segunda-feira, 31 de outubro de 2011
Acelerador de partículas LHC já alcançou os objetivos de 2011
As operações com prótons referentes a 2011 do acelerador de partículas LHC, do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern), foram concluídas nas últimas horas, depois que 400 trilhões de colisões próton-próton permitiram reunir mais dados que o esperado. O Cern destacou que o experimento superou seus objetivos operacionais pelo segundo ano consecutivo, devido ao aumento regular do ritmo com o qual o acelerador produz resultados.
O diretor do Cern para aceleradores e tecnologia, Steve Myers, afirmou que ao término das operações para este ano o acelerador de partículas "alcançou sua velocidade de cruzeiro". Com isso, a taxa atual de produção de dados é 4 milhões de vezes superior comparada com o primeiro período de exploração em 2010, e 30 vezes superior à registrada no início deste ano.
A meta traçada pelos cientistas para 2011 foi atingida já em junho, o que fez com que elevassem seus objetivos anuais, novamente alcançados em 18 de outubro. O último propósito do grande acelerador é confirmar a existência da partícula de Higgs (chamado "bóson de Higgs"), o elemento que falta no denominado "modelo padrão da física de partículas".
Sobre isso, os cientistas afirmaram que os experimentos realizados este ano permitiram "delimitar melhor o espaço onde está o bóson de Higgs e as partículas supersimétricas". Também puderam testar "de maneira mais exigente o modelo padrão da física de partículas e aprofundar a compreensão sobre o universo primordial".
De acordo com o Cern, o LHC permitiu ingressar em territórios "até agora inexplorados na busca de uma nova física". "Conseguimos circunscrever o bóson de Higgs na parte baixa da gama de massas na qual é suscetível de ser encontrado", afirmou o instituto. O LHC está informando os físicos de todo o mundo sobre as quantidades de dados que testam o modelo padrão da física de partículas. "Começamos a alcançar níveis de sensibilidade que poderiam nos permitir ver além", declarou um porta-voz do experimento, Pierluigi Campana.
Nas próximas semanas serão analisados os dados gerados em 2011, mas os responsáveis pelo LHC anteciparam que para o surgimento de uma "nova física" é necessária a coleta de mais dados em 2012. O LHC iniciará no próximo mês uma nova experiência de colisões de prótons com íons de chumbo, para tentar analisar a estrutura interna deste último elemento, de maior massa que os prótons.
China anuncia viagem espacial tripulada para o próximo ano
Pequim anunciou nesta segunda-feira que em 2012 vai lançar duas naves espaciais, uma delas tripulada, como parte da construção de sua primeira estação, que deve ficar pronta em 2020. Segundo a porta-voz do programa espacial chinês Wu Ping, a nave não tripulada "Shenzhou-8" será lançada na terça-feira às 5h58 da hora local, através de um foguete modificado, do Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no Deserto de Gobi.
A "Shenzhou-8" aterrissará dois dias depois no módulo experimental espacial "Tiangong-1", que foi posto em órbita em 29 de setembro, mais um passo para a construção da primeira estação espacial permanente chinesa. O programa espacial chinês tem previstos novos avanços para 2012, explicou Wu, com o lançamento das naves "Shenzhou-9" e "Shenzhou-10", que também se acoplarão à estação "Tiangong-1".
"Pelo menos, uma das duas missões será tripulada", adiantou Wu em declarações divulgadas pela agência estatal de notícias "Xinhua". A tripulação já foi selecionada e está recebendo treinamento para a viagem espacial, que será a quarta tripulada depois das de 2003 e 2005, e do passeio espacial de 2008.
A porta-voz afirmou que a Alemanha participará do programa da "Shenzhou-8" com 17 experiências espaciais em colaboração com a China, no primeiro plano de cooperação espacial chinês no campo da microgravidade e a vida no espaço. Pelos dados oficiais chineses, no final de 2011 o país asiático terá lançado ao espaço 20 foguetes e 25 satélites, o que situa à China no segundo posto no número de lançamentos depois da Rússia.
Para Yuan Jiajun, subdiretor-general da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China, em 2010 o país asiático lançou 15 foguetes e enviou 20 satélites ao espaço, números comparáveis aos dos Estados Unidos e Rússia, as duas potências mais ativas em matéria espacial. A China possui três bases ativas de lançamento, e está construindo mais uma, porém a de Jiuquan enviou a maior parte das missões.
A "Shenzhou-8" aterrissará dois dias depois no módulo experimental espacial "Tiangong-1", que foi posto em órbita em 29 de setembro, mais um passo para a construção da primeira estação espacial permanente chinesa. O programa espacial chinês tem previstos novos avanços para 2012, explicou Wu, com o lançamento das naves "Shenzhou-9" e "Shenzhou-10", que também se acoplarão à estação "Tiangong-1".
"Pelo menos, uma das duas missões será tripulada", adiantou Wu em declarações divulgadas pela agência estatal de notícias "Xinhua". A tripulação já foi selecionada e está recebendo treinamento para a viagem espacial, que será a quarta tripulada depois das de 2003 e 2005, e do passeio espacial de 2008.
A porta-voz afirmou que a Alemanha participará do programa da "Shenzhou-8" com 17 experiências espaciais em colaboração com a China, no primeiro plano de cooperação espacial chinês no campo da microgravidade e a vida no espaço. Pelos dados oficiais chineses, no final de 2011 o país asiático terá lançado ao espaço 20 foguetes e 25 satélites, o que situa à China no segundo posto no número de lançamentos depois da Rússia.
Para Yuan Jiajun, subdiretor-general da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China, em 2010 o país asiático lançou 15 foguetes e enviou 20 satélites ao espaço, números comparáveis aos dos Estados Unidos e Rússia, as duas potências mais ativas em matéria espacial. A China possui três bases ativas de lançamento, e está construindo mais uma, porém a de Jiuquan enviou a maior parte das missões.
Taxa de fusão entre galáxias é menor
Uma nova análise de pesquisas do Telescópio Espacial Hubble da NASA, combinada com simulações de interações de galáxias, revelaram que a taxa de fusão entre galáxias nos últimos 8 a 9 bilhões de anos diminui perante estimava anterior.
Fonte: Space Telescope Science Institute
A taxa de fusão de galáxias é uma medida fundamental da evolução da galáxia, trazendo pistas sobre como as galáxias se agrupam com o tempo através do encontro com outras galáxias. Além disso, uma grande discrepância existe sobre como as galáxias se juntavam no passado. Medidas anteriores de galáxias no campo profundo de pesquisa feito pelo Hubble geraram um grande número de resultados, nessas pesquisas descobriu-se que 5% de 25% das galáxias estavam se fundindo.
O novo estudo foi liderado por Jennifer Lotz do Space Telescope Science Institute em Baltimore, analisando as interações entre as galáxias em diferentes distâncias, permitindo que os astrônomos pudessem comparar as fusões com o decorrer do tempo. A equipe de Lotz descobriu que as galáxias ganharam pouca massa através de colisões com outras galáxias. Grandes galáxias se fundiram com outra numa média de uma vez nos últimos 9 bilhões de anos. Pequenas galáxias se fundiram com galáxias maiores de maneira mais frequente. Em uma das primeiras medidas da fusão entre uma galáxia anã e uma galáxia massiva no Universo distante, a equipe de Lotz descobriu que essas fusões aconteciam três vezes mais frequentes do que os encontros entre duas galáxias massivas.
“Ter um valor preciso para a taxa de fusão é crítico pois as colisões galácticas podem ser um processo fundamental que conduz a montagem da galáxia, a rápida formação de estrelas nos tempos iniciais e o crescimento de gás dentro do buraco negro supermassivo central localizado no núcleo das galáxias”, explica Lotz.
O problema com as estimativas prévias do Hubble é que os astrônomos usavam diferentes métodos para contar as fusões.
“Estudos que observam em detalhes pares de galáxias que parecem prontas para colidir fornecem um número muito mais baixo de fusões do que os estudos que pesquisam por galáxias que possuem a sua forma perturbada, evidência direta que passaram por um processo de fusão”, disse Lotz.
Para entender quantos encontros aconteceram com o passar dos tempos, Lotz precisou entender por quanto tempo as galáxias pareceriam destruídas antes de se estabilizarem e voltarem a ter uma aparência normal novamente.
Esse foi o motivo pelo qual Lotz e sua equipe realizou detalhadas simulações computacionais para ajudar a dar sentido às fotografias obtidas pelo Hubble. A equipe fez simulações de muitas possíveis colisões de galáxias e então as mapeou nas imagens que o Hubble fez sobre interações de galáxias.
Criar modelos computacionais foi um processo demorado. A equipe de Lotz considerou um grande número de possibilidade de colisões, desde pares de galáxias com mesma massa até interações entre galáxias gigantes e anãs. A equipe também analisou diferentes órbitas para as galáxias, possíveis impactos de colisões e como as galáxias estavam orientadas umas em relação as outras. Ao todo, o grupo determinou 57 diferentes cenários de fusão e estudaram assim a fusão de 10 diferentes ângulos. “Estudar e analisar as simulações foi como observar as batidas de carros em câmera lenta”, disse Lotz.
As simulações seguiram as galáxias por 2 a 3 bilhões de anos, começando no primeiro encontro e continuando até que a união estivesse completa, aproximadamente um bilhão de anos depois. “Nossas simulações ofereceram uma imagem realista das fusões entre as galáxias”, disse Lotz.
Além de estudar a fusão entre galáxias gigantes, a equipe também analisou os encontros ocorridos entre galáxias pequenas. Registrar colisões entre galáxias pequenas é difícil pois os objetos são muito apagados com relação às sus companheiras maiores.
“Galáxias anãs são as mais comuns no Universo”, disse Lotz. “Elas podem ter contribuído para construir as grandes galáxias. De fato, a nossa própria Via Láctea teve alguns desses encontros com galáxias menores em um passado considerado recente, o que ajudou a construir as regiões externas ao halo galáctico. Esse estudo fornece o primeiro entendimento quantitativo de como o número de galáxias perturbadas por esses encontros menores se alteraram com o tempo”.
Lotz comparou suas imagens de simulação com as fotos de milhares de galáxias feitas pelo Hubble, incluindo a All-Wavelenght Extended Groth Strip International Survey (AEGIS), a Cosmological Evolution Survey (COSMOS) e a Great Observatories Origins Deep Survey (GOODS), bem como fusões identificadas pela pesquisa DEEP2 realizada pelo Observatório W.M. Keck no Havaí. Ela e outros grupos identificaram aproximadamente mil candidatas a fusões a partir dessas pesquisas mas inicialmente encontraram taxas de fusões bem diferentes.
O próximo objetivo é analisar as galáxias que estavam interagindo a aproximadamente 11 bilhões de anos atrás, quando a formação de estrelas através do Universo atingiu seu pico, para ver se a taxa de fusão aumenta juntamente com a taxa de formação estelar. Uma ligação entre essas duas medidas significaria que os encontros entre as galáxias instigaram o rápido nascimento estelar.
sábado, 29 de outubro de 2011
Físicos disparam 60 raios laser para criar estrela artificial
Armas das estrelas
Usando um aparato que em tudo lembra os mais imaginativos cenários de batalhas interestelares, uma equipe de físicos acaba de quebrar um recorde que também só encontra similares nas grandezas espaciais.
Usando 60 raios lasers de alta potência, combinados para atingir uma cápsula minúscula, eles produziram um plasma com condições de densidade de energia extremas.
Essas condições incluem uma pressão de 100 bilhões de atmosferas, uma temperatura de 200 milhões Kelvin e uma densidade 20 vezes maior que a do ouro.
Antes desse super disparo de laser, essas condições só podiam ser encontradas no núcleo de planetas gigantes, como Júpiter e Saturno, ou no interior das estrelas.
Fusão nuclear
O experimento é um dos caminhos rumo à construção de uma "estrela artificial" controlada, onde a fusão nuclear poderá ser explorada para a geração sustentável de energia.
Muitos físicos acreditam que a fusão nuclear a laser seja a melhor saída para essa fonte de energia limpa.
O laboratório Omega Laser Facility, localizado na Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, onde o recorde acaba de ser batido, é um dos que trabalham nesse sentido.
A minúscula cápsula que serve como alvo fica recoberta por um braço triangular que se abre cinco segundos antes do disparo. [Imagem: LLNL]
Estudando as reações nucleares
Os pesquisadores normalmente usam aceleradores para estudar as reações nucleares.
Neste laboratório, a equipe usou uma abordagem diferente, criando um plasma quente e denso, no qual elétrons são arrancados dos átomos para criar uma "sopa" de cargas positivas e negativas - um plasma.
