O estudante francês Neil Ibata, de 15 anos, é um dos destaques da última edição da revista Nature, uma das mais conceituadas publicações científicas do mundo. Ele aparece como um dos 16 coautores, entre físicos e astrônomos, de uma pesquisa sobre evolução de galáxias. O autor principal do trabalho é o pai dele, Rodrigo Ibata, pesquisador do Observatório Astronômico de Estrasburgo.
O trabalho aponta que metade das galáxias-satélites que estão “no entorno” (distâncias que variam de 100 a 1.300 anos-luz) de Andrômeda estão alinhadas em um mesmo plano orbital e giram sincronizadas em torno de seus próprios eixos. A descoberta mostra que as estruturas fazem parte de um conjunto e estão conectadas de algum modo, o que contraria as teorias atuais sobre formação de galáxias.
Andrômeda está a 2,5 milhões de anos-luz da Terra e é a galáxia gigante
mais próxima da Via Láctea - a nossa -, o que permite estudá-la em
detalhes.
O pai trouxe o filho ao local onde trabalha para que ele fizesse um
estágio sobre a linguagem de programação Python, utilizada para este
estudo sobre a evolução das galáxias ao redor de Andrômeda.
De acordo com o Centro Nacional de Pesquisa Científica, da França, Neil
foi o primeiro a colocar em evidência a rotação de um disco de galáxias
anãs ao redor da galáxia de Andrômeda no âmbito desse projeto. "Eu
estava esperando o oposto", afirmou Rodrigo Ibata.
Segundo a reportagem do francês Le Figaro, o jovem Neil foi o
primeiro a detectar que as galáxias rodavam com velocidades
sincronizadas, após rodar os dados coletados pelo pai em um programa de
computador que ele mesmo desenvolveu.
(Com AFP e Estadão Conteúdo)
(Com AFP e Estadão Conteúdo)
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