Astrônomos observando a Nebulosa Rosette descobriram
que pequenas nuvens escuras e redondas, chamadas globulettes tem as
características favoráveis para formar planetas flutuando livremente sem
sua estrela progenitora.
© Brian Davis (Nebulosa Rosette)
A
Nebulosa Rosette é uma enorme nuvem de gás e poeira localizada a 4.600
anos-luz da Terra na constelação de Monoceros (Unicórnio).
Novas
observações, feitas com telescópios da Universidade de Tecnologia
Chalmers, em Gotemburgo (Suécia), mostram que nem todos os planetas
flutuantes foram expulsos de sistemas planetários existentes. Eles
também podem ter nascido isoladamente. O estudo mostra que as pequenas
nuvens estão se movendo para fora através da nebulosa Rosette em alta
velocidade, cerca de 80.000 quilômetros por hora.
© ESO/M. Mäkelä (Nebulosa Rosette)
As
globulettes são muito pequenas, cada uma com diâmetro inferior a 50
vezes a distância entre o Sol e Netuno. Anteriormente, estimava-se que a
maioria delas são de massa planetária, menos do que 13 vezes a massa de
Júpiter. Agora, foram obtidas medidas muito mais confiáveis de massa e
densidade de um grande número desses objetos, e também foi medido com
precisão o quão rápido eles estão se movendo em relação ao seu meio
ambiente.
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que pode haver cerca de 200 bilhões de planetas flutuando livremente em nossa galáxia, a Via Láctea. Até agora, os cientistas acreditavam que tais planetas que não orbitam em torno de uma estrela, devem ter sido ejetados de sistemas planetários existentes. Novas observações das pequenas nuvens escuras indicam outra possibilidade: a de que alguns planetas flutuantes foram formados por conta própria.
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que pode haver cerca de 200 bilhões de planetas flutuando livremente em nossa galáxia, a Via Láctea. Até agora, os cientistas acreditavam que tais planetas que não orbitam em torno de uma estrela, devem ter sido ejetados de sistemas planetários existentes. Novas observações das pequenas nuvens escuras indicam outra possibilidade: a de que alguns planetas flutuantes foram formados por conta própria.
As globulettes são
muito densas e compactas, sendo que a maioria delas vai entrar em
colapso sob seu próprio peso e formar planetas flutuantes livres. As
mais massivas poderão formar anãs marrons, que são corpos cuja massa
fica entre a de planetas e estrelas.
Estas
globulettes foram aceleradas a partir do centro da nebulosa graças à
pressão da radiação das estrelas jovens e quentes em seu centro. Durante
a história da Via Láctea, milhões de nebulosas floresceram e
desapareceram. Em todos estes casos, muitas globulettes teriam se
formado.
Os astrônomos conhecem em torno de
quase 900 planetas que orbitam ao redor de outras estrelas do que o Sol,
mas os planetas flutuantes também foram encontrados. Alguns têm sido
descobertos, utilizando uma técnica chamada de microlentes, na qual o
planeta é encontrado, quando se passa em frente de uma estrela,
temporariamente tornando-o com aspecto brilhante. Este é um efeito
previsto pela teoria de relatividade geral, na qual a luz da estrela é
dobrada quando o planeta passa em frente da mesma, efeito chamado lente
gravitacional de Einstein.
A equipe observou as
ondas de rádio a partir de moléculas de monóxido de carbono, utilizando o
radiotelescópio de 20 metros no observatório espacial Onsala, na
Suécia; luz submilimétrica com o telescópio APEX no deserto do Atacama,
no norte do Chile; e luz infravermelha com o telescópio New Technology
Telescope (NTT) de 3,58 metros no observatório de La Silla do ESO.
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