O estado de plasma está presente nas estrelas, nos relâmpagos e até nas lâmpadas fluorescentes - na verdade 99% do universo visível é composto de plasma. Ele é comumente chamado de quarto estado da matéria, depois dos sólidos, líquidos e gases.
Para obter esse plasma, todos os 60 feixes de laser do Laboratório Ômega foram dirigidos simultaneamente para a superfície de uma cápsula de vidro de um milímetro de diâmetro, cheia de isótopos pesados de hidrogênio - deutério e trítio, ou trício.
Os feixes de laser geram um plasma em rápida expansão, de alta temperatura, na superfície da cápsula, fazendo-a implodir.
A extremidade do "canhão", que dispara centenas de kilojoules de laser ultravioleta sobre uma esfera de vidro cheia e trício e deutério. [Imagem: LLNL]
Bilhar atômico
Esta implosão, por sua vez, cria um plasma extremamente quente (100 milhões Kelvin) de íons de deutério e trício, e de elétrons, dentro da cápsula.
Uma pequena fração dos íons de deutério e trício se fundem, um processo que gera um nêutron viajando a um sexto da velocidade da luz, com cerca de 14,1 milhões de elétron-volts de energia - em comparação, a combustão de uma substância química comum, como a madeira ou o carvão, gera cerca de 1 elétron-volt de energia.
Conforme esses nêutrons energizados escapam da cápsula que está implodindo, uma pequena fração colide com os íons de deutério e trício, e dispersa, como bolas de bilhar.
A partir dessas colisões, bastante raras, e da correspondente transferência de energia dos nêutrons para os íons, os pesquisadores podem obter uma medição precisa do processo de fusão nuclear.
Bibliografia:
Measurements of the Differential Cross Sections for the Elastic n-3H and n-2H Scattering at 14.1 MeV by Using an Inertial Confinement Fusion Facility
J. A. Frenje, C. K. Li, F. H. Seguin, D. T. Casey, and R. D. Petrasso, D. P. McNabb, P. Navratil, and S. Quaglioni, T. C. Sangster, V. Yu Glebov, D. D. Meyerhofer
Physical Review Letters
Vol.: 107, 122502
DOI: 10.1103/PhysRevLett.107.122502
Usando um aparato que em tudo lembra os mais imaginativos cenários de batalhas interestelares, uma equipe de físicos acaba de quebrar um recorde que também só encontra similares nas grandezas espaciais.
Usando 60 raios lasers de alta potência, combinados para atingir uma cápsula minúscula, eles produziram um plasma com condições de densidade de energia extremas.
Essas condições incluem uma pressão de 100 bilhões de atmosferas, uma temperatura de 200 milhões Kelvin e uma densidade 20 vezes maior que a do ouro.
Antes desse super disparo de laser, essas condições só podiam ser encontradas no núcleo de planetas gigantes, como Júpiter e Saturno, ou no interior das estrelas.
Fusão nuclear
O experimento é um dos caminhos rumo à construção de uma "estrela artificial" controlada, onde a fusão nuclear poderá ser explorada para a geração sustentável de energia.
Muitos físicos acreditam que a fusão nuclear a laser seja a melhor saída para essa fonte de energia limpa.
O laboratório Omega Laser Facility, localizado na Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, onde o recorde acaba de ser batido, é um dos que trabalham nesse sentido.
A minúscula cápsula que serve como alvo fica recoberta por um braço triangular que se abre cinco segundos antes do disparo. [Imagem: LLNL]
Estudando as reações nucleares
Os pesquisadores normalmente usam aceleradores para estudar as reações nucleares.
Neste laboratório, a equipe usou uma abordagem diferente, criando um plasma quente e denso, no qual elétrons são arrancados dos átomos para criar uma "sopa" de cargas positivas e negativas - um plasma.
O estado de plasma está presente nas estrelas, nos relâmpagos e até nas lâmpadas fluorescentes - na verdade 99% do universo visível é composto de plasma. Ele é comumente chamado de quarto estado da matéria, depois dos sólidos, líquidos e gases.
Para obter esse plasma, todos os 60 feixes de laser do Laboratório Ômega foram dirigidos simultaneamente para a superfície de uma cápsula de vidro de um milímetro de diâmetro, cheia de isótopos pesados de hidrogênio - deutério e trítio, ou trício.
Os feixes de laser geram um plasma em rápida expansão, de alta temperatura, na superfície da cápsula, fazendo-a implodir.
A extremidade do "canhão", que dispara centenas de kilojoules de laser ultravioleta sobre uma esfera de vidro cheia e trício e deutério. [Imagem: LLNL]
Bilhar atômico
Esta implosão, por sua vez, cria um plasma extremamente quente (100 milhões Kelvin) de íons de deutério e trício, e de elétrons, dentro da cápsula.
Uma pequena fração dos íons de deutério e trício se fundem, um processo que gera um nêutron viajando a um sexto da velocidade da luz, com cerca de 14,1 milhões de elétron-volts de energia - em comparação, a combustão de uma substância química comum, como a madeira ou o carvão, gera cerca de 1 elétron-volt de energia.
Conforme esses nêutrons energizados escapam da cápsula que está implodindo, uma pequena fração colide com os íons de deutério e trício, e dispersa, como bolas de bilhar.
A partir dessas colisões, bastante raras, e da correspondente transferência de energia dos nêutrons para os íons, os pesquisadores podem obter uma medição precisa do processo de fusão nuclear.
Bibliografia:
Measurements of the Differential Cross Sections for the Elastic n-3H and n-2H Scattering at 14.1 MeV by Using an Inertial Confinement Fusion Facility
J. A. Frenje, C. K. Li, F. H. Seguin, D. T. Casey, and R. D. Petrasso, D. P. McNabb, P. Navratil, and S. Quaglioni, T. C. Sangster, V. Yu Glebov, D. D. Meyerhofer
Physical Review Letters
Vol.: 107, 122502
DOI: 10.1103/PhysRevLett.107.122502
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Asteroide Lutécia é um fóssil cósmico
O Lutécia é um pequeno mundo, com crateras e montanhas. Os cientistas conseguiram identificar sete regiões morfologicamente distintas em sua superfície.[Imagem: ESA/OSIRIS Team/MPS/UPD/LAM/IAA/RSSD/INTA/UPM/DASP/IDA]
Fóssil cósmico
O asteróide Lutecia (21 Lutetia) é um verdadeiro fóssil cósmico: várias áreas da sua superfície têm cerca de 3,6 bilhões de anos, sendo, portanto, algumas das mais antigas do Sistema Solar.
E sua altíssima densidade - superior à do granito - significa que o Lutécia é um planetesimal, o primeiro estágio de desenvolvimento no caminho de se tornar um planeta.
Estas descobertas foram feitas por uma equipe liderada por astrônomos do Instituto Max Planck, na Alemanha, depois de analisarem as imagens coletas pela sonda espacial Rosetta, que visitou o asteroide Lutécia emm 2010.
Planetesimal e proto-planeta
Cerca de 4,5 bilhões de anos atrás, o Sistema Solar era totalmente diferente do que é hoje: em vez dos oito planetas grandes, havia inicialmente uma nuvem e, mais tarde, um disco de gás e poeira que orbitava o Sol recém-formado.
Esta matéria gradualmente se amalgamou para formar nódulos de formatos irregulares, os chamados planetesimais.
Alguns deles se fundiram até formar rochas ainda maiores, os proto-planetas - embora eles ainda fossem menores do que os planetas de hoje, eles já eram esféricos e tinham uma estrutura interna em camadas.
Mas o espaço é um lugar dinâmico: a maioria dos planetesimais e proto-planetas que não se desenvolverem em planetas se fragmentaram novamente, em consequência de colisões com os planetas e suas luas.
"O Lutetia é uma sorte para nós," diz Holger Sierks, principal autor do estudo. "Só um número muito pequeno de corpos celestes ficou em tal fase precoce de desenvolvimento. Eles nos permitem lançar um olhar para o passado."
Mais denso que o granito
Um outro exemplo é o asteroide Vesta, que a sonda espacial Dawn (Aurora), da NASA, está observando desde julho deste ano. Os pesquisadores conjecturam que o Vesta seja um dos poucos proto-planetas remanescentes.
O Lutécia está permitindo que os cientistas olhem ainda mais para trás - para as próprias origens do sistema solar.
Seu pequeno tamanho, sua forma irregular e, acima de tudo, a sua elevada densidade, apontam para o fato de que ele é de fato um planetesimal.
"A partir das imagens, pudemos agora determinar o volume do Lutécia com muita precisão e, em seguida, a sua densidade", explica Sierks.
Com 3,4 gramas por centímetro cúbico, o planetesimal é consideravelmente mais denso do que o granito.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Fenômeno pinta céu do Canadá de vermelho
Uma luz deslumbrante com tons verdes e vermelhos foi registrada no céu do Canadá na noite de segunda-feira (24) pelo fotógrafo Shawn Malone.
O fenômeno, conhecido como aurora boreal, ocorre pela interação entre o vento solar (correntes de partículas eletricamente carregadas emitidas pelo Sol) e moléculas de gás existentes na atmosfera da Terra. Quando as partículas de vento solar atingem a Terra, são atraídas pelo campo magnético do nosso planeta e se deslocam para os polos, onde se chocam com moléculas de regiões altas da atmosfera.
O processo faz com que seja emitida uma forte luz, que pode ser vista a olho nu. Aurora boreal é o nome que esse fenômeno recebe quando acontece próximo ao polo Norte. No Polo Sul é chamado de aurora austral.
Motor Platz nutzt, Krypton als Brennstoff
Krypton
Elektrischer Antrieb ist buchstäblich auf dem Vormarsch, wie Technologie verbessert wird und Gewinne in Sicherheit.
Und polnische Wissenschaftler haben gerade einen neuen Impuls zu dieser sogenannten Ionen-Triebwerke.
Die meisten der Ionentriebwerke verwenden Xenon-Gas, das sehr wirksam, aber extrem teuer ist.
Dr. Jacek Kurzyna und seine Kollegen haben nun gelungen, die viel häufiger Xenon und Krypton-Gas billiger zu ersetzen.
Ion Motors
Um eine Rakete von der Oberfläche und nehmen Sie es auf den Raum, hat mit chemischem Antrieb keine Rivalen.Im Weltraum hingegen, wo der Luftwiderstand vernachlässigbar ist, ist es möglich, Technologien, die einen viel kleineren Auftrieb erzeugen zu verwenden, aber es kann weitermachen Monate oder Jahre.Deshalb ist die Ionentriebwerke werden zunehmend für die Lageregelung, Transfer Bahnen oder auch als Hauptantrieb benutzt, wie es der Fall von SMART-1 Mondsonde der ESA und der Dawn-Sonde, NASA, die kürzlich über den Asteroiden Vesta fliegen.Es gibt mehrere elektrische Antriebstechnologien, sowohl als Ion-basierte Nanopartikel.
Elektromotor-Hall-Effekt
Der Ionen-Motor ist auf dem polnischen Forscher der sogenannten Hall-Effekt, der das Gas wandelt sich in ein Plasma und produziert Schub durch eine externe Quelle für Strom, typischerweise Solarzellen basieren.In einem Motor-Hall-Effekt, der Plasma-Teilchen - Ionen und Elektronen - werden elektrisch aufgeladen und kann dann durch ein elektrisches Feld auf hohe Geschwindigkeiten, die Reihenfolge der 15 bis 30 Kilometern pro Sekunde (km / s) beschleunigt werden.Zum Vergleich, die Abgase durch einen herkömmlichen chemischen Rakete, entweder in fester oder flüssiger Kraftstoff, nicht mehr von 4 km / s.Und, wie die Ionen-Motor für viel längere Zeiträume ausgeführt werden können, weil es eine kleine Menge Kraftstoff erfordert, kann die Sonde kontinuierlich beschleunigt werden und erreicht sehr hohe Geschwindigkeiten.
Motor Krypton
Die neue Ionen-Engine verwendet Krypton als Treibgas, das etwa 10 mal weniger Xenon als die traditionell verwendeten Kosten.Obwohl höhere Energie benötigt, um Krypton-Ionen zu erzeugen, sind sie leichter als Xenon-Ionen, die geringere Beschleunigung Spannungen auf die gleiche Geschwindigkeit zu erreichen erfordert."Wir mussten die Konfiguration des magnetischen Feldes und des magnetischen Kreises richtigen neu zu gestalten. Einige Elemente mussten neu aufgebaut, um die höhere Hitze zu widerstehen", sagte Dariusz Danika, ein Teammitglied.Der neue Motor Krypton-Ionen wiegt 5 kg und arbeitet mit einer Leistung von etwa 1 Kilowatt, was ihn in die Kategorie der mittleren Leistung - der Motor der Mondsonde SMART-1 zum Beispiel, die Xenon verwendet, hatten eine Rendite unterhalb von 2 kW.Die neue Technologie soll noch andere Anwendungen, da Plasma-Beschleuniger routinemäßig in vielen industriellen Prozessen eingesetzt werden, zum Beispiel zur Reinigung von Oberflächen oder zum Aufbringen von dünnen Schichten, eine Technik, die für die Herstellung von Sonnenkollektoren.
Elektrischer Antrieb ist buchstäblich auf dem Vormarsch, wie Technologie verbessert wird und Gewinne in Sicherheit.
Und polnische Wissenschaftler haben gerade einen neuen Impuls zu dieser sogenannten Ionen-Triebwerke.
Die meisten der Ionentriebwerke verwenden Xenon-Gas, das sehr wirksam, aber extrem teuer ist.
Dr. Jacek Kurzyna und seine Kollegen haben nun gelungen, die viel häufiger Xenon und Krypton-Gas billiger zu ersetzen.
Ion Motors
Um eine Rakete von der Oberfläche und nehmen Sie es auf den Raum, hat mit chemischem Antrieb keine Rivalen.Im Weltraum hingegen, wo der Luftwiderstand vernachlässigbar ist, ist es möglich, Technologien, die einen viel kleineren Auftrieb erzeugen zu verwenden, aber es kann weitermachen Monate oder Jahre.Deshalb ist die Ionentriebwerke werden zunehmend für die Lageregelung, Transfer Bahnen oder auch als Hauptantrieb benutzt, wie es der Fall von SMART-1 Mondsonde der ESA und der Dawn-Sonde, NASA, die kürzlich über den Asteroiden Vesta fliegen.Es gibt mehrere elektrische Antriebstechnologien, sowohl als Ion-basierte Nanopartikel.
Elektromotor-Hall-Effekt
Der Ionen-Motor ist auf dem polnischen Forscher der sogenannten Hall-Effekt, der das Gas wandelt sich in ein Plasma und produziert Schub durch eine externe Quelle für Strom, typischerweise Solarzellen basieren.In einem Motor-Hall-Effekt, der Plasma-Teilchen - Ionen und Elektronen - werden elektrisch aufgeladen und kann dann durch ein elektrisches Feld auf hohe Geschwindigkeiten, die Reihenfolge der 15 bis 30 Kilometern pro Sekunde (km / s) beschleunigt werden.Zum Vergleich, die Abgase durch einen herkömmlichen chemischen Rakete, entweder in fester oder flüssiger Kraftstoff, nicht mehr von 4 km / s.Und, wie die Ionen-Motor für viel längere Zeiträume ausgeführt werden können, weil es eine kleine Menge Kraftstoff erfordert, kann die Sonde kontinuierlich beschleunigt werden und erreicht sehr hohe Geschwindigkeiten.
Motor Krypton
Die neue Ionen-Engine verwendet Krypton als Treibgas, das etwa 10 mal weniger Xenon als die traditionell verwendeten Kosten.Obwohl höhere Energie benötigt, um Krypton-Ionen zu erzeugen, sind sie leichter als Xenon-Ionen, die geringere Beschleunigung Spannungen auf die gleiche Geschwindigkeit zu erreichen erfordert."Wir mussten die Konfiguration des magnetischen Feldes und des magnetischen Kreises richtigen neu zu gestalten. Einige Elemente mussten neu aufgebaut, um die höhere Hitze zu widerstehen", sagte Dariusz Danika, ein Teammitglied.Der neue Motor Krypton-Ionen wiegt 5 kg und arbeitet mit einer Leistung von etwa 1 Kilowatt, was ihn in die Kategorie der mittleren Leistung - der Motor der Mondsonde SMART-1 zum Beispiel, die Xenon verwendet, hatten eine Rendite unterhalb von 2 kW.Die neue Technologie soll noch andere Anwendungen, da Plasma-Beschleuniger routinemäßig in vielen industriellen Prozessen eingesetzt werden, zum Beispiel zur Reinigung von Oberflächen oder zum Aufbringen von dünnen Schichten, eine Technik, die für die Herstellung von Sonnenkollektoren.
O distante Éris é gêmeo de Plutão
Em Novembro de 2010 o distante planeta anão Éris passou em frente de uma estrela de fundo de luminosidade baixa, num acontecimento denominado ocultação.
Fonte: ESO
Estes eventos são muito raros e difíceis de observar, uma vez que o planeta anão se encontra muito longe e é muito pequeno. O próximo acontecimento do gênero envolvendo Éris será apenas em 2013. As ocultações oferecem-nos a maneira mais precisa, e muitas vezes a única maneira, de medir o tamanho e estimar a forma de corpos muito distantes do Sistema Solar.
A estrela candidata a ocultação foi identificada ao serem estudadas imagens obtidas com o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros instalado no Observatório de La Silla do ESO. As observações foram planejadas cuidadosamente e levadas a cabo por uma equipe internacional de astrônomos de várias universidades (principalmente da França, Bélgica, Espanha e Brasil), que utilizaram, entre outros, o telescópio robótico TRAPPIST (sigla do inglês TRAnsiting Planets and PlanetesImals Small Telescope), também instalado em La Silla.
“Observar ocultações de pequenos corpos do Sistema Solar situados para além de Netuno requer grande precisão e planejamento. Esta é a melhor maneira de medir o tamanho de Éris, além de ir até lá, é claro!” explica Bruno Sicardy, o autor principal do trabalho, que será publicado na revista Nature.
As observações da ocultação foram feitas em 26 locais diferentes espalhados por toda a Terra e que se encontravam na trajetória prevista da sombra do planeta anão - incluindo alguns telescópios de observatórios amadores. No entanto, só foi possível observar o evento diretamente em dois lugares apenas, ambos situados no Chile: um no Observatório de La Silla do ESO com o telescópio TRAPPIST e o outro em São Pedro de Atacama, onde se utilizaram dois telescópios (Caisey Harlingten e ASH2). Os três telescópios registaram uma diminuição do brilho da estrela distante correspondente à altura em que Éris bloqueou a sua radiação.
As observações combinadas dos dois locais chilenos indicam que Éris tem uma forma praticamente esférica. Estas medições são bastante precisas no que dizem respeito à forma e ao tamanho do objeto, mas apenas se não tiverem sido distorcidas pela presença de montanhas altas, o que dificilmente existirá num corpo gelado tão grande.
Éris foi identificado como sendo um objeto grande situado no Sistema Solar exterior em 2005. A sua descoberta foi um dos motivos que levou à criação de uma nova classe de objetos chamados planetas anões e à reclassificação de Plutão de planeta para planeta anão em 2006. Éris encontra-se atualmente três vezes mais longe do Sol do que Plutão.
Embora observações anteriores utilizando métodos diferentes sugerissem que Éris era provavelmente 25% maior do que Plutão, com uma estimativa para o diâmetro de 3.000 quilômetros, este novo estudo prova que os dois objetos têm essencialmente o mesmo tamanho. O novo diâmetro calculado para Éris é de 2.326 quilômetros com uma precisão de 12 quilômetros, o que torna o seu tamanho melhor conhecido que o de Plutão, que tem um diâmetro estimado entre 2.300 e 2.400 quilômetros. O diâmetro de Plutão é mais difícil de medir devido à presença de uma atmosfera que torna impossível detectar diretamente a sua borda utilizando ocultações. O movimento do satélite de Éris, Disnomia, foi utilizado para estimar a massa de Éris. Descobriu-se que Éris é 27% mais pesado do que Plutão. A massa de Éris é 1,66 x 1022 kg, o que corresponde a 22% da massa da Lua.
A estrela candidata a ocultação foi identificada ao serem estudadas imagens obtidas com o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros instalado no Observatório de La Silla do ESO. As observações foram planejadas cuidadosamente e levadas a cabo por uma equipe internacional de astrônomos de várias universidades (principalmente da França, Bélgica, Espanha e Brasil), que utilizaram, entre outros, o telescópio robótico TRAPPIST (sigla do inglês TRAnsiting Planets and PlanetesImals Small Telescope), também instalado em La Silla.
“Observar ocultações de pequenos corpos do Sistema Solar situados para além de Netuno requer grande precisão e planejamento. Esta é a melhor maneira de medir o tamanho de Éris, além de ir até lá, é claro!” explica Bruno Sicardy, o autor principal do trabalho, que será publicado na revista Nature.
As observações da ocultação foram feitas em 26 locais diferentes espalhados por toda a Terra e que se encontravam na trajetória prevista da sombra do planeta anão - incluindo alguns telescópios de observatórios amadores. No entanto, só foi possível observar o evento diretamente em dois lugares apenas, ambos situados no Chile: um no Observatório de La Silla do ESO com o telescópio TRAPPIST e o outro em São Pedro de Atacama, onde se utilizaram dois telescópios (Caisey Harlingten e ASH2). Os três telescópios registaram uma diminuição do brilho da estrela distante correspondente à altura em que Éris bloqueou a sua radiação.
As observações combinadas dos dois locais chilenos indicam que Éris tem uma forma praticamente esférica. Estas medições são bastante precisas no que dizem respeito à forma e ao tamanho do objeto, mas apenas se não tiverem sido distorcidas pela presença de montanhas altas, o que dificilmente existirá num corpo gelado tão grande.
Éris foi identificado como sendo um objeto grande situado no Sistema Solar exterior em 2005. A sua descoberta foi um dos motivos que levou à criação de uma nova classe de objetos chamados planetas anões e à reclassificação de Plutão de planeta para planeta anão em 2006. Éris encontra-se atualmente três vezes mais longe do Sol do que Plutão.
Embora observações anteriores utilizando métodos diferentes sugerissem que Éris era provavelmente 25% maior do que Plutão, com uma estimativa para o diâmetro de 3.000 quilômetros, este novo estudo prova que os dois objetos têm essencialmente o mesmo tamanho. O novo diâmetro calculado para Éris é de 2.326 quilômetros com uma precisão de 12 quilômetros, o que torna o seu tamanho melhor conhecido que o de Plutão, que tem um diâmetro estimado entre 2.300 e 2.400 quilômetros. O diâmetro de Plutão é mais difícil de medir devido à presença de uma atmosfera que torna impossível detectar diretamente a sua borda utilizando ocultações. O movimento do satélite de Éris, Disnomia, foi utilizado para estimar a massa de Éris. Descobriu-se que Éris é 27% mais pesado do que Plutão. A massa de Éris é 1,66 x 1022 kg, o que corresponde a 22% da massa da Lua.
Combinando este resultado com o diâmetro estimou-se que a densidade de Éris é de 2,52 gramas por cm3. Para comparação a densidade da Lua é 3,3 gramas por cm3 e a da água é de 1,0 grama por cm3.
“Esta densidade significa que Éris é provavelmente um grande corpo rochoso coberto por um manto relativamente fino de gelo,” comenta Emmanuel Jehin, que participou neste trabalho. O valor da densidade sugere que Éris é composto principalmente por rocha (85%), com uma pequena quantidade de gelo (15%). Este último encontra-se provavelmente numa camada com cerca de 100 km de espessura rodeando o enorme núcleo rochoso. Esta camada muito grossa composta principalmente por gelo de água não deve ser confundida com a camada muito fina de atmosfera gelada existente à superfície de Éris e que o torna tão refletor.
Descobriu-se que a superfície de Éris é muito refletora, refletindo 96% da luz que lhe chega (albedo visível de 0,96). O albedo de um objeto representa a fração de luz que chega à sua superfície e que é refletida de volta ao espaço em vez de ser absorvida. Um albedo de 1 corresponde a uma superfície branca de reflexão perfeita, enquanto que 0 será a total absorção da cor preta. Para comparação, o albedo da Lua é de apenas 0,136, semelhante ao do carvão. O albedo de Éris corresponde a uma superfície ainda mais brilhante do que neve fresca na Terra, o que torna Éris um dos objetos do Sistema Solar mais refletores, simultaneamente com a lua gelada de Saturno, Enceladus. A superfície brilhante de Éris é muito provavelmente composta por uma mistura de gelo rico em nitrogênio e metano gelado - como nos indica o espectro do planeta anão - que cobre todo o planeta anão com uma camada de gelo fina muito refletora com menos de um milímetro de espessura.
“Esta camada de gelo pode ter resultado da condensação em gelo da atmosfera de nitrogênio ou metano do planeta anão, que atinge a superfície à medida que o planeta anão se afasta do Sol ao longo da sua órbita alongada e entra cada vez mais num ambiente frio,” acrescenta Jehin. O gelo pode posteriormente voltar a transformar-se em gás à medida que Éris se aproxima do ponto mais próximo do Sol, a uma distância de cerca de 5,7 bilhões de quilômetros.
Com os novos resultados a equipe pôde também estimar a temperatura à superfície do planeta anão, obtendo um resultado de no máximo -238º Celsius para a superfície iluminada pelo Sol e menos ainda para o lado noturno de Éris.
“É extraordinário o quanto podemos aprender sobre um objeto distante pequeno como Éris quando o observamos passando em frente de uma estrela tênue, utilizando telescópios relativamente pequenos. Cinco anos depois da criação da nova classe dos planetas anões estamos finalmente conhecendo bem um dos seus membros fundadores,” conclui Bruno Sicardy.
“Esta densidade significa que Éris é provavelmente um grande corpo rochoso coberto por um manto relativamente fino de gelo,” comenta Emmanuel Jehin, que participou neste trabalho. O valor da densidade sugere que Éris é composto principalmente por rocha (85%), com uma pequena quantidade de gelo (15%). Este último encontra-se provavelmente numa camada com cerca de 100 km de espessura rodeando o enorme núcleo rochoso. Esta camada muito grossa composta principalmente por gelo de água não deve ser confundida com a camada muito fina de atmosfera gelada existente à superfície de Éris e que o torna tão refletor.
Descobriu-se que a superfície de Éris é muito refletora, refletindo 96% da luz que lhe chega (albedo visível de 0,96). O albedo de um objeto representa a fração de luz que chega à sua superfície e que é refletida de volta ao espaço em vez de ser absorvida. Um albedo de 1 corresponde a uma superfície branca de reflexão perfeita, enquanto que 0 será a total absorção da cor preta. Para comparação, o albedo da Lua é de apenas 0,136, semelhante ao do carvão. O albedo de Éris corresponde a uma superfície ainda mais brilhante do que neve fresca na Terra, o que torna Éris um dos objetos do Sistema Solar mais refletores, simultaneamente com a lua gelada de Saturno, Enceladus. A superfície brilhante de Éris é muito provavelmente composta por uma mistura de gelo rico em nitrogênio e metano gelado - como nos indica o espectro do planeta anão - que cobre todo o planeta anão com uma camada de gelo fina muito refletora com menos de um milímetro de espessura.
“Esta camada de gelo pode ter resultado da condensação em gelo da atmosfera de nitrogênio ou metano do planeta anão, que atinge a superfície à medida que o planeta anão se afasta do Sol ao longo da sua órbita alongada e entra cada vez mais num ambiente frio,” acrescenta Jehin. O gelo pode posteriormente voltar a transformar-se em gás à medida que Éris se aproxima do ponto mais próximo do Sol, a uma distância de cerca de 5,7 bilhões de quilômetros.
Com os novos resultados a equipe pôde também estimar a temperatura à superfície do planeta anão, obtendo um resultado de no máximo -238º Celsius para a superfície iluminada pelo Sol e menos ainda para o lado noturno de Éris.
“É extraordinário o quanto podemos aprender sobre um objeto distante pequeno como Éris quando o observamos passando em frente de uma estrela tênue, utilizando telescópios relativamente pequenos. Cinco anos depois da criação da nova classe dos planetas anões estamos finalmente conhecendo bem um dos seus membros fundadores,” conclui Bruno Sicardy.
Quatro luas ao redor dos anéis de Saturno
O planeta Saturno possui 62 luas identificadas. Onde está a quarta lua de Saturno visível na imagem abaixo?
© NASA/Cassini (quatro luas ao redor dos anéis de Saturno)
© NASA/Cassini (quatro luas ao redor dos anéis de Saturno)
A lua no fundo da imagem é Titã, a maior lua de Saturno e uma das maiores do Sistema Solar. A feição escura que cruza o topo desse mundo que está eternamente coberto por nuvens é a calota polar norte. A segunda lua mais óbvia na imagem acima é Dione, visível em primeiro plano, Dione é um satélite que aparece repleto de crateras e com longos abismos de gelo. À esquerda da imagem pode-se ver alguns anéis de Saturno, incluindo o Anel A que apresenta a escura Falha de Encke. Mais a direita, fora dos anéis está Pandora, um satélite que tem apenas 80 km de diâmetro que contribui para alterar o Anel F de Saturno.
Se você olhar com cuidado dentro da Falha de Encke poderá encontrar a quarta lua de Saturno na imagem acima, denominada Pan. Embora seja a menor lua de Saturno com apenas 35 km de diâmetro, Pan é massiva o suficiente para ajudar a manter a Falha de Encke relativamente livre de partículas dos anéis.
Fonte: NASA
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Nova geração de radiotelescópios vai ouvir os céus
Ouvindo os céus
Poucas áreas de pesquisas têm atraído tanto a atenção do público nos últimos anos quanto a astronomia, a astrofísica e a cosmologia.
Se, há poucos anos, o Instituto SETI já conseguia capturar a imaginação com sua busca por sinais de vida extraterrestre, esse interesse aumentou muito com a descoberta dos planetas extrasolares.
Os cientistas também precisam de equipamentos cada vez mais potentes, não apenas pararefinar suas teorias, mas sobretudo para tentar unificá-las.
Este é o objetivo de uma nova geração de radiotelescópios que começa a surgir.
Ao contrário dos telescópios, que olham e enxergam os céus em diversos comprimentos de onda, o papel dos radiotelescópios é diferente: eles querem ouvir os céus, e ouvir todas as "estações celestes".
FAST
Em janeiro de 2010 começou a construção daquele que será o maior radiotelescopio do mundo.
O FAST (Five-hundred-metre Aperture Spherical Telescope) - radiotelescópio de abertura esférica de quinhentos metros - está sendo erguido na província de Guizhou, no sul da China.
A gigantesca antena, que será a maior da Terra, será formada por 4.400 painéis de alumínio triangulares, com um sistema de motores para alterar a forma de sua superfície reflexiva, permitindo que o FAST faça varreduras de grandes áreas do céu.
Quando pronto, em 2016, ele vai superar o famoso Observatório de Arecibo, em Porto Rico, cuja antena tem "apenas" 305 metros.
ALMA
O ALMA (Atacama Large Millimeter Array) impressiona por ser um radiotelescópio flexível, formado por antenas que podem ser movidas para formar diferentes redes de observação.
Ele será também o observatório terrestre instalado na maior altitude - 5.500 metros, no deserto de Atacama, no Chile.
O ALMA já fez suas primeiras observações científicas , mesmo contando com apenas um terço das suas 66 antenas.
Quando pronto, essas antenas poderão ser espaçadas em uma área de até 16 quilômetros quadrados, permitindo a captura de comprimentos de onda do milímetro e submilímetro, aproximadamente mil vezes maiores do que os comprimentos de onda da radiação visível.
LOFAR
O LOFAR (LOw Frequency ARray) também vai fazer estudos na faixa das ondas de rádio com grandes comprimentos de onda, pouquíssimo estudadas até hoje.
A radiação refletida pelo hidrogênio que existia quando da formação das primeiras estrelas e galáxias que se formaram chegam à Terra nesses comprimentos de onda.
O LOFAR está sendo instalado primariamente na Holanda, mas se espalha por vários países europeus.
A antena virtual do LOFAR atingirá um diâmetro de até 1.000 quilômetros quadrados. Só que, em vez de um prato gigantesco, serão 2.500 antenas dipolo espalhadas pela Europa, em uma bonita formação em caracol.
LWA
Como o LOFAR, o LWA (Long Wavelength Array) também observará o Universo nas radiofrequências de grandes comprimentos de onda.
Ele já começou suas primeiras observações científicas, mesmo ainda não estando pronto.
Em instalação no estado do Novo México, nos Estados Unidos, o LWA já possui 50 das suas 53 estações previstas, embora ainda incompletas.
É que cada estação possuirá 256 antenas, totalizando mais de 13.000 antenas, espalhadas em uma área de 400 quilômetros de diâmetro.
O LWA tem interesse direto nos planetas extrassolares - ou exoplanetas. Mas, como os comprimentos de onda que ele vai observar quase não foram estudados: os cientistas estão abertos a novas experiências:
"Como a natureza é mais esperta do que nós, é bem possível que venhamos a descobrir algo sobre o que nem imaginamos," disse Joseph Lazio, membro da equipe do LWA.
RadioAstron
O RadioAstron é o único da linha de novos radiotelescópios que irá operar no espaço.
Ele acaba de ser lançado, devendo ficar mais perto da Lua do que da Terra.
A princípio, o pequeno observatório espacial não parece digno de fazer companhia para os outros super-radiotelescópios, principalmente quando se olha para sua humilde antena de 10 metros de diâmetro.
Mas a ideia dos astrônomos é colocá-lo para funcionar de forma sincronizada com antenas na Terra, criando um receptor único que será 30 vezes maior do que o nosso planeta.
Na sua melhor configuração, o RadioAstron terá uma resolução 10.000 vezes maior do que a do Telescópio Espacial Hubble, embora olhem para coisas diferentes.
SKA
Com tanta mania de grandeza, o SKA ("Square Kilometre Array") promete tornar-se o maior radiotelescópio do mundo.
Mas, ao contrário dos anteriores, ele ainda está na fase de projeto, e não se espera que se torne realidade antes de 2020.
O núcleo central do radiotelescópio ocupará uma área de um milhão de metros quadrados, mas conterá apenas 20% da área de coleta de informações.
Núcleos menores, cada um com 28 antenas, se espalharão a partir desse centro.
Os núcleos mais externos, formando um conjunto de 5 braços espiralados, estarão a 3.000 quilômetros do centro.
Seus objetivos? A busca por planetas semelhantes à Terra e potenciais sinais de vida extraterrestre, a descoberta dos primeiros objetos que se formaram no Universo, testar as teorias da gravidade e analisar os mistérios da energia escura.
Poucas áreas de pesquisas têm atraído tanto a atenção do público nos últimos anos quanto a astronomia, a astrofísica e a cosmologia.
Se, há poucos anos, o Instituto SETI já conseguia capturar a imaginação com sua busca por sinais de vida extraterrestre, esse interesse aumentou muito com a descoberta dos planetas extrasolares.
Os cientistas também precisam de equipamentos cada vez mais potentes, não apenas pararefinar suas teorias, mas sobretudo para tentar unificá-las.
Este é o objetivo de uma nova geração de radiotelescópios que começa a surgir.
Ao contrário dos telescópios, que olham e enxergam os céus em diversos comprimentos de onda, o papel dos radiotelescópios é diferente: eles querem ouvir os céus, e ouvir todas as "estações celestes".
FAST
Em janeiro de 2010 começou a construção daquele que será o maior radiotelescopio do mundo.
O FAST (Five-hundred-metre Aperture Spherical Telescope) - radiotelescópio de abertura esférica de quinhentos metros - está sendo erguido na província de Guizhou, no sul da China.
A gigantesca antena, que será a maior da Terra, será formada por 4.400 painéis de alumínio triangulares, com um sistema de motores para alterar a forma de sua superfície reflexiva, permitindo que o FAST faça varreduras de grandes áreas do céu.
Quando pronto, em 2016, ele vai superar o famoso Observatório de Arecibo, em Porto Rico, cuja antena tem "apenas" 305 metros.
ALMA
O ALMA (Atacama Large Millimeter Array) impressiona por ser um radiotelescópio flexível, formado por antenas que podem ser movidas para formar diferentes redes de observação.
Ele será também o observatório terrestre instalado na maior altitude - 5.500 metros, no deserto de Atacama, no Chile.
O ALMA já fez suas primeiras observações científicas , mesmo contando com apenas um terço das suas 66 antenas.
Quando pronto, essas antenas poderão ser espaçadas em uma área de até 16 quilômetros quadrados, permitindo a captura de comprimentos de onda do milímetro e submilímetro, aproximadamente mil vezes maiores do que os comprimentos de onda da radiação visível.
LOFAR
O LOFAR (LOw Frequency ARray) também vai fazer estudos na faixa das ondas de rádio com grandes comprimentos de onda, pouquíssimo estudadas até hoje.
A radiação refletida pelo hidrogênio que existia quando da formação das primeiras estrelas e galáxias que se formaram chegam à Terra nesses comprimentos de onda.
O LOFAR está sendo instalado primariamente na Holanda, mas se espalha por vários países europeus.
