A nave e o módulo experimental são os primeiros passos da China em direção à sua própria estação espacial na órbita da Terra
Foto: AFP
Mais do que um progresso tecnológico, o avanço da China na exploração do espaço representa a aproximação asiática da posição dominante dos Estados Unidos no campo espacial. Impedidos de participar da Estação Espacial Internacional (ISS), os chineses iniciram o processo de construção da sua própria estação em órbita, que deve ficar pronta em dez anos.
Ainda sem previsões oficiais de qual vai ser a utilidade dada à nova estação, a China já firmou parcerias com a Alemanha para a realização de experiências científicas sobre microgravidade e vida no espaço. A estação chinesa sucede a MIR, estação russa iniciada em 1986 e desativada 15 anos depois e a ISS, inaugurada em 1998 e ainda em operação.
Apesar de chegar à exploração espacial com atraso, a China ganha terreno rapidamente. De acordo com as estimativas oficiais chinesas, no final de 2011 o país terá lançado ao espaço 20 foguetes e 25 satélites, o que situaria o país na segunda posição no ranking de número de lançamentos, atrás apenas da Rússia. A China possui três bases ativas de lançamentos e está construindo uma quarta.
Construção
Os chineses já lançaram uma nave sem tripulação - a Shenzhu VIII - e um módulo experimental - o Tiangong-1 - como parte dos esforços para a construçao da estação. No dia 3 de novembro, o país conseguiu pela primeira vez acoplar com sucesso duas instalações espaciais - a nave e o módulo - operação que será repetida no dia 14, novamente como teste para atividades futuras.
O próximo passo no longo caminho que a China tem pela frente é o lançamento de uma nave com tripulantes em 2012, que também se acoplará ao módulo experimental.
A potência asiática começou seus voos tripulados em 1990 depois de comprar tecnologia russa, e em 2003 tornou-se o terceiro país a enviar seres humanos ao espaço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário