Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande
do Norte anunciaram a descoberta da CoRot Sol 1, nome dado à estrela
gêmea solar conhecida como a mais distante da Via Láctea, galáxia que
abriga o Sistema Solar.
© UFRN (CoRoT Sol 1)
De
acordo com os cientistas, a análise do astro ajuda a prever o futuro do
Sol, além de dar aos astrônomos a oportunidade de testar as atuais
teorias da evolução estelar e solar.
O líder da
equipe de pesquisadores, José Dias do Nascimento, explica que a CoRoT
Sol 1 é cerca de 2 bilhões de anos mais velho que o Sol, mas seu período
de rotação é quase o mesmo. "É a única estrela com essas
características que é mais velha do que o Sol", informa o astrônomo. A
massa e composição química de ambas é semelhante, conforme o estudo
desenvolvido na UFRN. No entanto, ao contrário das outras gêmeas
solares, que são relativamente brilhantes, o brilho da CoRoT Sol 1 é 200
vezes mais fraco do que o do Sol.
O fato de a
estrela gêmea estar em um estágio ligeiramente mais evoluído que o Sol
será utilizado para análises sobre o futuro do Sistema Solar. "Em 2
bilhões de anos, na idade que o Sol terá a idade atual da gêmea solar
CoRoT Sol 1, a radiação emitida pelo Sol deve aumentar e tornar a
superfície da Terra tão quente que a água líquida não poderá mais
existir em seu estado natural", comenta Nascimento. As informações
analisadas pela equipe foram captadas por um satélite CoRoT, lançado em
2006 e operado do Havaí, nos Estados Unidos.
O
astrônomo pondera que determinar a idade de uma estrela é,
provavelmente, um dos aspectos mais difíceis da análise, porém espectros
de alta qualidade podem ajudar a determinar as idades estelares. O
grande espelho de 8,2 metros e a precisão do telescópio Subaru foram
essenciais para tornar possível a realização do estudo dos espectros da
estrela gêmea.
A equipe planeja usar o
telescópio Subaru para continuar a investigação sobre novas estrelas
similares ao Sol. "Nos últimos 30 anos, apenas cinco estrelas foram
descobertas", informa José Dias do Nascimento. De acordo com o
astrônomo, o satélite CoRoT forneceu a observação de 230 mil estrelas.
Usando um método criado na própria UFRN, foram escolhidas as candidatas a
gêmea.
"Sobraram 500 estrelas e, dessas, pedimos para observar 30. Analisamos quatro e duas se apresentaram muito parecidas com o Sol, com a diferença que em uma delas o espectro ficou excelente, muito parecido com o Sol. Isso tornou a descoberta ainda mais preciosa", detalha Nascimento, que continuará a busca por astros gêmeos. "Agora vamos atacar outras estrelas. Queremos achar a estrela gêmea dois, três e daí por diante".
O anúncio da estrela gêmea solar foi feito na última sexta-feira (17). A descoberta faz parte do artigo intitulado “"The Future of the Sun: An Evolved Solar Twin Revealed by CoRoT", que foi aceito para publicação e sairá em breve na revista Astrophysical Journal Letters.
"Sobraram 500 estrelas e, dessas, pedimos para observar 30. Analisamos quatro e duas se apresentaram muito parecidas com o Sol, com a diferença que em uma delas o espectro ficou excelente, muito parecido com o Sol. Isso tornou a descoberta ainda mais preciosa", detalha Nascimento, que continuará a busca por astros gêmeos. "Agora vamos atacar outras estrelas. Queremos achar a estrela gêmea dois, três e daí por diante".
O anúncio da estrela gêmea solar foi feito na última sexta-feira (17). A descoberta faz parte do artigo intitulado “"The Future of the Sun: An Evolved Solar Twin Revealed by CoRoT", que foi aceito para publicação e sairá em breve na revista Astrophysical Journal Letters.
A
equipe de cientistas responsável pela descoberta é composta por José
Dias do Nascimento, da UFRN, que lidera o grupo; Jefferson Soares Costa e
Matthieu Castro, também da UFRN; Yochi Takeda, do Observatório
Astronômico Nacional do Japão (NAOJ); Gustavo Porto de Mello, do
Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro e
Jorge Melendéz, da Universidade de São Paulo.
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