A antena virtual do LOFAR atingirá um diâmetro de até 1.000 quilômetros quadrados. Só que, em vez de um prato gigantesco, serão 2.500 antenas dipolo espalhadas pela Europa, em uma bonita formação em caracol.
LWA
Como o LOFAR, o LWA (Long Wavelength Array) também observará o Universo nas radiofrequências de grandes comprimentos de onda.
Ele já começou suas primeiras observações científicas, mesmo ainda não estando pronto.
Em instalação no estado do Novo México, nos Estados Unidos, o LWA já possui 50 das suas 53 estações previstas, embora ainda incompletas.
É que cada estação possuirá 256 antenas, totalizando mais de 13.000 antenas, espalhadas em uma área de 400 quilômetros de diâmetro.
O LWA tem interesse direto nos planetas extrassolares - ou exoplanetas. Mas, como os comprimentos de onda que ele vai observar quase não foram estudados: os cientistas estão abertos a novas experiências:
"Como a natureza é mais esperta do que nós, é bem possível que venhamos a descobrir algo sobre o que nem imaginamos," disse Joseph Lazio, membro da equipe do LWA.
RadioAstron
O RadioAstron é o único da linha de novos radiotelescópios que irá operar no espaço.
Ele acaba de ser lançado, devendo ficar mais perto da Lua do que da Terra.
A princípio, o pequeno observatório espacial não parece digno de fazer companhia para os outros super-radiotelescópios, principalmente quando se olha para sua humilde antena de 10 metros de diâmetro.
Mas a ideia dos astrônomos é colocá-lo para funcionar de forma sincronizada com antenas na Terra, criando um receptor único que será 30 vezes maior do que o nosso planeta.
Na sua melhor configuração, o RadioAstron terá uma resolução 10.000 vezes maior do que a do Telescópio Espacial Hubble, embora olhem para coisas diferentes.
SKA
Com tanta mania de grandeza, o SKA ("Square Kilometre Array") promete tornar-se o maior radiotelescópio do mundo.
Mas, ao contrário dos anteriores, ele ainda está na fase de projeto, e não se espera que se torne realidade antes de 2020.
O núcleo central do radiotelescópio ocupará uma área de um milhão de metros quadrados, mas conterá apenas 20% da área de coleta de informações.
Núcleos menores, cada um com 28 antenas, se espalharão a partir desse centro.
Os núcleos mais externos, formando um conjunto de 5 braços espiralados, estarão a 3.000 quilômetros do centro.
Seus objetivos? A busca por planetas semelhantes à Terra e potenciais sinais de vida extraterrestre, a descoberta dos primeiros objetos que se formaram no Universo, testar as teorias da gravidade e analisar os mistérios da energia escura.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
A transformação de uma gigante vermelha
Após 4,5 milhões de anos de vida, um milésimo da idade do Sol, a estrea HD 192163 começou a sua corrida para se tornar uma supernova catastrófica.
Fonte: Daily Galaxy
Astro News
Primeiro ela se expandiu enormemente para se tornar uma gigante vermelha e ejetou suas camadas externas a uma velocidade aproximada de 32.000 quilômetros por hora. Duzentos mil anos depois, a intensa radiação da camada mais interna quente e exposta da estrela começa a empurrar o gás para longe a uma velocidade que excede os 4,8 milhões de quilômetros por hora.
Quando esse vento estelar de alta velocidade se choca com o vento mas lento da gigante vermelha, uma densa concha é formada. Na imagem acima, uma porção da concha é mostrada em vermelho. A força da colisão cria duas ondas de choque, uma que se move para fora desde a densa concha para criar a estrutura em forma de filamentos de cor verde e outra que se move em direção interna para produzir uma bolha com temperatura de milhões de graus Celsius emissora de raios-X, mostrada em azul na imagem. A brilhante emissão de raios-X está próxima da parte mais densa da concha de gás comprimida, indicando que o gás quente está evaporando matéria da concha. A estrela massiva HD 192163 que produziu a nebulosa aparece como um ponto brilhante no centro da imagem.
A estrela HD 192163 provavelmente explodirá como uma supernova em aproximadamente cem mil anos. Essa imagem permite que os astrônomos possam determinar a massa, a energia, e a composição da concha gasosa ao redor da estrela antes de virar uma supernova. Um entendimento sobre esses ambientes fornece dados importantes para que se possam interpretar observações de supernovas e de suas partes remanescentes.
A imagem acima é uma composição de dados de raios-X (azul) e óptico (vermelho e verde) e revela dramáticos detalhes de uma porção da conhecida Nebulosa Crescente uma gigantesca concha gasosa criada por poderosos ventos que tem suas origens na massiva estrela HD 192163.
Fonte: Daily Galaxy
Astro News
Um X na Via Láctea?
A concentração de estrelas luminosas no centro das galáxias espirais costuma originar uma estrutura de forma ovalada que lembra uma bola de futebol americano, o bojo galáctico.
© ESO (imagem da Via Láctea com um X desenhado em seu centro)
© ESO (imagem da Via Láctea com um X desenhado em seu centro)
Mas o acúmulo de matéria no coração da Via Láctea pode ter gerado um bojo de contornos pouco usuais, marcado por duas barras estelares (e não apenas uma) que se cruzam e delineiam um X. Essa conclusão, controversa, é defendida pelo astrofísico brasileiro Roberto Saito, da Pontifícia Universidade Católica do Chile, e colegas chilenos, europeus e americanos num artigo publicado na revista científica The Astronomical Journal. “Dependendo de como observamos a galáxia, vemos uma barra tridimensional que se divide em duas, formando um X ou até um K”, diz Saito. “São duas barras na diagonal, uma principal e outra secundária.” De acordo com a técnica usada pelos pesquisadores para estudar a composição do bojo, o X atravessa a região mais central da Via Láctea e suas pontas são visíveis entre três e oito graus tanto acima como abaixo do plano do disco galáctico.
Para mapear o interior do bojo da Via Láctea, o trabalho de Saito analisou dados coletados em três comprimentos de ondas do infravermelho por um levantamento de todo o céu visível nos hemisférios Norte e Sul realizado entre o final dos anos 1990 e a primeira metade da década passada, o projeto 2Mass. Em meio a essa avalanche de informações, os astrofísicos procuraram especificamente a localização de um tipo de estrela luminosa rica em metais, as red clumps giants, que são usadas para inferir distâncias astronômicas e também como traçadoras de certas estruturas de galáxias. A distribuição dessas estrelas num mapa que divide o bojo da Via Láctea em 170 setores quadrados deu forma à dupla barra cruzada no centro da galáxia. Desde o início do ano 2010 um novo levantamento no infravermelho próximo tem monitorado a região central de nossa galáxia com o telescópio Vista, instalado no Chile e operado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO). Os resultados preliminares dessa iniciativa corroboram aparentemente a hipótese da existência de uma estrutura em X no coração da Via Láctea, segundo Saito.
Desde meados dos anos 1990, os astrofísicos desconfiam de que a Via Láctea, como dois terços das galáxias espirais, apresenta uma barra em seu bojo, cuja extensão total deve equivaler a algo entre 15% e 20% do diâmetro da galáxia. Na década passada, a suspeita se tornou uma certeza e hoje as discussões giram em torno das características dessas barras. Se as conclusões do estudo estiverem corretas, o bojo da Via Láctea não é o primeiro a esconder duas barras de estrelas brilhantes na forma de um X. As NGC 128, 3625, 4469 e 4710 são exemplos de galáxias cuja região central também pode ser assim.
Para mapear o interior do bojo da Via Láctea, o trabalho de Saito analisou dados coletados em três comprimentos de ondas do infravermelho por um levantamento de todo o céu visível nos hemisférios Norte e Sul realizado entre o final dos anos 1990 e a primeira metade da década passada, o projeto 2Mass. Em meio a essa avalanche de informações, os astrofísicos procuraram especificamente a localização de um tipo de estrela luminosa rica em metais, as red clumps giants, que são usadas para inferir distâncias astronômicas e também como traçadoras de certas estruturas de galáxias. A distribuição dessas estrelas num mapa que divide o bojo da Via Láctea em 170 setores quadrados deu forma à dupla barra cruzada no centro da galáxia. Desde o início do ano 2010 um novo levantamento no infravermelho próximo tem monitorado a região central de nossa galáxia com o telescópio Vista, instalado no Chile e operado pelo Observatório Europeu do Sul (ESO). Os resultados preliminares dessa iniciativa corroboram aparentemente a hipótese da existência de uma estrutura em X no coração da Via Láctea, segundo Saito.
Desde meados dos anos 1990, os astrofísicos desconfiam de que a Via Láctea, como dois terços das galáxias espirais, apresenta uma barra em seu bojo, cuja extensão total deve equivaler a algo entre 15% e 20% do diâmetro da galáxia. Na década passada, a suspeita se tornou uma certeza e hoje as discussões giram em torno das características dessas barras. Se as conclusões do estudo estiverem corretas, o bojo da Via Láctea não é o primeiro a esconder duas barras de estrelas brilhantes na forma de um X. As NGC 128, 3625, 4469 e 4710 são exemplos de galáxias cuja região central também pode ser assim.
O problema é que, por estarmos dentro do objeto a ser observado, algumas características da Via Láctea são mais difíceis de serem flagradas do que as propriedades de galáxias vizinhas. Para tornar as coisas ainda mais difíceis, nosso ângulo de visão da Via Láctea não é dos melhores. Outro empecilho é a existência de grãos de poeira em meio aos gases que formam o espaço entre as estrelas. Essas finas partículas absorvem e espalham as radiações emitidas pelos astros em diversos comprimentos de onda, principalmente no da luz visível e ultravioleta, e criam um fenômeno conhecido como extinção. Certas regiões da galáxia, como o bojo, acabam então se tornando virtualmente inacessíveis aos telescópios ópticos. As observações feitas no infravermelho sofrem menos interferências da poeira interestelar. Por isso são muito usadas em trabalhos sobre a Via Láctea.
Não há consenso sobre a natureza do bojo da Via Láctea entre os especialistas que estudam a estrutura da galáxia. Jacques Lépine, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), é cético com relação à possibilidade de haver um X no centro de Via Láctea. Prefere acreditar que dificuldades em corrigir a interferência do fenômeno da extinção no trabalho de Saito poderiam explicar o X da questão. “A dinâmica caótica das estrelas velhas (amareladas) que constituem o bojo não permitiria que tal estrutura sobrevivesse”, afirma Lépine. “Em outras galáxias, em que é mais fácil visualizar o bojo, vemos no máximo uma estrutura num formato de caixa.”
Para Lépine, a Via Láctea tem apenas uma barra, que se encontra quase alinhada com o centro da galáxia e o Sol.
Seu colega no IAG-USP, Augusto Damineli, tem uma opinião diferente. “O X no bojo da Via Láctea parece ser um resultado bem robusto, embora o mapeamento da galáxia precise ser refinado”, diz ele. “Outras galaxias têm uma estrutura desse tipo, que aparece nos trabalhos científicos como resultado de simulações numéricas.” Não há uma explicação simples para a existência de bojos com formato em X, segundo Damineli. Se o centro da Via Láctea abrigar mesmo uma estrutura formada por duas barras que se cruzam e criam uma concentração de estrelas com contornos semelhantes à letra do alfabeto, o uso do próprio termo bojo, que remete automaticamente a formas arredondadas, pode se tornar inadequado para descrever a região central de algumas galáxias.
Seu colega no IAG-USP, Augusto Damineli, tem uma opinião diferente. “O X no bojo da Via Láctea parece ser um resultado bem robusto, embora o mapeamento da galáxia precise ser refinado”, diz ele. “Outras galaxias têm uma estrutura desse tipo, que aparece nos trabalhos científicos como resultado de simulações numéricas.” Não há uma explicação simples para a existência de bojos com formato em X, segundo Damineli. Se o centro da Via Láctea abrigar mesmo uma estrutura formada por duas barras que se cruzam e criam uma concentração de estrelas com contornos semelhantes à letra do alfabeto, o uso do próprio termo bojo, que remete automaticamente a formas arredondadas, pode se tornar inadequado para descrever a região central de algumas galáxias.
Fonte: FAPESP e The Astronomical Journal
O mistério das estrelas ‘vampiras’
Um tipo de estrela que não deveria existir pode ter sido finalmente entendido por astrônomos em um estudo recente.
Fonte: Nature
© NOAA (aglomerado NGC 188 com as estrelas vampiras circuladas
Entre os cientistas elas são conhecidas oficialmente como “retardatárias azuis”, mas têm o apelido de “estrelas vampiras”, por parecem mais jovens do que são.
