Astrônomos utilizando o telescópio espacial Hubble
mostraram pela primeira vez que a explosão resultante da formação de
estrelas tem um impacto muito maior do que os limites da galáxia onde
elas se encontram.
© NASA/ESA (starburst na galáxia M82)
Esses
eventos de energia podem after o gás galáctico em distâncias até 20
vezes maiores do que o tamanho visível da galáxia, alterando a forma
como a galáxia evolui, e como a matéria e a energia se espalham pelo
Universo.
Quando as galáxias formam novas estrelas, por vezes ocorrem episódios de atividade intensa conhecidos como starbursts (explosão
de estrelas). Esses eventos ocorriam com frequência nos primórdios do
Universo, mas são mais raras em galáxias próximas. Durante essas
explosões, centenas de milhões de estrelas nascem, e seu efeito
combinado pode formar um poderoso vento que viaja para além da galáxia.
Até
então, se sabia que esses ventos afetavam a galáxia progenitora, mas o
novo estudo desenvolvido por pesquisadores das agências espaciais
americana (NASA) e europeia (ESA) mostra que o efeito é muito mais
intenso do que se imaginava. A equipe internacional de astrônomos
responsável pelo estudo observou 20 galáxias próximas, algumas das quais
passavam por uma starburst. Eles descobriram que os ventos que
acompanhavam o processo de formação das estrelas eram capazes de
ionizar gases a até 650 mil anos-luz do centro da galáxia, distância
cerca de 20 vezes superior ao seu tamanho visível.
Essa
é a primeira evidência direta da observação de explosões estelares
locais impactando grande quantidade de gás ao redor da galáxia que
habitam, e tem consequências significativas sobre como a galáxia
continua a evoluir e formar galáxias.
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