Em 1958, cientistas da NASA descobriram dois círculos de partículas ao redor da Terra, batizados como "cinturões de Van Allen"
(em homenagem a um dos responsáveis pelo estudo). Mais de 50 anos
depois, descobriram o que “alimenta” esses círculos – algo que pode
ajudar a entender fenômenos similares que ocorrem com outros planetas.
Embora não sejam imponentes como, digamos, os anéis de Saturno,
os cinturões podem ser perigosos: suas partículas são tão numerosas e
viajam a velocidades tão altas que satélites precisam usar escudos para
evitar danos em partes menos resistentes.
De onde vêm essas partículas? Como ganham velocidade? Havia duas
hipóteses: ou elas seriam “capturadas” ao sair da magnetosfera da Terra e
acelerariam no processo; ou elas seriam resultado de fenômenos que
ocorrem dentro dos cinturões. Em 2012, a NASA enviou duas sondas e
descobriu que, a princípio, a hipótese correta é a segunda.
No interior dos cinturões de Van Allen, os elétrons de atómos que os
compõem são arrancados por forças elétricas, ganhando velocidade. Esses
elétrons supervelozes são a parte principal dos turbilhões.
Essa descoberta foi possível graças a uma tempestade solar que
arrancou boa parte dos elétrons. Se eles viessem da Terra, levaria
semanas até que o número voltasse ao normal. Contudo, a “recuperação”
levou menos de 24 horas.
Os pesquisadores acreditam que essa aceleração “interna” ocorre também em cinturões de radiação ao redor de Júpiter e Saturno.
Fonte: [Daily Mail UK]
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