Esses astros se destacam por parecem mais quentes e jovens do que seus vizinhos, embora tenham sido formados mais ou menos na mesma época que eles.
Estava claro para os cientistas que essas estrelas tinham mais energia do que as outras. O mistério era como isso acontecia: se através de colisões com a vizinhança ou por meio da captura de energia.
Agora, a equipe de Aaron Geller e Robert Mathieu descartou a possibilidade de colisões, ou seja, as estrelas vampiras roubariam a energia de outras para ficarem mais jovens.
A maioria delas, segundo o grupo, é parte de um sistema binário. O difícil é ver a companheira, pois uma vez que a vampira suga sua energia, o brilho fica muito fraco para ser detectado por telescópios.
A dupla pretende agora usar o telescópio espacial Hubble para confirmar seus achados.
domingo, 23 de outubro de 2011
Exoplaneta ou estrela? Objeto celeste mais frio já fotografado
Planeta ou estrela morta?
Astrônomos fotografaram diretamente uma estrela anã-marrom e sua companheira - algo entre um exoplaneta e uma estrela morta - que tem uma temperatura similar à de um deserto na Terra.
"Este companheiro tipo planetário é o objeto mais frio já fotografado diretamente fora do nosso Sistema Solar," garante Kevin Luhman, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Os cientistas ainda discutem se podem catalogar o objeto celeste como um exoplaneta.
"Sua massa é semelhante à de muitos planetas extrassolares - de seis a nove vezes a massa de Júpiter - mas, em outros aspectos, ele é mais parecido com uma estrela," diz Luhman.
Em tese, o corpo celeste seria uma pequena estrela extremamente fria.
Estrelas frias
Há poucos meses, astrônomos identificaram as estrelas mais frias do universo, mas elas não foram fotografadas diretamente, como agora.
A candidata a estrela mais fria até agora estudada tem a temperatura similar à de uma xícara de café.
A estrela agora fotografada é chamada WD 0806-661 B, representada na ilustração orbitando sua companheira também muito fria para uma estrela, uma anã-marrom, o núcleo colapsado de uma estrela que está morrendo.
Os astrônomos calcularam a temperatura dessa "estrela planetária" entre 26 e 70 graus Celsius.
Foto em infravermelho do objeto celeste mais frio já visto diretamente - à esquerda, marcado como "cold companion" (companheiro frio). . [Imagem: Luhman et al.]
Astrônomos fotografaram diretamente uma estrela anã-marrom e sua companheira - algo entre um exoplaneta e uma estrela morta - que tem uma temperatura similar à de um deserto na Terra.
"Este companheiro tipo planetário é o objeto mais frio já fotografado diretamente fora do nosso Sistema Solar," garante Kevin Luhman, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Os cientistas ainda discutem se podem catalogar o objeto celeste como um exoplaneta.
"Sua massa é semelhante à de muitos planetas extrassolares - de seis a nove vezes a massa de Júpiter - mas, em outros aspectos, ele é mais parecido com uma estrela," diz Luhman.
Em tese, o corpo celeste seria uma pequena estrela extremamente fria.
Estrelas frias
Há poucos meses, astrônomos identificaram as estrelas mais frias do universo, mas elas não foram fotografadas diretamente, como agora.
A candidata a estrela mais fria até agora estudada tem a temperatura similar à de uma xícara de café.
A estrela agora fotografada é chamada WD 0806-661 B, representada na ilustração orbitando sua companheira também muito fria para uma estrela, uma anã-marrom, o núcleo colapsado de uma estrela que está morrendo.
Os astrônomos calcularam a temperatura dessa "estrela planetária" entre 26 e 70 graus Celsius.
Foto em infravermelho do objeto celeste mais frio já visto diretamente - à esquerda, marcado como "cold companion" (companheiro frio). . [Imagem: Luhman et al.]
sábado, 22 de outubro de 2011
Já estamos prontos para descartar a teoria do Big Bang?
Teoria de Eddington
Um grupo de físicos portugueses está propondo que o Sol seja usado para testar algumas teorias alternativas à Teoria da Relatividade Geral de Einstein.
Jordi Casanellas e seus colegas da Universidade Técnica de Lisboa afirmam que uma teoria proposta há mais de um século por Arthur Eddington não foi totalmente descartada pelas observações recentes dos neutrinos solares e das ondas acústicas solares.
E, segundo eles, uma variante da teoria de Eddington pode ajudar a resolver algumas das deficiências das teorias atuais.
Problemas da Teoria da Relatividade
A Teoria da Relatividade Geral, que descreve a gravidade como a curvatura do espaço-tempo por corpos celestes de grande massa, tem passado por todos os testes aos quais tem sido submetida ao longo dos anos.
Mas isto não significa que ela não tenha problemas.
Além da bem conhecida dificuldade de unificação com a mecânica quântica e das ainda pendentes explicações para a matéria e a energia escuras, há o problema bem mais sério das singularidades, onde as leis da física simplesmente se esfacelam.
Buracos negros e Big Bang
Em 2010, Máximo Bañados (Universidade Católica do Chile) e Pedro Ferreira (Universidade de Oxford) propuseram uma variante da teoria de Eddington que adiciona um termo gravitacional repulsivo para a teoria da relatividade.
Mas o que parece ser a simples adição de mais um membro a uma equação tem um efeito devastador sobre o entendimento mais geral do cosmo.
Esse termo gravitacional repulsivo não apenas elimina a necessidade das singularidades - ele descarta a formação dos buracos negros e a ideia de que o Universo teria surgido de um Big Bang.
Sol como laboratório
Quando tenta interpretar um campo gravitacional em um vácuo, essa teoria inspirada em Eddington é equivalente à teoria da relatividade. Mas ela prevê efeitos diferentes para a gravidade agindo no interior da matéria.
O lugar ideal para testar essas diferenças seria o interior de estrelas de nêutrons.
Embora se acredite que estrelas de nêutrons possam acordar o vácuo quântico, não se sabe o suficiente a respeito delas para comparar as duas teorias. Por exemplo, recentemente foi encontrada uma estrela de nêutrons cuja existência os astronomos acreditavam ser impossivel .
Entra em cena então a proposta de Casanellas e seus colegas portugueses: usar o Sol.
Mesmo sendo uma fonte de gravidade muito menos extrema do que uma estrela de nêutrons, o funcionamento do interior do Sol já é razoavelmente bem descrito pelos modelos solares.
O grupo de Casanellas calculou que, mesmo em sua forma newtoniana, não-relativística, a teoria derivada de Eddington prevê diferenças quantificáveis nas emissões solares em comparação com a teoria gravitacional padrão, desenvolvida por Einstein.
Constante gravitacional na matéria
O termo gravitacional repulsivo na teoria de Bañados e Ferreira, afirmam eles, seria equivalente a dar um valor diferente para a constante gravitacional no interior da matéria.
E intensidades diferentes da gravidade no interior do Sol devem resultar em diferenças em sua temperatura interna, uma vez que se assume que o Sol está em equilíbrio hidrostático - a pressão para dentro de sua massa é equilibrada pela pressão para fora gerada pelas reações de fusão nuclear em seu interior.
Uma temperatura mais elevada implica uma maior taxa de fusão nuclear, o que, por sua vez, implica em uma maior taxa de emissão de neutrinos solares, algo diretamente mensurável.
E não apenas isso: uma força da gravidade maior no interior do Sol implica em uma variação na sua distribuição de densidade, o que deve modificar a propagação das ondas acústicas em seu interior, o que pode ser medido com as técnicas da heliossismologia.
Todos esses dados já estão disponíveis. Contudo, eles colocam sérias restrições à nova teoria, impondo limites muito estreitos para seus valores.
Mas não a descartam, afirmam os pesquisadores, salientando que os dados apenas colocam limites para a nova teoria.
Um teste mais rigoroso exigiria melhorias nos modelos solares, incluindo a abundância de hélio na superfície do Sol, ou medições mais precisas dos fluxos de neutrinos.
Para apenas fazer o teste já é por si um enorme avanço, demonstrando que nossa estrela - tão pequena em termos cósmicos - pode ser usada para fazer experimentos de teorias com potencial de explicação em termos universais.
Esfera no buraco
Paolo Pani, um dos membros da equipe, sugere um teste alternativo, aqui na Terra mesmo.
Para ele, tanto a teoria derivada de Eddington, quanto outras teorias alternativas da gravidade, poderiam ser testadas medindo a atração gravitacional entre uma esfera de metal inserida em um buraco no solo e a massa da Terra ao seu redor.
A ideia é fazer um buraco onde coubesse apenas a esfera, e nada mais, com uma precisão gigantesca, de forma que a medição mostrasse apenas a intensidade da gravidade no interior da matéria, e não no vazio ao seu redor - no caso, no ar.
Entretanto, o próprio Pani concorda que projetar esse experimento apresenta desafios consideráveis.
Não poderia ser diferente para alguém que tenha a pretensão de desbancar uma das teorias de maior sucesso até hoje.
Um grupo de físicos portugueses está propondo que o Sol seja usado para testar algumas teorias alternativas à Teoria da Relatividade Geral de Einstein.
Jordi Casanellas e seus colegas da Universidade Técnica de Lisboa afirmam que uma teoria proposta há mais de um século por Arthur Eddington não foi totalmente descartada pelas observações recentes dos neutrinos solares e das ondas acústicas solares.
E, segundo eles, uma variante da teoria de Eddington pode ajudar a resolver algumas das deficiências das teorias atuais.
Problemas da Teoria da Relatividade
A Teoria da Relatividade Geral, que descreve a gravidade como a curvatura do espaço-tempo por corpos celestes de grande massa, tem passado por todos os testes aos quais tem sido submetida ao longo dos anos.
Mas isto não significa que ela não tenha problemas.
Além da bem conhecida dificuldade de unificação com a mecânica quântica e das ainda pendentes explicações para a matéria e a energia escuras, há o problema bem mais sério das singularidades, onde as leis da física simplesmente se esfacelam.
Buracos negros e Big Bang
Em 2010, Máximo Bañados (Universidade Católica do Chile) e Pedro Ferreira (Universidade de Oxford) propuseram uma variante da teoria de Eddington que adiciona um termo gravitacional repulsivo para a teoria da relatividade.
Mas o que parece ser a simples adição de mais um membro a uma equação tem um efeito devastador sobre o entendimento mais geral do cosmo.
Esse termo gravitacional repulsivo não apenas elimina a necessidade das singularidades - ele descarta a formação dos buracos negros e a ideia de que o Universo teria surgido de um Big Bang.
Sol como laboratório
Quando tenta interpretar um campo gravitacional em um vácuo, essa teoria inspirada em Eddington é equivalente à teoria da relatividade. Mas ela prevê efeitos diferentes para a gravidade agindo no interior da matéria.
O lugar ideal para testar essas diferenças seria o interior de estrelas de nêutrons.
Embora se acredite que estrelas de nêutrons possam acordar o vácuo quântico, não se sabe o suficiente a respeito delas para comparar as duas teorias. Por exemplo, recentemente foi encontrada uma estrela de nêutrons cuja existência os astronomos acreditavam ser impossivel .
Entra em cena então a proposta de Casanellas e seus colegas portugueses: usar o Sol.
Mesmo sendo uma fonte de gravidade muito menos extrema do que uma estrela de nêutrons, o funcionamento do interior do Sol já é razoavelmente bem descrito pelos modelos solares.
O grupo de Casanellas calculou que, mesmo em sua forma newtoniana, não-relativística, a teoria derivada de Eddington prevê diferenças quantificáveis nas emissões solares em comparação com a teoria gravitacional padrão, desenvolvida por Einstein.
Constante gravitacional na matéria
O termo gravitacional repulsivo na teoria de Bañados e Ferreira, afirmam eles, seria equivalente a dar um valor diferente para a constante gravitacional no interior da matéria.
E intensidades diferentes da gravidade no interior do Sol devem resultar em diferenças em sua temperatura interna, uma vez que se assume que o Sol está em equilíbrio hidrostático - a pressão para dentro de sua massa é equilibrada pela pressão para fora gerada pelas reações de fusão nuclear em seu interior.
Uma temperatura mais elevada implica uma maior taxa de fusão nuclear, o que, por sua vez, implica em uma maior taxa de emissão de neutrinos solares, algo diretamente mensurável.
E não apenas isso: uma força da gravidade maior no interior do Sol implica em uma variação na sua distribuição de densidade, o que deve modificar a propagação das ondas acústicas em seu interior, o que pode ser medido com as técnicas da heliossismologia.
Todos esses dados já estão disponíveis. Contudo, eles colocam sérias restrições à nova teoria, impondo limites muito estreitos para seus valores.
