As últimas observações feitas do Ison, chamado de
"cometa do século", indicam que ele pode ser uma grande decepção.
Análise de Ignacio Ferrin, astrônomo da Universidade de Antióquia
(Colômbia), conclui que a pedra de gelo tem um "peculiar comportamento" e
pode acabar destruída ao se aproximar do Sol.
Descoberto em setembro de 2012 por dois astrônomos
russos, o Ison foi chamado de "cometa do século" após algumas previsões
que indicavam que ele poderia aparecer tão grande como a Lua Cheia para
quem vê da superfície da Terra. Contudo, isso depende de sua passagem
pelo Sol.
Ferrin, ao analisar as últimas observações do Ison,
descobriu que o brilho do cometa se manteve constante por 132 dias,
apesar de ele se aproximar cada vez mais da estrela. Esse dado peculiar
pode ser explicado pela falta de água ou se uma superfície de rocha ou
outro material esteja impedindo a sublimação da água ou outro volátil
para o espaço.
Caso parecido foi o do cometa C/2002 O4 Hönig, que
manteve o mesmo brilho durante 52 dias. Após esse período, ele se
desintegrou, sem deixar resíduos observáveis.
Os astrônomos não sabem qual é a situação atual do Ison,
já que ele está escondido pelo brilho do Sol. Contudo, eles sabem de
duas dificuldades que o cometa vai enfrentar. A primeira, a temperatura
de 2,7 mil °C ao passar perto da estrela, o suficiente para derreter
ferro e chumbo. Além disso, ele entrará no chamado limite de Roche,
quando a força gravitacional do Sol poderá partir o núcleo do cometa.
Esses dados indicam que o Ison pode não sobreviver ao
encontro. Uma breve janela de observações, entre 7 de outubro e 4 de
novembro, pode indicar a situação da pedra de gelo. Contudo, segundo o
cientista, as condições de observação serão muito ruins para determinar o
destino do cometa. "O futuro do cometa Ison não parece muito
brilhante", conclui Ferrin.
Fonte: Terra
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