láctea. Os dados da missão WISE estão sendo
disponibilizados ao público, para que todos os cientistas possam
contribuir nas pesquisas espaciais.
Fonte: NASA e BBC Brasil
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