Mas não a descartam, afirmam os pesquisadores, salientando que os dados apenas colocam limites para a nova teoria.
Um teste mais rigoroso exigiria melhorias nos modelos solares, incluindo a abundância de hélio na superfície do Sol, ou medições mais precisas dos fluxos de neutrinos.
Para apenas fazer o teste já é por si um enorme avanço, demonstrando que nossa estrela - tão pequena em termos cósmicos - pode ser usada para fazer experimentos de teorias com potencial de explicação em termos universais.
Esfera no buraco
Paolo Pani, um dos membros da equipe, sugere um teste alternativo, aqui na Terra mesmo.
Para ele, tanto a teoria derivada de Eddington, quanto outras teorias alternativas da gravidade, poderiam ser testadas medindo a atração gravitacional entre uma esfera de metal inserida em um buraco no solo e a massa da Terra ao seu redor.
A ideia é fazer um buraco onde coubesse apenas a esfera, e nada mais, com uma precisão gigantesca, de forma que a medição mostrasse apenas a intensidade da gravidade no interior da matéria, e não no vazio ao seu redor - no caso, no ar.
Entretanto, o próprio Pani concorda que projetar esse experimento apresenta desafios consideráveis.
Não poderia ser diferente para alguém que tenha a pretensão de desbancar uma das teorias de maior sucesso até hoje.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Foguete russo Soyuz decola com sucesso da Guiana Francesa
Um foguete russo decolou nesta sexta-feira da Guiana Francesa pela primeira vez na história, levando a bordo os dois primeiros satélites do Galileu, o projeto europeu que pretende concorrer com o GPS americano. O foguete decolou às 7h30 (8h30, horário de Brasília). "Tudo correu bem", disse Jean-Yves Le Gall, presidente da empresa de lançamento de foguetes Arianespace, em comunicado após o lançamento.
A missão do Soyuz de colocar o Galileu em órbita deve durar três horas e 50 minutos. O lançamento estava previsto para a quinta-feira, mas foi adiado por "uma anomalia observada na terceira planta" da plataforma de lançamento.
O lançamento representa uma nova parceria entre Ocidente e Oriente para redefinir a concorrência comercial no espaço. As naves Soyuz voam desde 1966, e são mais antigas até mesmo que os primeiros mísseis balísticos intercontinentais da Guerra Fria. Mas esta é a primeira vez que ela foi lançada de fora do território da ex-União Soviética.
No final da década, quando o Galileu estiver plenamente operacional, o sistema dará autonomia aos europeus em relação ao sistema GPS, que é norte-americano. A Rússia diz que concluiu no começo deste mês um sistema semelhante.
A missão do Soyuz de colocar o Galileu em órbita deve durar três horas e 50 minutos. O lançamento estava previsto para a quinta-feira, mas foi adiado por "uma anomalia observada na terceira planta" da plataforma de lançamento.
O lançamento representa uma nova parceria entre Ocidente e Oriente para redefinir a concorrência comercial no espaço. As naves Soyuz voam desde 1966, e são mais antigas até mesmo que os primeiros mísseis balísticos intercontinentais da Guerra Fria. Mas esta é a primeira vez que ela foi lançada de fora do território da ex-União Soviética.
No final da década, quando o Galileu estiver plenamente operacional, o sistema dará autonomia aos europeus em relação ao sistema GPS, que é norte-americano. A Rússia diz que concluiu no começo deste mês um sistema semelhante.
Agência espacial europeia adia lançamento de satélites do sistema Galileu
Concepção artística mostra o sistema de satélites Galileu no espaço-ESA
O lançamento de um foguete Soyuz com os dois primeiros satélites do sistema de navegação Galileu foi adiado nesta quinta-feira (20) em pelo menos 24 horas, informou a Esa, agência espacial europeia.
Trata-se de um cancelamento de última hora decidida pelos responsáveis do Soyuz, depois que na reunião técnica prévia organizada durante a madrugada na base de lançamentos de Kuru, na Guiana Francesa.
O lançamento havia sido aprovado para as 8h34, no horário de Brasília. A decolagem do foguete com os dois primeiros satélites do sistema Galileu será a primeira de um Soyuz a partir do Centro Espacial Europeu de Kuru.
O programa Galileu é o primeiro grande projeto da União Europeia na área de navegação por satélite para por em órbita em nível mundial um sistema capaz de competir com o líder GPS (sistema de posicionamento global), criado e controlado pelos Estados Unidos.
Fonte: EFE
O lançamento de um foguete Soyuz com os dois primeiros satélites do sistema de navegação Galileu foi adiado nesta quinta-feira (20) em pelo menos 24 horas, informou a Esa, agência espacial europeia.
Trata-se de um cancelamento de última hora decidida pelos responsáveis do Soyuz, depois que na reunião técnica prévia organizada durante a madrugada na base de lançamentos de Kuru, na Guiana Francesa.
O lançamento havia sido aprovado para as 8h34, no horário de Brasília. A decolagem do foguete com os dois primeiros satélites do sistema Galileu será a primeira de um Soyuz a partir do Centro Espacial Europeu de Kuru.
O programa Galileu é o primeiro grande projeto da União Europeia na área de navegação por satélite para por em órbita em nível mundial um sistema capaz de competir com o líder GPS (sistema de posicionamento global), criado e controlado pelos Estados Unidos.
Fonte: EFE
Lua e Marte farão parte de espetáculo estelar de chuva de Oriônidas
A Lua e Marte farão parte do espetáculo estelar que poderá ser visto neste fim de semana na abóbada celeste durante a chuva anual de meteoritos Oriônidas, que neste ano é esperada para o próximo sábado, informou nesta quinta-feira a Nasa, a agência espacial americana. Os meteorologistas estimam que mais de 15 meteoritos por hora, desprendidos do cometa Halley, atravessem a atmosfera terrestre no sábado ao amanhecer, quando a chuva alcançar seu máximo apogeu.
"Embora não seja a maior chuva de meteoros do ano, definitivamente vale a pena se levantar para vê-la", disse Bill Cooke, do Escritório Ambiental sobre Meteoritos da Nasa. O especialista indicou que, neste ano, as Oriônidas emergirão do céu na noite emolduradas por algumas das constelações mais brilhantes procedentes de Orion e passarão por Touro, Gêmeos, Leão e Ursa Maior.
Mas este ano, além disso, Lua e Marte são parte do espetáculo. O satélite natural da Terra e o planeta vermelho formarão os dois vértices de um triângulo celeste que fechará Regulus, a estrela mais brilhante da constelação Leão no momento mais ativo da chuva, horas antes do amanhecer.
Cooke e sua equipe estarão vigiando os meteoritos que atravessarem a Terra e também os que impactarem na Lua, já que, segundo ele, os restos de cometas como o Halley estão presentes em todo o sistema Terra-Lua. A diferença é que a Lua, por não ter atmosfera, recebe os meteoritos diretamente, os quais impactam e explodem na superfície lunar, provocando o aquecimento térmico das rochas lunares e um brilho que às vezes é visto da Terra com telescópios.
A equipe de Cooke começou a trabalhar em 2005 e, desde então, detectou mais de 250 meteoritos lunares, alguns dos quais explodem "com energias superiores a centenas de quilos de dinamite". Neste período, registraram 15 Oriônidas que bateram a Lua, duas em 2007, quatro em 2008, e nove em 2009.
Observar como esses meteoritos batem no satélite é uma boa maneira de aprender sobre a estrutura dos fluxos de detritos do cometa e a energia de suas partículas, explica o cientista, que ajudará seu grupo a calcular os fatores de risco para os astronautas que esperam, algum dia, voltar a caminhar sobre a superfície lunar.
Fonte: EFE
"Embora não seja a maior chuva de meteoros do ano, definitivamente vale a pena se levantar para vê-la", disse Bill Cooke, do Escritório Ambiental sobre Meteoritos da Nasa. O especialista indicou que, neste ano, as Oriônidas emergirão do céu na noite emolduradas por algumas das constelações mais brilhantes procedentes de Orion e passarão por Touro, Gêmeos, Leão e Ursa Maior.
Mas este ano, além disso, Lua e Marte são parte do espetáculo. O satélite natural da Terra e o planeta vermelho formarão os dois vértices de um triângulo celeste que fechará Regulus, a estrela mais brilhante da constelação Leão no momento mais ativo da chuva, horas antes do amanhecer.
Cooke e sua equipe estarão vigiando os meteoritos que atravessarem a Terra e também os que impactarem na Lua, já que, segundo ele, os restos de cometas como o Halley estão presentes em todo o sistema Terra-Lua. A diferença é que a Lua, por não ter atmosfera, recebe os meteoritos diretamente, os quais impactam e explodem na superfície lunar, provocando o aquecimento térmico das rochas lunares e um brilho que às vezes é visto da Terra com telescópios.
A equipe de Cooke começou a trabalhar em 2005 e, desde então, detectou mais de 250 meteoritos lunares, alguns dos quais explodem "com energias superiores a centenas de quilos de dinamite". Neste período, registraram 15 Oriônidas que bateram a Lua, duas em 2007, quatro em 2008, e nove em 2009.
Observar como esses meteoritos batem no satélite é uma boa maneira de aprender sobre a estrutura dos fluxos de detritos do cometa e a energia de suas partículas, explica o cientista, que ajudará seu grupo a calcular os fatores de risco para os astronautas que esperam, algum dia, voltar a caminhar sobre a superfície lunar.
Fonte: EFE
Telescópio Herschel registra tempestade de gás varrendo galáxia
Galáxia é coberta por ventos cósmicos capazes de varrer o gás molecular, responsável pela criação de novas estrelas
Foto: ESA/Divulgação
O telescópio espacial Herschel, da agência espacial europeia (ESA, na sigla em inglês), observou tempestades de gás molecular varrendo o centro de galáxias. Os ventos sopram a uma velocidade de 1 mil km/s, sendo milhares de vezes mais rápidos que os furacões.
Segundo a agência espacial, essa é a primeira vez que as tempestades de gás molecular foram observadas em profundidade nas galáxias. "Com o Herschel, nós agora temos a chance de estudar o que essas tempestades significam para a evolução das galáxias", disse Eckhard Sturm, um dos autores do estudo.
A observação mostra que as galáxias mais ativas contém ventos descomunais, que podem impedir a formação de novas estrelas porque "roubam" a matéria-prima necessária, o reservatório de gás molecular da galáxia.
Segundo os pesquisadores, os ventos podem ser gerados pela intensa emissão de luz e partículas de estrelas jovens, por ondas de choque da explosão de estrelas velhas e ainda pela radiação emitida com os redemoinhos de matéria ao redor do buraco negro.
Foto: ESA/Divulgação
Segundo a agência espacial, essa é a primeira vez que as tempestades de gás molecular foram observadas em profundidade nas galáxias. "Com o Herschel, nós agora temos a chance de estudar o que essas tempestades significam para a evolução das galáxias", disse Eckhard Sturm, um dos autores do estudo.
A observação mostra que as galáxias mais ativas contém ventos descomunais, que podem impedir a formação de novas estrelas porque "roubam" a matéria-prima necessária, o reservatório de gás molecular da galáxia.
Segundo os pesquisadores, os ventos podem ser gerados pela intensa emissão de luz e partículas de estrelas jovens, por ondas de choque da explosão de estrelas velhas e ainda pela radiação emitida com os redemoinhos de matéria ao redor do buraco negro.
Telescópio da ESA revela reservatório de água em torno de estrela
Ilustração de um artista do disco de gelo ao redor da jovem estrela TW Hydrae, situada cerca de 175 anos-luz de distância, na constelação de Hydra
Foto: ESA/Nasa/JPL-Caltech/Divulgação
Foto: ESA/Nasa/JPL-Caltech/Divulgação
Acredita-se que uma grande proporção da água da Terra pode ter vindo de gelo carregado de cometas que bombardearam nosso mundo durante e após sua formação. Estudos recentes do cometa 103P/Hartley 2 com o Herschel lançaram nova luz sobre como a água pode ter vindo para a Terra. Até agora, porém, quase nada se sabia sobre reservatórios em discos de formação planetária em torno de outras estrelas.
