© Subaru (galáxia NGC 4449 e a galáxia anã NGC 4449B)
Apelidada
de NGC 4449B, a galáxia havia escapado da poderosa visão do Hubble, mas
foi detectada pelo telescópio especializado Centurion 28, localizado na
Califórnia e projetado para captar imagens de amplas regiões do céu. Na
imagem acima a NGC 4449 está abaixo a esquerda e a NGC 4449B é a
galaxia avermelhada a direita e acima.
A galáxia
anã é a maior galáxia dentre outras anãs conhecidas “no grupo local” da
Via Láctea e Andrômeda. A NGC 4449B está esticada em um “S” tão grande
que sua dimensão se iguala à distância entre o centro de nossa galáxia e
a posição do Sol – próximo a uma de suas extremidades.
Um
encontro gravitacional estreito entre a galáxia anã e sua anfitriã NGC
4449 é evidenciado pela forma esticada de cometa apresentada pela NGC
4449B. Seu brilho muito fraco – 10 vezes menor que o brilho do céu
noturno e mil vezes mais fraco que o da Via Láctea – demonstra estar ela
em um “estágio de transição” caminhando para uma dissolução em breve,
segundo padrões astronômicos.
Já a galáxia
anfitriã NGC 4449 poderia ser algo como um fóssil vivo parecido,
provavelmente, com as galáxias após o Big Bang. Ela ainda está em grande
atividade, formando estrelas tão “furiosamente” que possui aglomerados
gigantes de jovens estrelas. Sua cor azulada – sinal de galáxia jovem –
pode ser observada por telescópios grandes amadores. Também possui um
núcleo, que poderia hospedar algum dia um buraco negro, e uma estrutura
irregular, pois lhe faltam braços espirais característicos de muitas
galáxias. Ela está cercada de um enorme complexo de gás de hidrogênio
que abrange uma extensão aproximada de 300.000 anos-luz, o que poderia
ser o alimento para sua explosão de formação estelar.
Imagens
mais aprofundadas da NGC 4449 revelaram também outras surpresas: um
estranho arco de estrelas que poderia ser uma galáxia ingerida e um
“halo notável” de estrelas velhas que parece consistir de duas partes.
Uma parte mais exterior desta população do “halo” não era cogitada pelos
astrônomos e torna a galáxia anfitriã equivalente em tamanho ao da Via
Láctea. Segundo Michael Rich, líder da equipe de pesquisa, a origem
destas estrelas antigas não é conhecida, mas talvez elas tenham sido
adquiridas quando galáxias similares à NGC 4449B caíram na NGC 4449 e
foram destruídas.
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