Dois estudos publicados neste domingo (8) pela revista “Science”
refutam uma descoberta de 2010, que descrevia bactérias com o elemento
químico arsênio em sua formação.
A vida como conhecemos só pode ser formada por carbono, hidrogênio,
nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. A existência de uma bactéria
com arsênio em sua formação significaria a possível existência de formas
de vida bem diferentes, o que incluiria seres fora da Terra.
Em dezembro de 2010, a revista “Science” publicou uma pesquisa assinada
por Felisa Wolfe-Simon, do Instituto de Astrobiologia da Nasa, que
descrevia uma bactéria encontrada no Lago Mono, no estado
norte-americano da Califórnia. Essa bactéria teria o arsênio no lugar do
fósforo, em sua composição.
Desde então, muitos cientistas vêm questionando a pesquisa. Neste
domingo, foram publicados resultados obtidos por duas equipes
diferentes, que fizeram testes independentes com a mesma bactéria.
Nenhuma das duas encontrou arsênio na composição da bactéria, e os
autores de ambas acreditam que uma contaminação possa ter alterado os
resultados do estudo original.
Segundo uma nota emitida pela revista “Science”, os novos trabalhos
mostram que a espécie “não quebra as duradouras regras da vida, ao
contrário do que Wolfe-Simon tinha interpretado com os dados de seu
grupo”.
Contudo, Felisa Wolfe-Simon continua segura de que suas conclusões
iniciais estão corretas. Por e-mail, ela informou à agência Associated
Press que “não há nada nos dados desses novos artigos que contradiga
nossos dados publicados”.
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