A água detectada no disco em torno da TW Hydrae poderia ser uma rica fonte de água para quaisquer planetas que se formam perto desta estrela jovem. Os cientistas fizeram simulações detalhadas, combinando os novos dados com observações terrestres anteriores, e calcularam o tamanho dos reservatórios de gelo nas regiões de formação planetária. Os resultados mostram que a quantidade total de água no disco em torno desta estrela encheria vários milhares de oceanos da Terra.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Astrônomo do Havaí registra 1ª imagem de planeta em formação
A ilustração mostra como se dá a formação de um novo planeta, no espaço entre a estrela e um disco de gases
Foto: Karen L. Teramura/UH IfA/Divulgação
Um astrônomo da Universidade do Havaí (EUA) registrou a primeira imagem de um planeta em processo de formação em torno de uma estrela. Trata-se do planeta mais jovem já encontrado, com aproximadamente o mesmo tamanho de Júpiter. O corpo celeste recém descoberto ganhou o nome de LkCa 15 b e está cercado de poeira cósmica e gases.
Adam Kraus e seus colegas utilizaram os telescópios Keck para registrar as imagens. É a primeira vez que cientistas conseguem medir um planeta tão no início de sua formação. Kraus apresentou a descoberta em um encontro da Nasa na quarta-feira.
A pesquisa do grupo começou com o estudo de 150 jovens estrelas. Após primeiras análises, eles reduziram o campo de estudo a 12 estrelas. O LkCa 15 b era o segundo da lista e os cientistas imediatamente souberam que estavam diante de algo novo. A coleta de dados começou há um ano.
Foto: Karen L. Teramura/UH IfA/Divulgação
Um astrônomo da Universidade do Havaí (EUA) registrou a primeira imagem de um planeta em processo de formação em torno de uma estrela. Trata-se do planeta mais jovem já encontrado, com aproximadamente o mesmo tamanho de Júpiter. O corpo celeste recém descoberto ganhou o nome de LkCa 15 b e está cercado de poeira cósmica e gases.
Adam Kraus e seus colegas utilizaram os telescópios Keck para registrar as imagens. É a primeira vez que cientistas conseguem medir um planeta tão no início de sua formação. Kraus apresentou a descoberta em um encontro da Nasa na quarta-feira.
A pesquisa do grupo começou com o estudo de 150 jovens estrelas. Após primeiras análises, eles reduziram o campo de estudo a 12 estrelas. O LkCa 15 b era o segundo da lista e os cientistas imediatamente souberam que estavam diante de algo novo. A coleta de dados começou há um ano.
Rússia quer que estação espacial funcione por mais tempo
A Rússia propôs nesta terça-feira (18) o prolongamento em oito anos no funcionamento da ISS (Estação Espacial Internacional), que iniciou suas operações em 1998 e tem fechamento previsto para 2020. A estação é um laboratório que fica a cerca de 400 km da Terra.
Alexei Krasnov, chefe do programa de cosmonautas da agência espacial russa, a Roscosmos, diz que “os especialistas têm diante de si a missão de estudar uma proposta importante, como garantir o funcionamento da ISS em órbita durante 30 anos”
A iniciativa russa recebeu imediatamente o apoio do diretor de operações da Nasa (agência espacial americana), Mark Polanski, e dos representantes da Agência Espacial Europeia (ESA), segundo as agências de notícias russas.
Para Polanski, a estação terá nos próximos anos um papel importante como “trampolim” para os voos à Lua, Marte e outros lugares do espaço.
Estava previsto que a ISS fosse aposentada em 2015, mas a Rússia e os outros 15 países financiadores da plataforma insistiram na importância de prolongar sua vida útil. Além da Rússia, Estados Unidos, Japão, Canadá e 12 países-membros da União Europeia (UE) também participam do projeto.
Os primeiros astronautas pisaram na plataforma no dia 2 de novembro de 2000, de maneira que a ISS já superou o recorde estabelecido pela estação russa MIR, de nove anos e 257 dias com presença humana.
Fonte: Agência Efe."
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Aos leitores/Readers
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Ele esta aberto a sugestões, criticas e elogios.
Obrigado a todos que o visitam!!!
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Es ist offen für Anregungen, Kritik und Komplimente.
Vielen Dank an alle, die zu besuchen!!!
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It is open to suggestions, criticisms and compliments.
Thanks to all who visit!!!
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Nasa detecta chuva de cometas similar à que houve antes da vida na Terra
O telescópio espacial Spitzer detectou uma chuva de cometas em um sistema similar ao que teria sido o Sistema Solar há milhões de anos, no período conhecido como o Intenso Bombardeio Tardio, que possivelmente deu à Terra água e outros ingredientes vitais para a vida. A Nasa (agência espacial americana) informou em comunicado que esta descoberta poderia ajudar a entender melhor como foi a chuva de cometas e objetos gelados que caíram do Sistema Solar exterior batendo nos planetas interiores, deixando grandes quantidades de pó e outros elementos que causaram, por exemplo, as crateras da Lua.
"Acreditamos ter uma evidência direta de um Intenso Bombardeio Tardio, no sistema estelar próximo Eta Corvi", assinalou Carey Lisse, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Laurel (Maryland).
O que o telescópio Spitzer detectou consiste em uma nuvem de poeira ao redor de uma estrela brilhante próxima chamada Eta Corvi, que coincide com o conteúdo de um cometa gigante destruído. Esta poeira se encontra perto suficiente da estrela para se acreditar que houve uma colisão entre um planeta e um ou vários cometas. Pesquisadores indicam que o sistema Eta Corvi, que tem aproximadamente 1 bilhão de anos, tem a idade adequada para produzir uma tempestade como esta.
Os astrônomos usaram os detectores de infravermelho do Spitzer para analisar a luz que procede do pó ao redor do Eta Corvi, nos quais encontraram sinais químicos de gelo de água, matéria orgânica, e rocha, o que significa que provém de um cometa gigante. As características da poeira também se assemelham ao meteorito Almahata Sitta, que deixou cair fragmentos na Terra em 2008, no Sudão.
O telescópio espacial Spitzer detectou uma chuva de cometas em um sistema similar ao que teria sido o Sistema Solar há milhões de anos, no período conhecido como o Intenso Bombardeio Tardio, que possivelmente deu à Terra água e outros ingredientes vitais para a vida. A Nasa (agência espacial americana) informou em comunicado que esta descoberta poderia ajudar a entender melhor como foi a chuva de cometas e objetos gelados que caíram do Sistema Solar exterior batendo nos planetas interiores, deixando grandes quantidades de pó e outros elementos que causaram, por exemplo, as crateras da Lua.
"Acreditamos ter uma evidência direta de um Intenso Bombardeio Tardio, no sistema estelar próximo Eta Corvi", assinalou Carey Lisse, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Laurel (Maryland).
O que o telescópio Spitzer detectou consiste em uma nuvem de poeira ao redor de uma estrela brilhante próxima chamada Eta Corvi, que coincide com o conteúdo de um cometa gigante destruído. Esta poeira se encontra perto suficiente da estrela para se acreditar que houve uma colisão entre um planeta e um ou vários cometas. Pesquisadores indicam que o sistema Eta Corvi, que tem aproximadamente 1 bilhão de anos, tem a idade adequada para produzir uma tempestade como esta.
Os astrônomos usaram os detectores de infravermelho do Spitzer para analisar a luz que procede do pó ao redor do Eta Corvi, nos quais encontraram sinais químicos de gelo de água, matéria orgânica, e rocha, o que significa que provém de um cometa gigante. As características da poeira também se assemelham ao meteorito Almahata Sitta, que deixou cair fragmentos na Terra em 2008, no Sudão.
Os especialistas indicam que as semelhanças entre o meteorito e o objeto destruído que rodeia o Eta Corvi implica um lugar comum de origem. O Sistema Solar tem uma região similar de asteroides, conhecido como Cinto de Kuiper, onde flutuam os restos de matéria gelada e rochosa que ficaram após a formação dos planetas há 4,5 bilhões de anos. "Acreditamos que devemos estudar o sistema Eta Corvi em detalhe para aprender mais sobre a chuva de cometas e outros objetos que poderiam ter iniciado a vida em nosso planeta", assinalou Lisse.
Os especialistas indicam que as semelhanças entre o meteorito e o objeto destruído que rodeia o Eta Corvi implica um lugar comum de origem. O Sistema Solar tem uma região similar de asteroides, conhecido como Cinto de Kuiper, onde flutuam os restos de matéria gelada e rochosa que ficaram após a formação dos planetas há 4,5 bilhões de anos. "Acreditamos que devemos estudar o sistema Eta Corvi em detalhe para aprender mais sobre a chuva de cometas e outros objetos que poderiam ter iniciado a vida em nosso planeta", assinalou Lisse. "Acreditamos ter uma evidência direta de um Intenso Bombardeio Tardio, no sistema estelar próximo Eta Corvi", assinalou Carey Lisse, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, em Laurel (Maryland).
O que o telescópio Spitzer detectou consiste em uma nuvem de poeira ao redor de uma estrela brilhante próxima chamada Eta Corvi, que coincide com o conteúdo de um cometa gigante destruído. Esta poeira se encontra perto suficiente da estrela para se acreditar que houve uma colisão entre um planeta e um ou vários cometas. Pesquisadores indicam que o sistema Eta Corvi, que tem aproximadamente 1 bilhão de anos, tem a idade adequada para produzir uma tempestade como esta.
Os astrônomos usaram os detectores de infravermelho do Spitzer para analisar a luz que procede do pó ao redor do Eta Corvi, nos quais encontraram sinais químicos de gelo de água, matéria orgânica, e rocha, o que significa que provém de um cometa gigante. As características da poeira também se assemelham ao meteorito Almahata Sitta, que deixou cair fragmentos na Terra em 2008, no Sudão.
Os especialistas indicam que as semelhanças entre o meteorito e o objeto destruído que rodeia o Eta Corvi implica um lugar comum de origem. O Sistema Solar tem uma região similar de asteroides, conhecido como Cinto de Kuiper, onde flutuam os restos de matéria gelada e rochosa que ficaram após a formação dos planetas há 4,5 bilhões de anos. "Acreditamos que devemos estudar o sistema Eta Corvi em detalhe para aprender mais sobre a chuva de cometas e outros objetos que poderiam ter iniciado a vida em nosso planeta", assinalou Lisse.
Fonte: EFE
Satellite-Größe Minivan wird auf der Erde über das Wochenende fallen
Ein deutscher Satellit von der Größe eines Minivans steht kurz vor seiner Umlaufbahn und im Herbst in die Erde, wahrscheinlich an diesem Wochenende zu verlassen. Es ist unklar, wo genau auf dem Planeten, was passieren wird.
Der Satellit namens ROSAT wurde im Jahr 1990 ins Leben gerufen und zog im Jahr 1999, nachdem er früher für Schwarze Löcher (Regionen des Weltraums, wo die Schwerkraft ist so groß, dass selbst Licht kann seine Wirkung zu entgehen, daher der Name Suche ) Stars und auch Röntgenquellen zu analysieren.
Das Objekt muss die Atmosphäre zwischen 22 und 23 Oktober in Kraft mit einer Geschwindigkeit von 28.000 Kilometern pro Stunde, nach dem deutschen Zentrum für Luft-und Raumfahrt (DLR).
Jüngsten Schätzungen zufolge, etwa 30 Stücken des Satelliten, mit einem Gesamtgewicht von 1,6 Tonnen können auf der Erde fallen. Das größte Fragment, das auf der Erde fallen kann, ist ein Spiegel in hitzebeständige Geräte.
Ort und Zeit seines Eintritts in die Atmosphäre kann nicht genau berechnet werden.
Im vergangenen Monat trat ein amerikanischer Satellit der Atmosphäre 6,3 Tonnen, die über dem Nordpazifik ohne Schäden zu verursachen aufgelöst.
Copyright AFP
Der Satellit namens ROSAT wurde im Jahr 1990 ins Leben gerufen und zog im Jahr 1999, nachdem er früher für Schwarze Löcher (Regionen des Weltraums, wo die Schwerkraft ist so groß, dass selbst Licht kann seine Wirkung zu entgehen, daher der Name Suche ) Stars und auch Röntgenquellen zu analysieren.
Das Objekt muss die Atmosphäre zwischen 22 und 23 Oktober in Kraft mit einer Geschwindigkeit von 28.000 Kilometern pro Stunde, nach dem deutschen Zentrum für Luft-und Raumfahrt (DLR).
Jüngsten Schätzungen zufolge, etwa 30 Stücken des Satelliten, mit einem Gesamtgewicht von 1,6 Tonnen können auf der Erde fallen. Das größte Fragment, das auf der Erde fallen kann, ist ein Spiegel in hitzebeständige Geräte.
Ort und Zeit seines Eintritts in die Atmosphäre kann nicht genau berechnet werden.
Im vergangenen Monat trat ein amerikanischer Satellit der Atmosphäre 6,3 Tonnen, die über dem Nordpazifik ohne Schäden zu verursachen aufgelöst.
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